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Estrearam-se em Vila Verde, Figueira da Foz, a 10 de maio de 2003 num encontro de música tradicional organizado pelo grupo Terra Nostra e com participação do grupo da casa e os veteranos maio Moço. Além de algumas músicas em 3 coletâneas internacionais de música tradicional, o primeiro álbum do projeto musical A Barca dos Castiços, "Mancha em Terras de Cor", editado em 2010, inaugura uma previsível série de trabalhos dedicados à reciclagem de música de tradição.
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França, Itália, Espanha, Bélgica e Suíça foram alguns dos países onde a sua música já chegou. A Jigsaw receberam-nos em Coimbra para uma conversa muito simpática onde ficámos a saber um pouco mais sobre este projeto.
Quisemos saber como "acontecia" a música que nos contam e o que tencionam e sonham fazer no futuro.
Fiquem com A Jigsaw!
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Será no Grande Auditório do CCB, no domingo dia 4 de Maio, pelas 21 horas que Abel Pereira irá brindar o público com o 2º Concerto para Trompa de Richard Strauss, compositor do qual se comemoram este ano 150 anos de nascimento. O XpressingMusic aproveitou para colocar algumas questões sobre este e outros concertos que irá realizar em breve. Como é hábito nas nossas entrevistas, tentámos também conhecer melhor este músico que tem corrido o mundo a mostrar talento e virtuosismo marcando com carimbo de excelência a música que Portugal tem vindo a "exportar". Abel Pereira é um dos mais conceituados intérpretes portugueses de todos os tempos de reconhecido prestígio internacional e desde a sua primeira atuação como solista no Rivoli Teatro Municipal aos 11 anos de idade, tem vindo a desenvolver uma intensa atividade concertista por toda a Europa, América, Ásia, Africa e Medio Oriente.
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Nuno Silva levou-nos numa viagem pelo universo musical produzido pelos Adducantur. Este projeto utiliza instrumentos tradicionais oriundos de culturas diversas, o que ocasiona uma multiplicidade tímbrica muito apreciável. O último E.P. intitula-se "Semente". Nesta entrevista tentamos conhecer mais profundamente este projeto que já se apresentou na Casa Museu Guerra Junqueiro em 2009 e na sala Suggia da Casa da Música em 2010. Em 2012 atuaram no Hard Club do Porto, no Festival do Caldo de Quintandona em Lagares e no Festival de Músicas do Mundo Etnias/Ollin Kan no Contagiarte, no Porto.
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Contam já com 22 anos de palco e de estrada. Os Alcoolémia continuam com muita vontade de produzir rock cantado em português e o álbum "Palma da Mão" confirma-o. Aliás, cantar em português é uma máxima assumida por esta banda e para quem os quiser ver e ouvir de perto poderá dirigir-se no dia 31 de Janeiro de 2015 à festa de lançamento deste novo álbum no Cine Incrível em Almada. Nesta entrevista os Alcoolémia disseram-nos ainda que "O ponto alto deste ano 2014 foi a participação no Rock no Sado em Setúbal no passado mês de agosto, com muita gente já a cantar alguns dos temas novos".
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Fomos ao Porto e, tendo como pano de fundo o Urban Cicle Café, passámos uma hora na companhia de Alexandre Borges e João Vasco que nos falaram com paixão, entusiasmo e reconhecida admiração e orgulho de um projeto que valoriza a língua portuguesa de forma ímpar. Ficámos a perceber melhor como as sonoridades do piano de João Vasco inspiram e suportam as brilhantes leituras de Alexandre Borges. Poema Bar traz-nos Fernando Pessoa e Vinicius de Moraes numa perspetiva sincera que talvez se constitua como a mais genuína forma de lembrar estes gigantes da poesia mundial. A entrevista começou sem que déssemos conta pois a conversa fluiu de uma forma tão inata que o rigor da planificação rapidamente sucumbiu perante a amabilidade e simpatia dos nossos convidados.
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"O Cavaquinho do Amadeu" é o primeiro trabalho a solo de Amadeu Magalhães. Entre os músicos que mais admira encontram-se Júlio Pereira, Pedro Caldeira Cabral e Carlos Paredes. Mas quando perguntamos se a música tradicional portuguesa atravessa um bom momento, a resposta é: "Pessoalmente não acho! A quantidade não é sinónimo de qualidade e, se bem que há muito mais oferta musical hoje em dia devido à facilidade dos recursos tecnológicos para o fazer, a qualidade deixa muito a desejar! Lembro-me de que há uns anos não era qualquer um que poderia gravar um disco, tinha de dar garantias mínimas de qualidade às editoras e havia muita preocupação na qualidade do produto. Hoje em dia é bem diferente, como todos sabemos".
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Licenciada em Canto pela ESMAE, Ana Barros tem trabalhado sob a direção de vários Maestros interpretando um diversificado e eclético reportório. Ao longo do seu percurso formativo trabalhou com nomes como Jill Feldman, Philip Langridge, Gundula Janovic, Laura Sarti, Hilde Zadek, Patricia McMahon e Elisabete Matos. Para além da ópera, também a música contemporânea ocupa as suas preferências. Ana Barros tem participado em diversos espetáculos e gravações em CD, rádio e televisão. Nesta entrevista ficaremos a conhecer o seu percurso, os seus projetos e as suas posições perante o panorama atual da música e dos músicos em Portugal.
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Ana Barros: "Com apoio artístico de João Braga e de Rui Vieira Nery, o projeto pretende retratar a história do Fado, ao mesmo tempo que todos os fados têm poemas que retratam a vida da própria Severa. Para enfrentar o desafio de dar novas cores a uma história já tão explorada, contamos com a colaboração da guitarra portuguesa de Miguel Amaral e dos compositores Sérgio Azevedo, Carlos Marecos e Carlos Azevedo, que criaram arranjos, sobre fados tradicionais, para voz e piano". Bruno Belthoise: "A grande difusão internacional do Fado e, por vezes, mesmo a sua vulgarização, não deve servir para nos esquecermos de que se trata de um género musical essencialmente ligado à alma portuguesa".
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Entrevistámos Ana Carolina Capitão com o intuito de darmos a conhecer aos nossos leitores o percurso desta jovem maestrina portuguesa. Do clarinete à direção e aos vários projetos que já abraçou e abraça, falámos de tudo um pouco. No entanto, o seu foco atualmente encontra-se no projeto da “Orquestra da Costa Atlântica, associação de música e cultura”. «Através da associação desenvolvemos vários projetos de âmbito nacional e internacional, nomeadamente a orquestra sinfónica “Atlantic Coast Orchestra”, o Festival e ainda a Academia de Direção (Atlantic Coast International Conducting Academy). Estou muito contente por estar envolvida neste projeto que me permite realizar um sonho que é o de trabalhar como maestrina, neste caso da Atlantic Coast Orchestra, e na colaboração com projetos musicais em Itália e na Polónia, que a seu momento serão divulgados».
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O violoncelo, a carreira e a vida de Ana Cláudia Serrão são revisitados nesta entrevista. A música sempre fez parte da sua vida pois nasceu numa casa onde se cantava e tocava no dia-a-dia. A violoncelista diz-nos que, à semelhança dos sopros portugueses, «existem já músicos de cordas com carreiras reconhecidas no estrangeiro. No caso dos violoncelistas falo por exemplo do Bruno Borralhinho, que é membro da Orquestra Filarmónica de Dresden, e do Filipe Quaresma, que tem visto o seu excelente trabalho também reconhecido no estrangeiro». Relativamente às competências que considera obrigatórias num violoncelista, não hesita em enumerar: «qualidade sonora, capacidade de manter e conduzir uma frase e honestidade». No que concerne à realidade musical portuguesa refere: «É triste que não saibam reconhecer a magnitude do que por cá se faz».
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O novo EP que vem aí chama-se “The Weight Of The Soul” e serviu de pretexto para fazermos esta entrevista à portuguesa Ana Free. Quando lhe perguntámos se, caso tivesse nascido 20 anos antes, teria arranjado outra forma de divulgar o seu trabalho, a resposta foi: «A internet tem várias vantagens. Dá-me a oportunidade de partilhar o meu trabalho e as minhas aventuras com o resto do mundo, e como a internet não tem barreiras, consigo partilhar as minhas experiências e a minha música com pessoas em sítios totalmente diferentes e espalhadas por todo o mundo. Sem a internet acho que conseguiria atingir o mesmo nível de sucesso, mas a um ritmo muito mais desequilibrado. Acho que seria um processo bastante mais lento».
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«Mais do que um sonho, a gravação da música portuguesa é, desde o início, uma diretiva muito clara. Em janeiro de 2013, altura em que começámos a desenvolver o projeto “Anterianas”, os sonetos de Antero de Quental ressoaram veementemente dentro de nós. Esta vontade de sentir e perseguir algo que possa estar no céu da Ideia, esse lá, mas aonde é lá?, é precisamente o que nos move dentro da música, no domínio da Arte de Música que o poeta Jorge de Sena tão bem pintou nas suas palavras dedicadas à sinfonia da ressurreição de Mahler: Ante este ímpeto de sons e de silêncio, ante tais gritos de furiosa paz, ante um furor tamanho de existir-se eterno, há Portas no infinito que resistam? Estas portas escancaradas para o infinito, encontram-se aí, entre os nossos artistas, que merecem a nossa máxima atenção! Urge pois registar, divulgar e avivar de todas as formas esta herança!».
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Ana Maria Ribeiro é natural de Santa Maria da Feira e tem uma carreira brilhante enquanto flautista e docente. A nossa entrevistada recebeu já inúmeros prémios tais como o 1º prémio no Festival Regional de Jovens Músicos do Distrito de Aveiro, o 1º lugar no concurso "Prémio Jovens Músicos", o 2º Prémio Juventude Musical Portuguesa, estando ainda presente na semifinal do Concurso Internacional "Leonardo di Lorenzo" em Itália. Orientou master classes no V e VI Festival Internacional de Música de Santa Maria da Feira, na Academia de Música de Paços de Brandão, no Conservatório de Música de Coimbra, na Escola de Música do Loureiro, no Curso Internacional de Música de Verão do Inatel, no II Ciclo de Cursos Livres de Música no Campus Universitário do Instituto Piaget de Viseu, no Conservatório de Música de Águeda, na Escola Profissional de Música ARTAVE, em Valência-Espanha, e nos Encontros de Flautas Luso-Brasileiros no conservatório de Música do Porto.
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André Barros falou-nos do seu “In between” e da carreira que tem vindo a consolidar no âmbito da composição de Bandas Sonoras. Em 2015 conquistou o prémio para melhor banda sonora nos Los Angeles Independent Film Festival Awards. Diz-nos que a composição para cinema é uma paixão: «É, sem dúvida, uma das melhores formas de me exprimir musicalmente, sendo que compor para imagem é algo que me satisfaz imenso. Para além de ser a melhor forma, atualmente, de subsistir financeiramente trabalhando a tempo inteiro na música... “Soundtracks Vol. I” foi a primeira compilação de temas que compus para bandas sonoras, e neste momento tenho já material para um possível segundo disco, sentindo que estou, a cada banda sonora que produzo, em permanente evolução e espero assim continuar por muitos anos!»
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André Carvalho dará início a uma tournée em Portugal no próximo dia 21 de julho na Casa da Música, no Porto. Colocámos algumas questões a este contrabaixista português que só aos 21 anos descobriu o verdadeiro chamamento da música e que desde aí protagonizou um percurso académico e performativo notável. A digressão por terras lusas conta com o apoio da GDA e passará pelas cidades do Porto, Viseu, Leiria, Coimbra e Lisboa. «Ultimamente só tenho tocado por Nova Iorque. O meu grupo tem tido apresentações regulares tocando música minha que têm servido para experimentar coisas diferentes. Estou muito contente com o rumo da música e julgo que o grupo tem evoluído bastante desde o momento em que comecei a tocar pelos Estados Unidos. A música também está um pouco diferente do meu disco anterior».
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Embora com uma agenda bastante preenchida que se divide entre viagens ao estrangeiro para dar concertos, e a azáfama inerente à sua carreira docente, André Madeira, guitarrista português, aceitou amavelmente conceder-nos uma entrevista exclusiva. Nas próximas linhas tentaremos perceber como é a vida de um músico que considera que não existe uma idade certa para aprender música "mas sim uma idade em que os processos de aprendizagem se dão de forma mais natural".
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André Pires deu-nos esta entrevista nas vésperas do seu concerto na Sé Velha, no âmbito do Ciclo de Concertos de Coimbra. Falou-nos do seu percurso académico e artístico e referiu que «(...) Portugal é um país privilegiado se virmos a questão do ponto de vista do tipo de órgãos que existem em mais abundância no nosso país. Existem imensos órgãos ibéricos em Portugal, alguns deles ainda por restaurar, mas muitos estão completamente funcionais. Este tipo de órgão, devido às suas características, limita o repertório que se poder tocar neles. Por exemplo, o facto de estes órgãos não possuírem pedaleira deixa logo uma enorme quantidade de obras musicais de parte. No entanto, vê-se a aparecerem cada vez mais órgãos sinfónicos de um tamanho realmente imponente, que não limitam o organista na altura de escolher repertório, pois são órgãos bastante versáteis».
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André Santos é um madeirense que aos 19 anos decidiu rumar até Lisboa. «Em Lisboa havia muito mais atividade do que na Madeira e isso despertou o meu espírito competitivo (saudável!) e fez-me trabalhar para melhorar a cada dia». Embora jovem já arrecadou vários prémios. No entanto, não os valoriza atribuindo maior importância aos convites que tem recebido para tocar com músicos que muito admira. «Os prémios valem o que valem, para mim, o que tem mais significado é ser chamado para tocar com músicos que admiro ou as pessoas gostarem genuinamente da minha música e do que eu faço à guitarra».
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Durante mais de quatro décadas, Andy Manson tem sido o obreiro de alguns dos mais perfeitos instrumentos musicais do mundo.
As suas guitarras dizem-nos que para além de ser um ótimo guitarrista, este é também um criador de sonoridades ímpares.
Na construção das suas guitarras, Andy coloca a sua alma de músico o que faz deste um construtor de instrumentos mais completo.