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«Foi o Robot que nos fez famosos, no ano de 81. Mas foram as canções que gravei depois de sair da Salada de Frutas que consolidaram o meu nome como cantora e artista de palco. Vígaro cá, vígaro lá, Perto de ti, Carrossel, Nuclear não Obrigado, Sempre que o amor me quiser, Demagogia, Terra Mágica, Dou-te um Doce, Beco, são apenas alguns dos admiráveis temas compostos pelo Luís Pedro Fonseca para mim, quase todos gravados com a Banda Atlântida, banda essa que formámos em 81 logo após a nossa saída da outra banda. Esta parceria compositor/cantora é que consolidou o meu nome, muito mais além que o ‘one hit’ da Salada de Frutas».
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O músico brasileiro Leo Cavalcanti, de passagem por Portugal, aceitou responder às perguntas do Portal do Conhecimento Musical. Mas nem só dos concertos que fará no MusicBox e na Madeira se falou. Os seus discos e o momento que a música brasileira vive foram também tema de conversa numa entrevista na qual ficámos a conhecer melhor o jovem artista. Foi a propósito desse momento da música brasileira que nos disse: “Acho que é um momento de grande volume de produções autorais e de grande variedade, onde as pessoas estão realmente buscando desenvolver suas próprias linguagens musicais, sem querer se enquadrar em caixas. Acho isso maravilhoso, e me identifico. Muitas sementes de coisas novas. É uma grande renovação. Mas não vejo isso como um movimento ideológico unido, com um discurso e uma homogeneidade. Vejo como um fenómeno inevitável e sincrónico de renovação e de ampliação do espectro de expressividade da música popular”.
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Uma carreira musical à qual não poderia ter fugido e as suas aprendizagens e experiências na Alemanha foram alguns dos temas aflorados nesta entrevista na qual Leonor Braga Santos não deixou de manifestar as suas preocupações com o futuro dos jovens músicos. «Tenho pena dos nossos jovens músicos. A vida está cada vez mais difícil para quem quer seguir uma carreira musical, com as orquestras a acabar por falta de verbas um pouco por toda a Europa. Por outro lado, a internet veio facilitar os contactos lá fora. Em Portugal, neste momento, há poucas ofertas de trabalho». Ao falarmos da gravação do Sexteto para Cordas e o Quarteto com Piano de Joly Braga Santos, seu pai, não negou que manter viva a obra deste pode ser uma das suas missões. Neste âmbito referiu ainda que outro CD virá a caminho, já que um colega violinista se propôs gravar toda a música de câmara do seu pai e a convidou para fazer parte do projeto.
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Liliana Jordão partilhou com o XpressingMusic – Portal do Conhecimento Musical alguns dos seus sonhos e das suas ambições enquanto fadista. Relativamente ao lançamento de um primeiro disco não mostrou pressas nem precipitações, pois «Há quem opte por gravar trabalhos simplistas, sem qualidade, mal preparados, e que não apresentam nada de novo. O estúdio, apesar de ser limitativo, deve colher o melhor que há em nós. Se não arrepiar, não vislumbro qualquer mérito em gravar. E deve arrepiar o mesmo quando ouvido num rádio com dificuldades em captar sinal, numa tasca com bancos de madeira, ou no melhor auditório do mundo perante uma plateia gigantesca. A gravação está a ser preparada, e em constante evolução de ideias, porque é do seu crescendo que obtemos notoriedade perante os destinatários. A demora acrescida? Não há editoras a apostar em fadistas que não estejam já no topo, e fazer algo com qualidade demora tempo e tem os custos próprios das edições de autor».
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Lino Guerreiro vive entre dois mundos: o do saxofone e o da composição. Nesta entrevista ficámos a conhecer melhor o percurso deste músico português que nos diz que «Cada vez mais o saxofone português é reconhecido pelo mundo inteiro. Talvez não tenha a mesma visibilidade que um clarinete porque no fim de contas não ingressa numa determinada orquestra, ou mesmo enquanto solista o saxofone aparece menos, e talvez por isso a ideia de reconhecimento não chegue ao nosso país». São muitos os projetos em que está envolvido. Embora se dedique ao ensino na área da composição, diz-nos que se sente um saxofonista ativo. «Continuo a ser um saxofonista ativo e muito do trabalho que faço é justamente na área que gosto».
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"É uma realidade, no mercado de hoje os novos artistas têm que investir nos seus projetos e realmente é difícil as portas das editoras se abrirem. No entanto, toda a equipa acreditou neste disco e nele colocou muito do seu talento e trabalho e isso foi o ingrediente especial para que depois de ter o master tivesse batido à porta certa. Em boa hora o fiz, e a minha editora/produtora Ana Soares Produções percebeu o disco e a minha linguagem, e imediatamente apoiou a edição e trabalho gráfico final. Isto possibilitou que este disco seja aquilo que é, um "Corpo-Fado" com uma edição digital e física ao alcance de todos". Liliana Martins
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Veio a Portugal visitar a mãe há 14 anos e por cá ficou. De Aire é o seu novo disco que já se encontra disponível nas plataformas digitais. Lucía Echagüe diz-nos que o seu álbum é rico em sonoridades do mundo. Nele estão presentes o folclore argentino, o flamenco, o jazz e a pop. A artista argentina já tinha obtido reconhecimento na Colômbia ao ver o seu single “Enganchada a ti” do disco “Todo Puede ser” ser escolhido para fazer parte do disco anual da W Radio do grupo Prisa em 2010. De Aire apresenta os seus primeiros originais e contou com a produção de Ricardo Quinteira. Aqui fica uma breve entrevista na qual poderá saber um pouco mais sobre esta cantora argentina.
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Compositor, arranjador, maestro, docente, diretor pedagógico, entre muitas outras funções que exerce com brilhantismo e brio profissional assinalável e reconhecido pelos seus pares, Luís Cardoso é o rosto de uma geração de bons músicos que, assumindo o “risco” de ficar em Portugal, segue e soma êxitos em várias frentes.
O XpressingMusic tentará descobrir um pouco mais sobre a vida deste profissional que amavelmente acedeu em responder às nossas questões.
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O nosso entrevistado distingue-se como um dos mais versáteis músicos portugueses da sua geração. Tem-se apresentado um pouco por toda a Europa, Norte de África, Médio-Oriente e Ásia, tanto em recitais como em concertos, muitas vezes estreando as suas próprias obras e de outros compositores contemporâneos portugueses e estrangeiros. Luís Carvalho é mencionado em quase vinte CD's, quer como clarinetista, maestro ou compositor, e em etiquetas como NUMÉRICA, CASA DA MÚSICA, AFINAUDIO ou PUBLIC ART. Muitas têm sido as distinções atribuídas a Luís Carvalho que dirige várias das mais importantes orquestras portuguesas. Falamos de orquestras tais como a Nacional do Porto, a Sinfónica Portuguesa, a Metropolitana de Lisboa, a Orquestra do Algarve, a Filarmonia das Beiras, a Orquestra de Câmara Portuguesa, a Sinfónica da Póvoa de Varzim, a Sinfónica da Universidade de Aveiro, a Sinfónica da ESART ou a Orquestra Clássica de Espinho. Também no estrangeiro aparece em concertos com várias orquestras de Rússia, Itália, Hungria, Espanha e Finlândia.
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Fomos a Coimbra ao encontro do pianista e compositor de jazz Luís Figueiredo. Na "Casa das Caldeiras" entrevistámos o autor de discos como "Lado B", "Manhã" e "Palavras de Mulher". A sua atividade tem sido intensa em várias frentes. Como sideman tem também participado em discos como o último da Luísa Sobral "Lu-Pu-I-Pi-Sa-Pa", ou de outros músicos como João Hasselberg e Jorge Moniz. Levou o Jazz para a Universidade de Aveiro e debruça-se sobre esta área com enorme dedicação sendo já indiscutível que deixará uma marca para os que vierem a seguir. Sente-se um privilegiado dizendo: "eu tenho um percurso um pouco atípico em relação aos meus colegas porque eu comecei a tocar com as pessoas que eram os meus ídolos e não com os meus colegas de escola. Eu acabo por ser o benjamim dos meus próprios projetos".
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Luís Costa aceitou responder às perguntas do XpressingMusic. Nesta entrevista quisemos passar em revista alguns momentos da sua formação enquanto pianista sem esquecer a carreira enquanto performer. Luís Costa revelou-nos ainda que irá fazer em breve concertos na China, Tailândia e Espanha. Luís costa voltará a tocar também em Portugal, estreando-se em Lisboa, no CCB. Em breve editará também dois CD's, um a solo e um em duo com o seu irmão Fernando Costa, Violoncelista.
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O maestro Luís Miguel Clemente aceitou o nosso desafio e respondeu às nossas questões. Disse-nos que "na área da direção de orquestra, quando maior for a experiência e a atividade, melhor! A direção de orquestra é uma área que requer preparação, conhecimento e experiência, muito para além da música per si sendo que tudo aporta e contribui para o desenvolvimento das ferramentas necessárias para desempenhar esta profissão". Adiantou ainda que "Finalmente estamos a conseguir acompanhar o excelente nível artístico desta geração de instrumentistas. Existem projetos muito interessantes, músicos e professores excelentes e, nesse aspeto, Portugal não fica atrás de nenhum país. Onde ainda temos um grande caminho a percorrer é relativamente aos apoios, nomeadamente sponsors e mecenas para a área cultural. Refiro-me a um nível empresarial e não apenas a apoios estatais".
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Fomos à Escola de Artes da Bairrada, no Troviscal, onde tivemos uma agradável conversa com o trompetista Luís Granjo. O nosso entrevistado venceu recentemente a primeira edição do Concurso Trumpetland Stars Competition 2014. Luís Granjo terá assim a possibilidade de tocar a solo, no próximo dia 21 de abril de 2015, o Concerto de Hummel para trompete inserido na série Grandes Clássicos do Auditório Nacional de Madrid, acompanhado pela Orquestra de Santa Cecília dirigida por Kynan Johns. Iniciou a sua formação no Conservatório de Música de Aveiro, prosseguindo mais tarde os seus estudos na ESMAE. Abraça a carreira de performer juntamente com a de docente integrando atualmente, como trompete solista, a Orquestra Sinfónica do Porto e enquanto docente o Conservatório de Música do Porto e a Escola de Artes da Bairrada.
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Luís Portugal recebeu-nos em Estarreja para uma conversa onde viajámos pela sua vasta carreira. O regresso do Jafumega foi obviamente um tema incontornável. Jafumega que subirá ao palco com a Filarmonia das Beiras para um concerto único no próximo dia 20 de junho no Cine-Teatro de Estarreja. Luís Portugal: "Sempre consegui fazer várias coisas. Não sei se bem ou mal, mas nunca me fechei numa gaveta dizendo que sou cantor e não faço mais nada. Quando as pessoas me colocam essas alternativas de fazer, dentro da arte, projetos diferenciados, vou sempre aceitando por gostar de novos desafios. Já fiz coisas para crianças, depois veio a escrita criativa... Vamos ganhando gosto por estas coisas e depois tenta-se conciliar (...) vejo a arte num contexto de expressões artísticas integradas. Já fiz produções de teatro, encenação, portanto considero que a arte deve ser um todo no qual podemos percorrer vários caminhos".
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O nosso convidado dispensa apresentação pois o seu caráter enquanto homem, cidadão, músico e compositor é, de todos, conhecido. Luís Represas "canta-nos histórias" desde 1976 e a sua voz já entrou pela casa de todos nós inúmeras vezes. Homem de causas, nunca desistiu de ir à luta e de usar as suas armas, ou sejam, as palavras revestidas de profundas melodias e "embrulhadas" em ricas e inteligentes orquestrações. Nas linhas que se seguem tentamos mostrar aos leitores do XpressingMusic como Luís Represas trabalha a música, com a música e para a música, numa carreira que já conta com largos anos e que promete continuar com o mesmo vigor e com a mesma crença que continha em 1976 quando fundou a banda Trovante.
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Luísa Barriga, embora muito jovem, conta com inúmeras participações como Cantora Solista e Estudiosa na Área do Canto Lírico em contextos diversos. Fez parte do Estúdio de Ópera do Porto, criado na Casa da Música, ente 2001 e 2006 e apresentou-se em diversas salas de espetáculos em Portugal, em récitas de óperas, recitais de música de câmara e concertos. Gravou para RTP e RDP recitais de música de câmara e óperas e colaborou com várias personalidades ligadas ao meio musical e teatral nacional e estrangeiro desde a sua formação até à data presente. Como docente, colabora com a Academia de Música Valentim Moreira de Sá em Guimarães e com a Escola de Música de Perosinho. Ainda nesta qualidade já colaborou com Bando dos Gambozinos (Porto) e Orfeão da Feira, Conservatório de Música Calouste Gulbenkian de Braga, Centro de Estudos Musicais do Porto e Conservatório de Música de Beja.
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O compositor Luís Tinoco acedeu ao nosso desafio para uma entrevista onde os nossos leitores poderão ficar a conhecer melhor o seu percurso académico e profissional. “Identificava-me com a música escrita por vários compositores britânicos - Birtwistle, entre outros - e, na Royal Academy, encontrei um ambiente de estudo estimulante e toda a liberdade que procurava para continuar a procurar uma linguagem musical própria. A variedade, de correntes estéticas, oferecida em Londres era francamente mais alargada do que aquela que eu tinha encontrado no meu país. Hoje, o contexto do ensino da Composição em Portugal é inquestionavelmente mais plural e aberto – comparando com o que tínhamos na década de 90. Na altura havia uma certa asfixia no ensino que era depois prolongada na forma como a música contemporânea era programada em Portugal. Em países como a Inglaterra, entre outros, podíamos encontrar um contraponto a esta realidade e foi essa liberdade que verdadeiramente me levou a estudar em Londres”.
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O XpressingMusic foi desta vez ao encontro dos Macadame. Este projeto de Coimbra aposta na recriação da música tradicional portuguesa seguindo uma linha de inovação e contemporaneidade, o que traz ao grupo novas sonoridades e ambiências.
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Temos hoje o privilégio de ter connosco a Professora Luísa Caiano.
Nos próximos instantes tentaremos saber mais sobre esta Pianista, natural do Porto que abraça a música em várias frentes.
Professora, Concertista e Diretora Pedagógica do Curso Silva Monteiro, Luísa Caiano mostra-nos como consegue conciliar todos estes aspetos com a sua vida pessoal.
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«Este é um período muito particular no fado. Todos os dias aumenta a curiosidade de conhecimento sobre o género musical que representa grande parte da nossa cultura. A minha memória vai até á instrução primária, quando dizia que queria ser fadista. Os olhares perdiam-se sobre mim, como se eu fosse uma raridade. O Fado tem que ocupar o lugar que merece, principalmente em Portugal. Foi neste sentido que tantos fadistas, como por exemplo a nossa saudosa Amália Rodrigues, o dignificaram e projetaram tanto a nível nacional como internacional. Se hoje o fado atravessa um bom período, foi porque as gerações anteriores trabalharam e acreditaram que era possível!» Luísa Rocha