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Frederic Cardoso respondeu às questões do Portal do Conhecimento Musical. Tendo como mote o último trabalho discográfico Press The Keys entrevistámos o músico que dá aulas de Clarinete, Orquestra de Sopros e ainda exerce as funções de Diretor Pedagógico no Conservatório de Música de Paredes. Frederic Cardoso dedica-se ainda ao estudo de Direção de Banda na Academia Portuguesa de Banda com o Maestro Paulo Martins. Tem disseminado a música para clarinete e eletrónica em vários eventos tais como o Euro Classical Online Festival, Festival Moita Mostra, Festival SET, 13th International Conference of Society for Music Information, entre outros. O nosso entrevistado já Colaborou com a Banda Sinfónica Portuguesa, Fundação Orquestra Estúdio, Orquestra Filarmonia das Beiras, Fundação Orquestra Estúdio e Remix Ensemble Casa da Música.
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Fomos recentemente assistir ao lançamento do último trabalho dos Frei Fado, "O Quanto Somos Semelhantes", à Casa da Música e quisemos saber um pouco mais sobre este projeto que canta poetas portugueses. «O nosso conceito musical vive claramente na esfera da World Music e é nesta componente de valorização da identidade e das especificidades culturais que mais nos identificamos. O crescente interesse pelo conhecimento do património imaterial de cada país/região favorece claramente, e de alguma forma premeia, a aposta deste tipo de projetos na música do mundo. No entanto, nestes dois últimos álbuns tentámos ir um pouco mais além, introduzindo alguns elementos sonoros mais contemporâneos, com algumas influências "pop" e mesmo algumas arquiteturas do "Jazz", procurando libertar-nos do cunho exclusivamente étnico/de raiz tradicional».
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Giampaolo Di Rosa tem protagonizado um trabalho notável ao serviço da música, em geral, e do órgão ibérico, em particular. O seu trabalho tem contribuído certamente para uma nova visão sobre este instrumento. «(...) interessa-me imenso este instrumento e a sua infinita riqueza de cores. Acho não ter feito descoberta nenhuma, mas sim uma abordagem que, através do som, e para além do reportório historicamente típico deste instrumento, permite atingir uma vertente sinfónica. Tudo isso, não sozinho, mas com outros colegas de toda Europa, particularmente há alguns anos atrás no Seminário Maior do Porto e agora na Santa Casa da Misericórdia de Guimarães».
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«Se dermos um caderno e um lápis a uma criança, ela desenvolve a sua criatividade relativamente a esses suportes, logo, quando você potencializa o ser humano em qualquer área no sentido de facilitar o acesso aos mecanismos de produção, seja no cinema, seja no teatro, seja na fábrica ou em qualquer outro ramo profissional, vai haver uma evolução rumo à felicidade. Esse ser humano vai conseguir realizar as suas potencialidades. Mas o que acontece quando existe uma desigualdade social muito grande e os mecanismos tecnológicos estão apenas nas mãos de alguns, é que vai haver uma parcela grande da sociedade que não vai conseguir criar, não vai conseguir desenvolver os seus projetos. O acesso à tecnologia e à internet não faz melhores nem piores músicos mas potencializa humanamente essas pessoas para que elas consigam ter onde fazer os seus laboratórios». Gero Camilo
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O projeto de Tito Pires e José Dinis é passado aqui em revista no XpressingMusic. Nesta entrevista, tentaremos saber mais sobre os músicos e as músicas que dão corpo a esta cadência, segundo os seus criadores, sem regras, mas imbuída de um espírito criativo que não deixa indiferentes aqueles que dela disfrutam. Esta entrevista surge na altura em que é lançado o novo single "Feliz Acaso".
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Gileno Santana recebeu-nos na Casa da Música, no Porto, para uma conversa onde passámos por várias fases da sua vida. A aprendizagem e a sorte que diz ter tido sempre ao encontrar pessoas que apostaram nele sem exigir nada em troca são aspetos marcantes na personalidade deste trompetista que nasceu em Salvador da Bahia e que começou a aprender música no interior do Ceará. Ao longo da entrevista não largou o seu trompete Schagerl como se este fosse um prolongamento do seu corpo. Não deixámos de falar obviamente do seu último trabalho discográfico "Metamorphosis" que será apresentado no dia 28 de março, pelas 18:20, no Teatro Estúdio Mário Viegas.
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Alcançou o primeiro lugar no concurso Prémio Jovens Músicos, na categoria violoncelo nível superior mas não acredita para já numa possível carreira em Portugal. «Não creio que Portugal seja um país com um meio cultural muito propício a tal, contudo teria todo o gosto, se tal hipótese se tornasse possível para mim». Filho de professores do Conservatório de Música de Aveiro, Gonçalo Lélis cresceu num ambiente propício ao desenvolvimento artístico. Neste momento quer crescer ainda mais como músico e aproveitar a oportunidade de trabalhar com grandes mestres do violoncelo. «De momento, tento estudar o máximo possível e aproveitar as oportunidades que vão surgindo, ou seja, trabalhar com ótimos professores, tocar com outros jovens músicos de grande talento, concertos...».
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Gonçalo Tavares recebeu-nos no seu "Tempestúdio" em Anadia para uma conversa onde, sem filtros, ficámos a conhecer melhor o seu trabalho e o seu pensamento relativamente ao momento que a música portuguesa atravessa. Gonçalo Tavares sabe do que fala quando se exprime sobre o mundo musical português pois desde muito cedo pisou os palcos de norte a sul do país. Com José Cid, Banda Tribo e muitos outros projetos, tocou e cantou por esse mundo fora. Por cá, participou em três Festivais da Canção da RTP assistindo à sua decadência por não se conseguir impor ao aparecimento de outros formatos que surgiram com o nascimento da televisão privada. Canta o que sente e nunca se deixou levar pelo mediatismo fácil que poderia advir de cedências relativamente à composição da sua música. No meio da sua coleção de "Teclados Vintage" falámos de tudo um pouco com este músico que participou recentemente no espetáculo do reencontro dos 1111 em Vilar de Mouros.
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São inquestionáveis os contributos que tem vindo a dar à Educação Musical, bem como a visibilidade que tem tentado atribuir a esta disciplina. Com formação em psicologia, piano, pedagogia musical e com a consciência e competência próprias de quem trilhou o seu caminho sempre atenta às realidades vivenciadas noutros países, Graça Boal Palheiros, que fez parte do seu percurso académico na Bélgica e no Reino Unido, vem partilhar com os leitores e seguidores do XpressingMusic um pouco das suas experiências e das posições que tem vindo a assumir na luta pela democratização do ensino da música em Portugal.
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A entrevista a Guilherme Efe surge numa altura em que irá protagonizar o último concerto antes de uma paragem. Na data em que nos concedeu esta entrevista preparava-se para fazer um concerto no Bussaco e revelou: «Depois vou para o Bons Sons dar o último concerto, antes de fazer uma paragem por tempo indefinido». Segundo Grutera, Portugal não tem hoje espaço para projetos instrumentais como aquele que nos apresenta. «O país é pequeno e os principais meios de difusão de cultura (TVs, rádios, etc.) não estão a fazer um bom trabalho, de todo. Não existe diversificação nos estilos, nos artistas ou nas músicas que passam. Assistimos a uma estupidificação em massa, principalmente em horário nobre. Pessoalmente, não sou defensor ou crítico de nenhum estilo, sou defensor da diversificação. Isso não acontece em Portugal. Felizmente a internet veio libertar um pouco mais o público para poder decidir o que ouvir e descobrir coisas novas, porque se estivermos à espera que os meios de difusão de cultura façam o seu trabalho, morremos ignorantes, como se pretende».
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Graça Mota é Licenciada em Pedagogia Musical pela Staatliche Hochschule für Musik und Theater Hamburg, Alemanha, Mestre em Educação Musical pela Universidade de Boston, USA e Doutora em Psicologia da Música pela Universidade de Keele, Reino Unido. Para além das suas tarefas como docente na Escola Superior de Educação do Porto, é diretora do CIPEM (Centro de Investigação em Psicologia da Música e Educação Musical). Com um vasto currículo na área da educação musical, a nossa entrevistada de hoje vai ajudar-nos a compreender o panorama atual da educação musical em Portugal e dar-nos algumas pistas para o futuro desta área num país onde a música parece ainda ser vista como um luxo...
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Mestre em Direção de Orquestra de Sopros e Licenciado em Professores de Educação Musical do Ensino Básico, frequentando ainda o mestrado em Ensino de Música - Análise e Técnicas de Composição, Helder Abreu proporciona-nos, nesta entrevista, uma reflexão sobre o ensino profissional de música em Portugal apoiando-se na sua experiência enquanto coordenador e Professor do Curso Profissional de Instrumentista de Sopros e Percussão/ Cordas e Tecla da Escola Profissional Serra da Estrela. Helder Abreu nasceu em Gouveia e aos onze anos iniciou os seus estudos musicais na Escola de Música da Sociedade Musical Gouveense Pedro Amaral Botto Machado. Nesta instituição integrou a banda como instrumentista de Trompete, Organista e Pianista, prosseguindo mais tarde os seus estudos musicais no conservatório de música de Seia onde estudou com António Tilly, Jaime reis, Joaquim Raposo e Domingos Teixeira.
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O nosso entrevistado proporciona nesta entrevista uma completíssima viagem pela sua vida e pela(s) sua(s) carreira(s). O homem, o músico, o investigador e o político apresenta agora nos palcos o espetáculo “A Presença, serena e terna”. «É uma música intimista, pura, verdadeira, sem qualquer ambição para lá de tocar o outro, profundamente. Procuramos “o grande milagre”, a “suprema inspiração”, a “divina luz” sempre muito longe de nós». Hélder Bruno não deixou de nos falar de algumas lacunas ao nível das políticas culturais em Portugal, faltando, em sua opinião estratégia e visão. Diz-nos que: «Noutros países, Carlos Seixas, Marcos Portugal, Joly Braga Santos, seriam referências populares e já haveria bombons, meias e roupa interior com o seu perfil (risos)... A este respeito é muito importante que se contrarie uma certa tendência para abordar o setor da cultura como um bem de mercado. Há bens culturais que servem a dinâmica económica».
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«Sou pianista e adoro pianos, seja qual for a sua época. Aliás, costumo dizer que o piano moderno não existe: basicamente estamos a tocar em cópias de pianos de finais do século XIX, que foi o período em que, em certos aspetos, se cristalizou o conceito básico do instrumento. Todos os pianos têm especificidades interessantíssimas, que podem potenciar a interpretação de determinados repertórios e fazer-nos descobrir timbres e sonoridades únicos. Só lamento a uniformidade presente dos instrumentos atuais. É muito mais fascinante a diversidade que marcou os séculos XVIII e XIX».
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Helena Caspurro iniciou o seu percurso musical aos dez anos de idade na Juventude Musical Portuguesa no Porto. Estiveram presentes na sua formação nomes como Marília Vaz e Viana, Helena Sá e Costa, Lina Reis Porto e Lino Gaspar. Nomes que contribuíram para uma sólida formação clássica. Com o seu piano e a sua voz, Helena Caspurro reinventa sonoridades e ambientes que muitos poderiam considerar estanques. No campo académico tem dado destaque ao tema da improvisação na aprendizagem levando-a a dirigir seminários em várias escolas, universidades e conservatórios de música tais como Aveiro, Coimbra, Leiria, Viseu, S. Miguel-Açores, Universidade de Manchester (Inglaterra), Prince Claus Conservatoire Groningen (Holanda). Deixamos os nossos leitores com a pianista, com a intérprete, com a docente e pedagoga. Fiquem com Helena Caspurro…
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A açoriana Helena Raposo é licenciada em Alaúde e Tiorba pelo Departamento de Música da Universidade de Évora. A nossa convidada é ainda Pós-Graduada em Práticas Históricas de Interpretação pela Faculdade de Música Antiga do Trinity College of Music de Londres.
Enquanto intérprete, Helena tem atuado com vários ensemble, tanto como solista como contínuo em Portugal e no estrangeiro. O seu repertório compreende desde a música medieval, passando pelo renascimento até ao barroco.
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As nossas convidadas vêm ao XpressingMusic partilhar um pouco da história da empresa Radar dos Sons que conta com inúmeros pontos altos no seu portfólio de representações e produções.
Os projetos que representam credibilizam a empresa e mostram também a capacidade que Helena Pedro e Ana Moitinho têm para liderar, numa área que tão bem conhecem e dominam.
A Radar dos Sons representa artistas como Susana Félix, Mafalda Veiga, Hélder Moutinho, Aldina Duarte e Capicua. Também projetos como "Algodão", "Homens da Luta", "Orelha Negra", "Lena D'agua & Ronck'N'Roll Station", "Ciclo Preparatório", "Macacos do Chinês" e "Os Dias de Raiva" fazem parte do vasto portfólio das nossas entrevistadas.
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A Soul, R&B e Gospel são a sua "língua materna" e Al Green, Bill Withers, D'Angelo e ErykahBadu são os seus heróis mas ultimamente têm ouvido também Mayer Hawthorne, Bruno Mars, Prince, Janelle Monae, Pharell Williams, Lenny Kravitz antigo, J DIlla, Kanye West, Frank Ocean, Justin Timberlake, Flying Lotus entre outros. Os HMB apresentam ao público o disco "Sente". Sobre o quadro da música portuguesa, dizem-nos que, apesar de ainda andarem por aqui há pouco tempo, já se aperceberam de que o fator "C" (cunha), acaba por ter mais força do que o fator "X". A entrevista que aqui apresentamos transborda alegria, motivação e entusiasmo. Os HMB têm o desejo muito forte de ver a sua "família aumentar" e de que esse crescimento os leve para lá das fronteiras nacionais.
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Henrique Portovedo é atualmente conotado como intérprete de música contemporânea. Diz-nos, no entanto, que toda a música o fascina. "Comecei a gostar de música contemporânea pelo facto de poder trabalhar com os compositores. Gosto de organismos vivos. Organismos mortos não me fascinam tanto embora nutra o maior respeito por eles". Assim, Henrique Portovedo trabalhou e trabalha com compositores como Phil Niblock, Philippe Manoury, Flo Menezes, Chiel Meijering, Luís Carvalho, Filipe Vieira, Sara Carvalho, Dominic Murcott, Paulo Ferreira Lopes, Gabriel Jackson, Vergilio Melo, James Saunders, Martin Parker, Hugo Correia, Rolf Gehlhaar, Paul Whitty, entre muitos outros. A sua discografia encontra-se publicada em editoras como Naxos, Sumtone, Universal e R´Roots Productions.
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Orquestra Sinfónica Portuguesa, Sinfonieta da ESMRS, Orquestra Gulbenkian, Orquestra Clássica de Espinho, Orquestra Filarmonia das Beiras e a Orquestra Sinfónica da Póvoa de Varzim são algumas daquelas em que já atuou. Horácio Ferreira, apesar de muito jovem, tem um currículo rico em participações e já foi dirigido por vários maestros de prestígio internacional. Nesta entrevista quisemos conhecer melhor a sua carreira e todo o percurso realizado até chegar aos reconhecimentos que enchem de orgulho aqueles que fizeram, de uma forma ou de outra, parte da(s) sua(s) caminhada(s). “Trabalhar com diferentes maestros faz-nos experienciar pontos de vista, ideias e formas de trabalhar distintas. Cada músico tem a sua essência e os maestros exploram de forma muito particular as suas ideias. Sinto-me feliz por poder tocar regularmente com as várias orquestras pois considero que são sempre experiências enriquecedoras que me ajudam a crescer enquanto músico”.