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«Durante vários anos não me dei conta do que já tinha conquistado em termos artísticos. Penso que só me terei apercebido, numa primeira fase, em 2003 com a gravação do meu primeiro disco. Um trabalho que não representava aquilo que eu estaria a pensar musicalmente naquele momento, mas antes um disco que sumarizava os anos anteriores, o meu estudo intenso, as maiores influências. Lembro-me de ter decidido isso, e de o ter partilhado com os músicos que me acompanhavam na altura, os quais também escolhi por sermos todos, eventualmente, “emergentes”: o Jorge Moniz, o Bruno Santos e o Nuno Correia. Nesse momento pensei que, ou gravava aqueles temas marcadamente Hard-Bop ou, tinha a consciência que, provavelmente, já não o viria a fazer. Nunca me arrependi dessa decisão!»
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Hugo Danin recebeu-nos no seu Atelier de Percussão no Porto para uma conversa que registámos e aqui partilhamos com os nossos leitores. Neste espaço, respira-se música. O mesmo foi pensado para que todos os que nele permaneçam estejam em sintonia. Da receção às salas de aula, o foco são as percussões e a bateria. Hugo Danin falou-nos da sua vida enquanto estudante de música, da paixão que sempre teve pela bateria, pela percussão e da sua carreira enquanto músico. Hugo Danin já tocou com músicos e projetos como GNR, Pedro Abrunhosa e André Indiana. Atualmente toca com Mónica Ferraz e Marta Ren, acumulando ainda os seus projetos pessoais e gravações com diversos artistas. Não deixou de partilhar as suas inquietações relativamente à educação musical que considera ter sofrido uma grande evolução nos últimos anos.
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Foi o programa “Chuva de Estrelas” da SIC que a mostrou ao mundo mas, muito antes disso já Inês Santos espalhava magia com a sua voz. Nunca sonhou ser outra coisa senão cantora. Aos 3 anos de idade tomou esta decisão que a tem transportado pelos mais diversificados cenários do universo musical. Já deixou a sua voz registada em diversos discos, uns em nome próprio e noutros cantando ao lado de grandes nomes do panorama musical português como Olavo Bilac, Sara Tavares, Miguel Ângelo e José Cid. Agora traz-nos um novo disco do qual sai para já o single “Gramática do Mar”. Com a Inês Santos, embarcaram nesta «viagem por Mar à Lusofonia» os três músicos base do projeto, Miguel Veras, Sebastian Scheriff e o produtor Fernando Júdice. O disco conta ainda com Luís Guerreiro, o letrista Tiago Torres da Silva e a cantautora Thamires Tannous.
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Muito cedo iniciou um percurso que subsiste até hoje. Diz-nos ter sido muito influenciado pelo seu pai e pela música que este ouvia. Aos 14 anos já desenvolvia o seu primeiro projeto a solo. A sua principal característica reside na versatilidade. Esta foi conquistada com esforço e dedicação ao estudo dos vários géneros e estilos musicais. Em Londres tocou na Banda de Marcus "Santana" Raimundo, Tribo Band atuando em casas e festivais, como Guanabara, Nothing Hill Hot Club, Hotanani, Made in Brazil, entre outros. Em 2009, foi convidado como Sideman do artista Internacional Nick Garrie participando numa das suas tournées em Portugal. O XpressingMusic quis saber mais sobre este percussionista e partilhá-lo com os seus leitores.
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Ingrid Sotolarova nasceu em Brno, República Checa e iniciou os seus estudos musicais aos seis anos da idade. Já tocou em países como a Grécia, Alemanha, Espanha, Portugal e República Checa. Atualmente trabalha como docente e pianista acompanhadora na Academia de Música AMVMS, em Guimarães, e como pianista acompanhadora – assistente convidada no Departamento da Música da Universidade do Minho e na ESMAE, no Porto. Ingrid Sotolarova encontra-se neste momento a fazer o seu Doutoramento em Artes Musicais na Universidade Nova de Lisboa.
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Isabel Dantas proporciona-nos uma viagem pelos projetos da "Chave do Som". Desde 1994 a aposta na qualidade tem sido uma constante, que se efetiva na competência de todos os artistas que representa e nas equipas técnicas que a apoiam.
Do portfolio da "Chave do Som" destacam-se as produções das Comemorações do 25 de Abril no Porto em 1996, o Festival da Juventude de Vila do Conde em 2002 e as Noites do Rivoli em 2010. Já representou bandas como os "Ornatos Violeta", os "Clã", e os "Blind Zero".
Atualmente a "Chave do Som" acolhe bandas e artistas como "A Jigsaw", "Best Youth", "Che Sudaka", "emmy Curl", "Jafumega", "Mão Morta" e "X-Wife". Foi sobre estes e outros projetos que falámos ao longo de uma hora muito bem passada na sede da "Chave do Som".
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Iva Barbosa é uma das clarinetistas portuguesas mais destacadas da sua geração. Detentora de importantes prémios nacionais e de inúmeras distinções internacionais, a nossa entrevistada vem ao XpressingMusic falar sobre a sua evolução enquanto performer e como docente. Iva Barbosa é natural de Matosinhos e iniciou os seus estudos musicais com o seu pai. Para além das suas participações em orquestra e a solo, faz também parte do Quarteto Vintage.
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O XpressingMusic foi ao encontro de uma das vozes portuguesas mais respeitadas em todo o mundo.
Jacinta foi referida por José Duarte como "a cantora de jazz portuguesa". A sua voz é inconfundível e detentora de um timbre que nos passa emoção e uma sensação de "porto seguro" aliada à sua inquestionável solidez técnica e à garra inerente às suas interpretações.
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O universo da direção, a carreira e muito mais são passados em revista nesta entrevista a Jan Wierzba. Sobre os próximos projetos ficámos a saber que terá um projeto com a Orquestra Sinfónica Portuguesa nos Dias da Música 2016, outro com a Orquestra Gulbenkian em junho e julho. Mas há mais: «Gravarei um CD com obras de compositores portugueses com o Ensemble SÍNTESE e apresentar-me-ei em Itália com o Ensemble SEPIA em novembro. Tentarei fazer parte do leque de escolhidos a participar na Masterclass de Bernard Haitink em Lucerne, farei um Estágio de Cordas na EPABI na Covilhã, bem como uma tournée em duo com a Soprano Joana Seara no Brasil. Para além disto, já tenho alguns projetos previstos para 2017, que ainda não me são permitidos divulgar».
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Aproveitando o facto de Javier Ortí passar por Portugal para participar no Algarve Brass Forum, fizemos uma entrevista na qual o músico espanhol nos disse que «o jazz em Espanha está de boa saúde, tanto na qualidade como na preparação dos músicos. Há muita gente a fazer coisas muito interessantes. O nível subiu muito. Mas o nível dos músicos não é proporcional ao número de locais para tocar. Há poucos sítios para tocar em Espanha. Nos festivais predominam os músicos que enchem as grandes salas. São estes que são procurados pelos programadores. Assim, há músicos muitos bons, que desenvolvem projetos de alto nível em Espanha que, não conseguindo a sua oportunidade de figurar nos cartazes dos festivais seguem o seu caminho tocando em bares e salas sem que consigam chegar a estes circuitos de música maiores».
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Jean-François Lézé chegou há 20 anos a Portugal. Recorda-se como se tivesse sido ontem. Nesta entrevista, em jeito de comemoração, revisitamos a sua vida artística que tem sido recheada de êxitos. Fala-nos da evolução da música e dos músicos em Portugal e da sua participação neste contexto. Jean-François Lézé encara a criação artística como uma só e considera que "A música deve ser sentida, intencional, consciente ou inconsciente, intelectual, emocional, improvisada, ensaiada e vivida". A música, para o nosso entrevistado, "corresponde a um gesto, um som caraterizado pelo propósito intelectual ou a intenção emocional".
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A carreira e o novo disco foram os temas centrais desta entrevista. «Este novo disco é o meu disco mais arrojado, apesar de não se distanciar do Fado. É um disco com um alinhamento de fados e canções em que procuramos abrir todas as portas e janelas do coração. Aqui não aparece só o amor, mas também a desilusão, a descrença, a solidão, a maternidade e a orfandade. E também se canta a Lisboa! Do ponto de vista musical conta com músicos maravilhosos que me acompanham sempre. Falo de Pedro Amendoeira, Rogério Ferreira e António Quintino, para além dos convidados excecionais, Paulo de Carvalho, Pedro Jóia e Filipe Raposo».
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Joana Carneiro nasceu em Lisboa e iniciou os seus estudos musicais como violetista antes de se formar em direção de orquestra na Academia Nacional Superior de Orquestra de Lisboa. Concluiu o mestrado em direção de orquestra na Northwestern University (Chicago) e prosseguiu os estudos de doutoramento na Universidade de Michigan. Joana Carneiro é aclamada pelas suas atuações vibrantes em diversos estilos musicais e tem chamado a si uma considerável atenção como uma das mais notáveis maestrinas da atualidade. Recentemente dirigiu a Royal Liverpool Philharmonic no Royal Albert Hall de Londres e a Royal Philharmonic Orchestra e Renée Fleming no concerto de abertura da temporada da Ópera Real dos Emiratos Árabes Unidos, em Oman.
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Joana David nasceu no Porto, ingressando aos cinco anos de idade na Academia de Música de Vilar do Paraíso. Em 2004 licenciou‐se em piano de acompanhamento pela Escola Superior de Música e das Artes do Espetáculo do Porto (ESMAE) na classe de Jaime Mota e Luís Filipe Sá.
A nossa entrevistada integrou o estágio do estúdio de ópera "Plácido Domingo" do Palau de les Artes Reina Sofia em Valência. Joana David trabalha regularmente no Teatro Nacional de S. Carlos sendo ainda pianista acompanhadora da ESMAE.
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Joana Gama aceitou o nosso desafio para uma entrevista sobre a sua carreira e sobre os primeiros tempos da sua aprendizagem. «O facto de ter começado a estudar música e ballet ao mesmo tempo revelou-se decisivo na minha abordagem ao instrumento. Para mim tocar piano é sentir com o corpo o que estou a tocar, há uma abordagem sensível e emotiva da qual não me consigo dissociar». Também outras abordagens musicais e as colaborações com outros artistas estiveram em destaque. «As colaborações que tenho feito com outros artistas revelam os meus múltiplos interesses e têm sido extremamente enriquecedoras para o meu trabalho a solo, pois acrescentam outras dimensões ao ato de tocar piano. O facto de ter começado a compor com o Luís Fernandes foi algo inesperado - porque até à altura me dedicava apenas a interpretar obras de outros compositores - mas que de certa forma modificou a minha postura ao piano porque fiquei a saber a sensação de tocar algo da minha autoria».
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Joana Machado fala-nos das suas aprendizagens e da sua carreira enquanto performer, professora e investigadora. Para além de todo o trabalho que tem vindo a fazer em nome próprio, Joana já esteve em palco ao lado de nomes como Abe Rábade, Bernardo Sassetti, Chris Strik, Edu Lobo, Gary Bartz, Jamey Haddad, Jane Ira Bloom, Jesus Santandreu, Paulo Braga, Perico Sambeat, Reggie Workmann, Rembrandt Frerichs, Sara Serpa, Toon Roos, entre muitos outros. Sobre o palco, disse-nos: «O palco é A escola. Sem palco o músico não pode confrontar-se com os seus medos, as suas vergonhas e não tem oportunidade de tornar-se também um performer. Porque as sensações que se experimentam ao vivo são reservadas para esses momentos de entrega total. No palco lida-se com o som, bom e mau, com o imprevisto. Esta é a qualidade de que eu não abdico. Não abdico do imprevisto, sou contra os espetáculos inteiramente encenados, decididos ao pormenor».
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Joana França: "A letra do "Try" mostra quem eu sou. Espelha a minha maneira de estar na vida e aquilo em que acredito. É também a conjugação perfeita, dado que este é também um dos meus géneros musicais favoritos". O sonho de que a sua carreira extravase as fronteiras nacionais impelem Joana França a compor em inglês. "Porque me é automático mas também porque a língua não pode ser barreira para espalhar a palavra. Em qualquer país vão compreender a mensagem. A música não é barreira, não acho que a letra deva também ser. Acho que, tal como vou fazer, o artista pode sem dúvida ter alguns temas na sua língua, se assim o achar. Mas esta é a minha opinião apenas".
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«O Fado é um género suficientemente sólido e grandioso para suportar várias abordagens. A questão “o que é Fado” está na ordem do dia, no entanto, o fado, desde a sua génese foi sempre um género atrevido e expansivo do ponto de vista formal no sentido em que, o dito fado tradicional existiu sempre a par do fado canção e sempre existiram formas e instrumentações muito diversas dentro do género, pelo que essa discussão me parece completamente estéril. O fado chamado de tradicional sempre existirá e sempre existirão fadistas a explorar os limites do género. Nada do que se está a fazer hoje em dia é novidade, basta pensarmos em nomes como Amália Rodrigues, Carlos do Carmo ou Maria da Fé que gravaram vários discos utilizando orquestras ou formações que extravasam os formatos tradicionais». Joana Rios
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João Barroso é mais um músico que enche de orgulho Portugal e os portugueses. Recentemente foi vencedor da audição para oboísta solista da Orquestra do Teatro Regio di Torino, em Itália. É nessa grande conquista que está focado embora tenha outros projetos para concretizar. «Neste momento não tenho muitos projetos externos à orquestra. Tenho no final deste mês um concerto como solista com o Rudolf Koelman, ex-Concertino da Orquestra Concertgebouw. Fazemos o Concerto para Oboé e Violino de J.S. Bach. No próximo ano farei uma pequena digressão pela Suíça, com gravação de CD, com o Concerto de B. Martinu para Oboé e pequena orquestra, com a Orquestra Nacional de Jovens da Suíça. Mas estou acima de tudo muito entusiasmado por começar esta nova etapa em Turim. Esse é o meu maior projeto de momento».
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João Caetano apresentará no dia 13 de dezembro o seu espetáculo de voz e percussão no Museu do Oriente. Será acompanhado por Maria Emília Reis na voz, Manuel Rocha e Pedro Pires nas guitarras, Pity no baixo, André Silva na Bateria, André Dias na guitarra portuguesa e Ricardo Anastácio na viola. «Embora, neste meu trabalho, já tenha utilizado alguns elementos tradicionais portugueses, como a guitarra portuguesa, a viola de fado e os bombos tradicionais... continuo sempre a procurar maneiras de fazer esta junção Fado, Folk e Pop, juntando ainda elementos tradicionais chineses».