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«(...) nas próximas temporadas, irei estrear um par de obras encomendadas por instituições de Portugal, o que me deixa bastante satisfeita. Nos Estados Unidos, as pessoas com quem trabalho ficam sempre muito surpreendidas por nunca ter recebido uma encomenda de peso do meu país. Não sei se será por eu estar fora ou por falta de interesse. O tempo o dirá. Por outro lado, faço sempre questão de mencionar que mantenho sempre um contacto ativo com certos solistas que me têm acompanhado desde os meus primeiros passos e que apostaram em mim desde muito cedo. Essas relações são muito importantes para mim. Falo por exemplo do Sérgio Carolino, do Miquel Bernat e da Joana Carneiro».
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Filha mais nova do compositor António Victorino d'Almeida e de Sybil Harlé, Anne Victorino d'Almeida nasceu em 1978 em Poissy (França) e desde muito cedo que mostrou interesse pelo estudo da música. Aos 4 anos de idade já tinha aulas de piano em Viena da Áustria.
Nesta entrevista fazemos uma viagem pelas várias abordagens que Anne faz da música e com a música. A composição, a performance e a pedagogia serão alguns dos aspetos revisitados não esquecendo as inevitáveis influências de seu pai.
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António Ângelo Vasconcelos nasceu em Vagos, Aveiro. Estudou música no Conservatório de Música de Calouste Gulbenkian de Aveiro e é licenciado em Ciências Musicais pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. É também Mestre em Ciências da Educação pela Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Lisboa. António Â. Vasconcelos é doutorado em Educação pelo Instituto de Educação da Universidade de Lisboa com a tese “Educação artístico-musical: cenas, atores e políticas”.
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André Viamonte partilha com os nossos leitores o percurso que o levou até ao disco que agora é lançado. O concerto de apresentação do álbum no Teatro Ibérico deixou o artista ainda mais motivado para continuar esta caminhada musical. «Tivemos a sala absolutamente cheia. Foi um concerto muito intenso com pessoas no público e nós no palco numa constante partilha, não só dos temas, mas sobretudo nas emoções que esses temas transportam para o interior de quem os ouve. Os temas refletem estados de alma e de vivência que dizem muito às pessoas. Temáticas que não são fáceis de admitir no dia-a-dia e que no momento em que as ouves fazem com tenhas de digerir esses assuntos. É fácil chorar nos meus concertos e foi isso que aconteceu de uma forma espetacular na apresentação do disco».
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António Bastos move-se num terreno musical muito exclusivo construído por ele próprio onde funde as várias influências que foi assimilando ao longo da sua carreira académica e performativa. O Jazz, o House, o Funk, a música tradicional portuguesa, o Rock, o Techno e a música Clássica aparecem quando menos se espera nas composições com que brinda o seu público. O seu currículo como produtor é extenso, tendo os seus trabalhos como Johnwaynes e António Bastos sido editados nas mais prestigiadas labels de todo o mundo tais como Get Physical Music, Cecille, CIC e Compost da Alemanha, Let's Play House dos Estados Unidos, Let's Get Lost, Endless Flight e Mule Musiq do Japão, Brique Rouge, Sui Generiz e Faces/MCDE de França, Raw Cutz e Flame de Espanha, Dissident de UK, Back&Forth de Itália, Serenades da Finlândia, Baile Muzik da Croácia e claro Bloop e Groovement de Portugal.
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Os 50 anos de carreira de António Chainho são revisitados nesta entrevista onde falámos do tanto que fez e faz pela guitarra portuguesa. «A partir de determinada altura, recusei [muitos convites]. Recusei porque tinha uma meta a atingir. Não tinha tempo e defini a minha carreira assim. Tenho pena de não ter gravado com muitos artistas de fado, de quem eu gostava muito, mas a minha meta era outra. Estabeleci assim a minha carreira: eu queria divulgar a guitarra portuguesa, passando por outras áreas que não fosse só o fado. A guitarra não teria que ficar subjugada ao fado: A guitarra não é só para o fado. A guitarra tem que entrar noutros caminhos: os da música brasileira, da música africana, da música indiana etc. Hoje há jovens que já estão a fazer um percurso admirável, a cantar com outros instrumentos, a fazer as tais permutas musicais que, na minha opinião, é muito significativo em relação a este instrumento que é a guitarra portuguesa».
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Natural do Porto, António Oliveira iniciou os seus estudos musicais na Academia de Música de Vilar do Paraíso. Com a carreira de concertista tem acumulado a de docente, sendo professor de piano no Conservatório de Música do Porto. Nesta entrevista iremos saber mais sobre este pianista que, para além do seu trajeto enquanto performer, tem assumido outras funções de destaque no âmbito da música e da produção musical. A título de exemplo refira-se que o pianista António Oliveira foi Assessor do Programador, Maestro Rui Massena, na Capital Europeia da Cultura, Guimarães 2012. A solo ou em música de câmara, António Oliveira tem realizado vários recitais tendo marcado presença em eventos tais como: Festival de Música do Estoril, Festival da Foz do Cavado, Festivais de Outono em Aveiro, Festival Raízes Ibéricas, Festival Cistermúsica em Alcobaça, Festival de Música de Coimbra, Festival de Música do Palácio da Bolsa, Encontros de Piano do Porto, nas Quintas de Leitura no Teatro do Campo Alegre, ClarinetFest2007 em Vancouver, Canadá, Musiquem Lleida 2007 em Espanha, ClarinetFest2008 em Kansas City, Estados Unidos da América, e ClarinetFest 2009 na Casa da Música do Porto.
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António Pelarigo fala ao XpressingMusic sobre o seu primeiro disco dizendo que este foi bem conseguido na sua construção. "Letras de grandes autores como Rosa lobato Faria, Paulo de Carvalho, Maria Luísa Batista, João Ferreira Rosa ou até o próprio José Cid e um poema da minha autoria – Senhora da Paz. As músicas são de José Cid e alguns fados tradicionais. Os temas musicados com acordeão e bateria vêm ao encontro das exigências do fado atual, mas nunca perdendo a verdadeira essência do fado, pois qualquer tema ou música poderão ser cantados apenas à guitarra e viola e até serem considerados tradicionais. Isto só se consegue com o tempo".
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António Pinho Vargas é Compositor, músico e ensaísta. Licenciado em História, pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto, é também detentor do Curso Superior de Piano do Conservatório do Porto e Mestre em Composição pelo Conservatório de Roterdão na Holanda. Em 2012 recebeu o Prémio Universidade de Coimbra, pela sua contribuição para a música contemporânea portuguesa e o Prémio José Afonso pelo disco Solo II. Este ano, com a obra "Magnificat para Coro e Orquestra", alcançou o Prémio SPA Autores. Daqui a alguns dias, no dia 1 de Outubro, será lançado o seu CD, "Requiem & Judas", pelo Coro e Orquestra Gulbenkian, na Naxos. Para António Pinho Vargas, este CD representa a concretização de um destino, o cumprimento de um projeto de vida.
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No dia 19 de março pelas 21:30, na Igreja Matriz de Esposende, será estreada a obra Stabat Mater de António Pinho Vargas, uma encomenda do Coro de Pequenos Cantores de Esposende. Quisemos saber mais sobre esta obra e sobre a preparação da mesma. Assim, colocámos um conjunto de questões ao compositor António Pinho Vargas e à maestrina Helena Venda Lima. Segundo a maestrina, o programa deste concerto contemplará «três motetes da renascença Recordare Domino de Elzéar Genet, Adoramus Te Christe de Orlando Lassus e O vos omnes de G. Asola. Damos um salto temporal até ao período clássico com uma, muito feliz adaptação, da obra Miserere de W.A. Mozart e prosseguimos para mais dois motetes a capella, O Bone Jesu de A. Bruckner e Adoramus te de J. Brahms. Esta primeira parte como que prepara a segunda onde estreamos um motete de Paulo Bastos, Ave Verum e o momento auge do concerto, a estreia de Stabat Mater de António Pinho Vargas».
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“(...) há 10 anos, na televisão, em rodapé, aparecia “Cultura” e eram anunciadas exposições, palestras, conferências, concertos... Depois aparecia “Espetáculo” e eram anunciados fado, música pimba, e outros eventos do género. De há uns anos para cá aparece “Cultura” e são anunciados espetáculos pimba, palestras, livros... Tudo aparece no mesmo saco. A televisão fez pior pela cultura do que todos os vereadores da cultura sem formação, presidentes de câmara sem formação... A televisão veio adensar um problema porque um vereador da cultura que olhe para aquilo diz: «Eu faço cultura». Há uma grande confusão na cabeça das pessoas relativamente ao que é concretamente cultura. Há uma nova tendência na História da Música, havendo muita gente que diz que isto é tudo cultura... e algumas dessas pessoas que dizem isto estão nas Universidades... alguns são musicólogos. Apareceram as chamadas «músicas do mundo» abrindo a «caixa de pandora» e ela agora nunca mais se fecha. Qualquer dia somos todos entertainers, somos todos animadores. Deixaremos então de ser artistas e pessoas de arte. Passamos todos a ser animadores. Passa tudo a ser uma animação”.
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Convidámos o Maestro António Vassalo Lourenço para a conversa que aqui partilhamos com os nossos leitores. Passámos em revista a sua carreira enquanto maestro e docente dando o natural destaque ao trabalho que tem vindo a desenvolver na Orquestra Filarmonia das Beiras. «Uma Orquestra Regional tem que ter muitos objetivos. Genericamente a nossa missão primeira deveria ser: levar a música sinfónica do tipo orquestral às populações que estão mais afastadas dos grandes centros e que têm menos acesso a este tipo de música. Isto está nos nossos estatutos, está nos objetivos do despacho normativo que criou as orquestras regionais. É um objetivo transversal e compreensível. Mas a verdade é que no terreno nem sempre temos público para isso. Portanto, o processo de implantação da Filarmonia das Beiras, como o das outras orquestras não foi fácil. Temos que perceber que, conforme os territórios, as realidades sociais e culturais são diferentes».
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Viajámos para norte, mais especificamente para Moledo, para irmos ao encontro do Maestro António Victorino d'Almeida. Acabámos por realizar a entrevista em Caminha, terra que muito admira e da qual fala com orgulho. Falámos da sua vida, da sua música, da sua cidade, Viena de Áustria, e das suas preocupações relativamente a uma campanha de estupidificação das pessoas, que está a ser levada a cabo pelo poder político, referindo-se às Secretarias de Estado da Cultura e, principalmente, às Câmaras Municipais. Nesta entrevista, António Victorino d'Almeida mostra a sua indignação relativamente ao facto de se chamar música à música ligeira. O nosso entrevistado refere-se a uma arte menor que se está a intrometer e a ocupar o lugar da Música enquanto arte maior. Esta é mais uma entrevista que vem para propiciar reflexividade junto dos atores culturais, de quem os tutela e, acima de tudo, do povo português que, enquanto consumidor, está a ser privado de uma parte substancial da cultura à qual tem direito, por só se gastarem os orçamentos com a cultura fácil e populista.
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Cinco vozes femininas com os seus instrumentos de bolso dão corpo a este projeto que dá pelo nome "Aquilo que vocês quiserem". Para além da música, também o teatro e o humor marcam presença num espetáculo que assenta o seu reportório em arranjos e novas versões de melodias de bandas sonoras de filmes diversos. As cinco amigas, estudantes de música clássica, irão estar no próximo dia 16 de Fevereiro na Casa da Música a apresentar "Bandas Sonoras de Bolso".
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«(...) O nosso CD foi distinguido nos “Independent Music Awards” com o prémio de “Best Jazz Album with Vocals”. Nem queríamos acreditar que entre concorrentes de todo o Mundo o nosso CD tinha sido o escolhido! Ainda mais por um júri que contava com nomes como: Ann Wilson & Nancy Wilson dos Heart, Chiddy Bang, Suzanne Vega, G. Love, Sharon Jones, Laurie Anderson, Jim Lauderdale, Krewella, Shelby Lynne, Joshua Redman, Lunice, The Wood Brothers, Hudson Mohawke, Raul Midon, Melissa Auf der Maur, Aoife O’Donovan, Judy Collins, Meshell Ndegeocello, Arturo Sandoval, Band Of Skulls, entre outros (...)».
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Na entrevista desta semana fomos ao encontro de Arnolfo Borsacchi. Para além de tentarmos conhecer um pouco melhor este músico/professor através do seu percurso e formação, iremos também ao encontro de um maior conhecimento relativamente a AIGAM - Associação Italiana Gordon para a aprendizagem da música. Esta é a única associação reconhecida oficialmente por Edwin Gordon para o ensino da Teoria da aprendizagem musical em Itália. Da mesma forma ambicionamos conhecer de forma mais aprofundada o seu trabalho no Brasil, nomeadamente no IEGAM - Instituto Edwin Gordon de Aprendizagem Musical.
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«Eu diria que o ensino da música em Portugal, nas últimas duas décadas, evoluiu quase exponencialmente. (...) Tem vindo a ser desenvolvido um trabalho sustentado e de grande qualidade nas Escolas Profissionais de Música, nos Conservatórios e nas Academias de ensino oficial. Este ano letivo, em diversas masterclasses de violino que realizei em vários pontos do país, contactei com mais de oitenta alunos e denoto claramente que o nível performativo dos alunos de violino é cada vez mais elevado. Assemelha-se, sem dúvida, ao praticado no estrangeiro (...). A aprendizagem da música foi aberta à comunidade, mas com as restrições orçamentais que se têm vindo a suceder ultimamente temo que haja um retrocesso e, nesse caso, certamente que voltaremos a ficar novamente desfasados do que se pratica noutras partes do mundo».
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Quando três músicos se juntam e abraçam a divulgação e promoção da Música Portuguesa, só podemos esperar empenho e dedicação aliados à enorme vontade de defender aquilo que amam. Foi assim que nasceu a AvA Musical Editions. Nesta entrevista quisemos conhecer melhor este projeto de sucesso português. Rui Pinheiro - pianista, José Lourenço – flautista e Nuno Fernandes - tubista dedicam-se à criação e manutenção e incremento de um catálogo dedicado ao repertório que vai desde o século XVIII até à produção contemporânea. Este catálogo é diversificado relativamente aos géneros instrumentais e destina-se a formações desde o Instrumento Solista, Música de Câmara, Coral e Orquestral, incluindo Ópera, Música Concertante e Música Sinfónica.
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A artista brasileira Bárbara Eugenia passará pelo Musicbox em Lisboa no próximo dia 4 de setembro. Sobre este concerto disse-nos: «Vamos tocar músicas dos 3 discos (sim, haverá músicas inéditas do meu terceiro álbum que será lançado em outubro) e assim mostrar um pouco de tudo. Além das canções dos discos também haverá uma versão ou outra... sempre faço versões, há tanta música boa no mundo!». Bárbara Eugenia conhece e gosta de Amália Rodrigues, Francisco José, Madredeus, Legendary Tigerman e de Dead Combo. Já quanto à música que se faz no seu país afirma que «o Brasil é um eterno período fértil mas realmente nos últimos dez anos há uma abundância incrível de artistas maravilhosos».
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Ed Rocha Gonçalves e Catarina Salinas compõem os Best Youth. Conhecidos pelo tema Hang Out que emana do seu EP Winterlies, os Best Youth, cedo obtiveram reconhecimento internacional sendo a banda nomeada como uma das principais bandas portuguesas a seguir, pelo site francês Les Inrocks. Optimus Primavera Sound, SwTMN, Optimus Alive e Paredes de Coura, foram alguns dos festivais que contaram com a presença dos Best Youth em 2012. Os Best Youth lançam-se em 2013 para o primeiro disco de longa duração que será editado internacionalmente pela [PIAS] Recordings cujo primeiro single, "Still your Girl" já anda a tocar nas rádios.