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João Bettencourt da Câmara diz ter um único objetivo na vida enquanto pianista: «servir a música, servir a obra, ser um mero veículo à sua concretização. Mais do que um espetáculo, um recital ou um concerto deverá ser visto como o momento em que uma obra ganha vida. Devemos, enquanto pianistas e intérpretes, ter em conta que não somos nada para além do veio de transmissão que permite que a obra viva. É ela que deve ser o centro deste transcendente processo, e não nós». Brahms e Debussy são apontados como os seus compositores favoritos e explica: «Julgo que nenhum compositor, em toda a história da música, poderá ser justamente comparado a Johannes Brahms e Claude Debussy. Brahms, por seu lado, pelo seu gigantesco e incomparável sentido de transcendência e nobreza; de uma outra perspetiva, Debussy é, talvez, o mais revolucionário de todos, pela imensa sensualidade da sua música e, também, pelo facto de ter conseguido explorar timbricamente o piano como nenhum outro».
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São já muitos os prémios que coleciona na sua galeria. Por exemplo, em novembro 2012 foi vencedor mundial do prémio “Melhor Prática na área da Educação” na categoria “Educators Choice” pela Microsoft no fórum mundial “Partners in Learning” em Praga, com o projeto “Oratio Classroom – The World of Music”. Ainda o Oratio fez do nosso convidado vencedor europeu do segundo lugar “Melhor Prática na área da Educação” na categoria “Educators Choice” no fórum europeu “Partners in Learning” da Microsoft em Lisboa. Em 2011 participou e colaborou no programa/concurso de escolas: “Most Innovative Schools” da Microsoft (designadas como as mais inovadoras a nível mundial pelo programa “Shape the Future” da Microsoft). Vamos então conhecer o trabalho deste músico, docente e empresário do mundo da música e da educação musical.
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Fundou projetos como Trovante, Rio Grande, Cabeças no Ar, Ala dos Namorados, Moby Dick e Baile Popular. Atualmente integra os projetos TaisQuais, Quinteto Lisboa, Missa Brevis e Ode Marítima. A 23 de julho estreia no edpcooljazz "Non-Finito" onde reúne os temas mais significativos da sua carreira. João Gil é o homem inconformado, o músico que não para e nesta entrevista explica-nos porquê. O mundo das canções permitiu-lhe passar para as pessoas da forma mais nobre o que no mais íntimo e reflexivo pensamento cogita. João Gil iniciou a sua carreira em 1976 e a partir de então nunca mais deixou de interferir naquilo que ouvimos. Quem não se lembra de canções como "Saudade", "Esplanada", "125 Azul", "Zorro", "Loucos de Lisboa", "Postal dos Correios" e "Perdidamente"?
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João Luzio nasceu em Paris e, certamente não estará dissociado desse facto o romantismo e a paixão que transparecem dos trabalhos que realiza. Nesta entrevista falaremos um pouco da vida e obra deste jovem e, claro, do seu trabalho "Moods and Colors". Este primeiro álbum a solo de João Luzio conta com a participação de vários músicos tais como Vicky Marques na bateria, Massimo Cavalli no baixo e a participação especial de Fábio Ramos (bateria), Pedro Castro (baixo) e Rui Silva (teclados) num dos temas.
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Surgiu em 2006 rentabilizando experiências anteriores dos seus fundadores, João Matos e Ricardo Ferreira. Com provas dadas na área da produção musical, a Blim Records aposta na descoberta de novos talentos. Do seu portfolio fazem parte artistas e projetos como Aurea, Xana Toc Toc, Ana Stilwell, Lionskin e Cherry. A equipa da Blim Records alia-se a uma séries de parceiros, dos quais se destacam músicos, compositores e produtores nos mais variados géneros musicais. A aposta na qualidade tem-se mostrado como o melhor cartão-de-visita desta empresa que faz jus ao conceito "chave na mão".
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Muitas têm sido as conquistas do compositor João Pedro Oliveira. O ano que agora começa apresenta-lhe novos desafios e muito trabalho: «2017 será um ano muito intenso. Já tenho convites para participar em festivais no México, Chile, Argentina, Itália, Mónaco, uma estreia de obra para orquestra e eletrónica na Casa da Música, várias encomendas, a edição de um CD monográfico, e espero no meio disso tudo ainda conseguir algum tempo para iniciar a composição de mais um vídeo».
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João Pedro Pais tem uma carreira que dispensa apresentações. O que faz, transforma-se rapidamente em êxito pois a sua sinceridade artística, a sua humildade e o sentimento de partilha que o têm acompanhado ao longo da vida fazem deste artista alguém muito singular. Nesta entrevista tentaremos proporcionar aos nossos leitores uma viagem pela vida do homem, do artista que se transfigura em palco e que transforma o acorde simples em algo energicamente contagiante. Ficamos então com João Pedro Pais...
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Entrevistámos João Pires, uns dias antes do seu espetáculo no Museu do Fado. Falámos da sua música que espelha um português que já viajou pelos quatro cantos do mundo. Na sua discografia já conta com os álbuns "Caminhar" e "Coladera". Com o “Coladera” foi eleito pela revista brasileira Embrulhador um dos 100 melhores álbuns de 2014. O mesmo disco ganhou o reconhecimento da BBC6 Radio no programa de Gilles Petterson e da parisiense Lusophonie. Atualmente vive entre Portugal e o Brasil. Agora lança "Lisboando", o seu terceiro disco influenciado pelo Fado e por outras linguagens vivenciadas ao longo das suas viagens. O disco contou com vários convidados, destacando-se as participações de Aline Frazão, Cristiana Águas, Dino D'Santiago, Pedro Moutinho, Marcos Pombinho, Francesco Valente, Diogo Duque, Ivo Costa, Sebastian Scheriff, Miroca Paris, João Frade, Marcos Suzano e Poliana Tuchia.
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João Vasco é professor de piano na Escola de Música do Conservatório Nacional. A sua vida é passada entre as salas de aula e os palcos. O nosso entrevistado já atuou em países como Espanha, França, Alemanha, Irlanda e Brasil. Já em Portugal, apresentou-se em salas como CCB, Gulbenkian, Culturgest ou Teatro D. Maria. É diplomado pelo Conservatório Nacional de Lisboa, licenciado pela Escola Superior de Música de Lisboa e Mestre em Artes Musicais pela Universidade Nova de Lisboa.
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Numa conversa em que não falámos somente do espetáculo «ARY O Poeta das Canções», percorremos toda a carreira de Joaquim Lourenço. O teatro, a poesia, a psicologia e a sociologia são áreas que se mesclam na forma como encara a música e o espetáculo que, segundo o mesmo não se deve resumir a um conjunto de canções que se interpretam de forma aleatória. «(...) um espetáculo tem de contar uma história. Tem de ter uma narrativa (como se diz agora). O espectador/ouvinte tem de ser conduzido como o leitor é conduzido pelo escritor. Ou o espectador de cinema é conduzido pelo realizador. Não quero para mim o conceito de espetáculo que ainda se pratica na música: Um somatório de canções alinhadas arbitrariamente que mais parecem um serão de amigos com uma viola no meio».
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«Tenho muitos projetos e, infelizmente, nem sempre o tempo necessário para os concretizar... Em 2017 cumprem-se trezentos anos sobre a data do lançamento da primeira pedra do Palácio Nacional de Mafra e haverá um número de eventos envolvendo os seis órgãos. Saliento, em maio, a celebração do Dia da Europa, com a participação de organistas de diferentes países da União Europeia, e as atividades em torno da reunião anual da ECHO (European Cities of Historic Organs), associação de que Mafra é membro desde 2014 da qual assumirá a presidência neste ano. Por coincidência, ocorre também o tricentenário do nascimento de João Fontanes de Maqueira, construtor do órgão de São Vicente de Fora, pelo que também aí haverá motivo para comemorações especiais, prevendo-se o lançamento de um DVD sobre o instrumento. E há mais novidades para este ano, mas esperarei pelo momento certo para as anunciar...».
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João Vila nasce a 29 de outubro de 1978 e dá início aos seus estudos musicais com 5 anos na escola de Música “O Maestro” na Mealhada, aprendendo instrumentos de tecla. Atualmente tem sido uma figura marcante na defesa da importância da educação musical como disciplina imprescindível no currículo do ensino básico. Têm sido várias as aparições públicas em programas de televisão, umas vezes enquanto docente e outras enquanto performer como foi no caso do último passatempo televisivo “Ás do Cavaquinho” no programa Portugal no Coração da RTP 1, onde alcançou o primeiro prémio. Os mais pequenos apelidaram-no carinhosamente de “Jota” e hoje já é assim que muitas pessoas o conhecem. Vamos então entrar nesta viagem entre o espectáculo e a performance…
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Descontente com a programação de instituições como a Casa da Música e o Teatro Nacional de São Carlos, o barítono Job Tomé assume-se como um defensor da música portuguesa. "Não vou dizer que se trata de uma luta mas assumo como uma preocupação minha o facto de, recorrentemente procurar inserir reportório português e defender aquilo que de melhor temos. Lá fora, já não é a primeira vez que procuro provocar intérpretes de outras nacionalidades com reportório português e normalmente a receção é muito boa porque temos valor, temos mérito naquilo que se faz... Só é preciso é que seja divulgado". Quanto à programação de alguns teatros e instituições culturais diz: "A verdade é que quem decide, quem está nos «poleiros», quem está nos centros de decisão é muitas vezes ignorante. Ignorante porque não tem responsabilidade, não tendo que dar qualquer tipo de resposta pelas opções que tomam e dão-se casos muito graves".
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Joel Barbosa é Professor Titular da Escola de Música da Universidade Federal da Bahia, Brasil. Neste contexto, é professor de clarinete nos cursos de graduação, mestrado e doutoramento. O nosso entrevistado tem coordenado e prestado consultoria em projetos sócio musicais na Bahia e noutros estados do Brasil. O seu campo de investigação centra-se nas áreas pedagógica e de performance musical. Joel está também ligado ao desenvolvimento de materiais didáticos para bandas e prepara os alunos da Universidade Federal da Bahia para trabalharem com a metodologia de ensino coletivo de instrumentos de banda. Enquanto clarinetista tem-se apresentado em países como Brasil, EUA, Áustria, Alemanha e Colômbia. O seu valor foi reconhecido em publicações como o Eastsideweek (WA, EUA) e o Journal American (WA, EUA). Joel Barbosa foi membro do quarteto “Janela Brasileira”, projeto este que recebeu o prémio COPENE de Cultura e Arte em 1997 e o prémio Rumos Itaú Culturais Música, 2000. Atuou como primeiro clarinetista da Orquestra Sinfónica da Bahia nos anos de 1997-1999.
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Estivemos à conversa com o João Fonseca da Johnny Blues Band. A tocar desde 1994 lançaram recentemente o disco Good Old Times. Já marcaram presença em diversos festivais de Blues tais como o Gaia Blues, Festival de Blues e Jazz de Seia, Festa do Avante, Blues na ilha de Santa Maria, Praia Blues Festival na ilha Terceira – Açores, Douro Blues, Festival de Jazz & Blues de Évora, Festival de Jazz de Matosinhos e 1º Festival de Blues do Porto. Todas estas viagens proporcionaram momentos únicos de partilhas. E, falando de partilhas de experiências, poderemos aqui recordar que a Johnny Blues Band já compartilhou palcos com grandes nomes do blues. A título de exemplo poderemos referir Looney Brooks, Morris Hot (Magic Slim), Dr. Feelgood... Estas e outras experiências foram aqui recordadas numa entrevista onde o blues foi o cerne das questões.
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O nosso convidado de hoje é um músico que dispensa apresentações. O trabalho que desenvolve na Orquestra Sinfónica Portuguesa, no Grupo de Metais do Seixal e ainda dentro deste grupo a organização das XIII e XIV Master classes do Seixal no qual participam os mais prestigiados músicos de metais do Mundo é ímpar e reconhecido por toda a comunidade musical. Jorge Lourenço de Sousa Almeida acompanhou, desde tenra idade, o seu pai, Jaime, prestigiado fliscornista no âmbito das filarmónicas. Começou a tocar a solo mesmo antes de iniciar os seus estudos musicais no ensino oficial. Desde cedo mostrou facilidade e à vontade em assumir o papel de solista, independentemente de qual fosse o público.
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O clarinetista Jorge Camacho fala-nos da sua carreira e dos seus vários projetos pedagógicos e performativos. Embora os momentos que se vivem não sejam fáceis para os profissionais que se vão formando, há uma transformação natural que traz novos formatos e novas soluções. É neste sentido que o nosso entrevistado nos diz que «Cada vez menos, os alunos que acabam os cursos superiores nas várias escolas do país, encontram uma situação estável de emprego, quer a tocar, quer a lecionar. Isto, agregado ao cada vez maior número de maestros formados no país, vai fazer com que se agrupem em projetos de orquestra com apoios regionais ou autárquicos, o que já acontece um pouco por todo o país. Com certeza que o aumento destes agrupamentos irá ter como consequência a criação de novas orquestras com nível elevado e com uma programação constante».
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"Na música, em geral, tenho uma grande admiração e, de certa forma, alguma influência do Rui Veloso, do Pedro Abrunhosa, do Sérgio Godinho e do Jorge Palma. Grandes músicos, grandes compositores, que muito deram e dão à música Portuguesa. No Fado, fadistas como Amália Rodrigues, Fernando Maurício, Argentina Santos, Celeste Rodrigues, entre outros, fizeram com que me apaixonasse pelo fado e assim se tornasse na minha música de eleição. Hoje acrescento a estas referências o Ricardo Ribeiro, a Carminho, a Ana Moura, o Camané, o Carlos do Carmo, a Raquel Tavares, e mais outros com quem aprendo e tento evoluir a cada vez que os ouço". Jorge Nunes
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Jorge Prendas nasceu no Porto e iniciou os seus estudos musicais aos 10 anos, tendo posteriormente ingressado no Conservatório de Música do Porto no qual concluiu o curso geral de composição na classe de Fernando Lapa. Licenciado pela Universidade de Aveiro na área da composição, o nosso convidado de hoje atua em várias frentes. Serão as várias faces deste homem, músico, compositor, docente e coordenador do serviço educativo da Casa da Música que iremos tentar conhecer melhor na entrevista de hoje.
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Em início de ano letivo, Jos Wuytack, numa entrevista exclusiva ao nosso Portal do Conhecimento Musical, proporciona-nos uma viagem pela sua carreira. «Olho com muita satisfação para o trabalho que tenho realizado apaixonadamente durante tantos anos, para as centenas de cursos que orientei, para os inúmeros professores de música que ajudei a formar e para os milhares de crianças que têm disfrutado da música através da minha abordagem pedagógica. Claro que tem valido a pena!». Relativamente à sua metodologia refere que esta é «aberta a interpretações diversas e é conciliável com outras abordagens. Não me parece interessante seguir instruções demasiado rígidas. Os elementos e recursos propostos não têm de ser todos utilizados. Por exemplo os instrumentos Orff não são absolutamente necessários».