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AMÉLIA MUGE | novo disco | "Amélia com Versos de Amália"

O novo disco de Amélia Muge debruça-se sobre uma faceta artística de Amália Rodrigues que não foi suficientemente valorizada pelo público: os seus versos.

AMELIA MUGE VERSOS AMALIAEsta foi uma ideia original de Manuela de Freitas desenvolvida por Amélia Muge. Com entusiasmo, resolveu levar a cabo esta ideia homenageando assim, para além de Amália Rodrigues, o Fado e os fadistas, contexto do qual se tem vindo a aproximar a convite de muitos profissionais desta área que interpretam temas de sua autoria.
A artista encontrou nesta ligação com Amália a forma mais "Ameliana" de o fazer.
"Amélia com Versos de Amália" conta com José Mário Branco nos arranjos e co-direção musical com José Martins. «A criação dos temas originais para versos de Amália esteve a cargo da própria Amélia, de Michales Loukovikas (parceiro no seu último trabalho, Periplus) e de José Mário Branco.
Amélia Muge trouxe a estes versos toda a diversidade musical em que tem vindo a espraiar o seu trabalho artístico, mostrando uma Amália a que ninguém está habituado, embora ela tenha sido uma brilhante precursora da ligação do fado com a sonoridade musical de outras culturas». Uguru
Alinhamento:
1- Meu coração sem direito | 2 - Tenho uma cabra cabrita | 3 - Tenho dois corações | 4 - Sou filha das ervas | 5 - Os teus lindos olhos pretos | 6 - Bicho de conta | 7 - Quero cantar para a lua | 8 - O tempo dantes corria | 9- Ai de mim que me perdi | 10 - Quadras soltas | 11 - O mosquito mordeu-me no olho | 12 - A lua | 13 - 335 gafanhotos | - 14 - Eu vivo a vida perdida | 15 - Carta a Vitorino Nemésio | 16 Faz-me pena
Este disco é uma edição UGURU e a distribuição será feita pela Sony
O disco está disponível a um preço especial AQUI.

CARLOS DO CARMO | Semana grande para a música portuguesa | Uma história nossa

Recordamos aqui uma passagem que dedicamos a Carlos do Carmo na semana em que recebeu o GRAMMY LIFETIME ACHIEVEMENT AWARD.

carlos do carmo fado

Quando a 15 de junho visitávamos o núcleo de exposições temporárias Vinho & Fado, que tinha como embaixadora a fadista Ana Moura, ocorreu um momento marcante que nos vai acompanhar para o resto das nossas vidas. Visitávamos os vários núcleos de exposições, até que, sem que ninguém proferisse uma única palavra, parámos diante de uma obra de Fábio Carneiro nascida da perfeita combinação entre grafite e MDF hidrofugado. A obra era imponente, não pelas dimensões (180x110 cm) mas pela dupla sinceridade artística nela explanada. Por um lado, a do autor da obra, por outro, a do homem nesta retratado. A obra destinava-se a homenagear Carlos do Carmo nas comemorações dos seus 50 anos de carreira. Tinha então sido também lançado o disco "Fado é Amor". Fábio Carneiro referiu, no contexto da obra produzida: "É também com muito apreço que considero este grande Senhor do fado um dos mais representativos fadistas portugueses da atualidade. O copo de vinho que sobrepus no seu rosto, é também uma simbologia e uma homenagem ao vinho português, o nosso ouro negro que nunca se pode dissociar do fado e dos fadistas".

Carlos do Carmo tem esse poder. Ele prende-nos pela imponência da sua voz, uma grandiosidade que acalma quem ouve, mas também pela majestosa mas humilde imagem que consigo transporta.

Foi por isso que, envolvidos num misto de orgulho e satisfação, embora nada surpreendidos, nos apressámos a divulgar as boas notícias que nos chegavam no dia 1 de julho e que mencionavam que o Conselho Diretivo (Board of Trustees) da Latin Academy of Recording Arts and Sciences tinha decidido, por unanimidade, atribuir a Carlos do Carmo o Lifetime Achievement Award, galardão que distingue a obra das grandes referências do panorama musical internacional. Era então a primeira vez que um artista português era agraciado com este prémio específico que distingue figuras lendárias da música mundial cujo legado engrandece o património cultural universal.

Dávamos ainda conta nessa notícia de que "As comemorações dos 50 anos de carreira de Carlos do Carmo contemplaram a edição do álbum Fado é Amor - uma revisitação a alguns temas emblemáticos do seu repertório partilhada com os artistas mais marcantes da nova geração - e uma exposição antológica produzida pelo Museu do Fado - Carlos do Carmo 50 Anos - que pode ser visitada gratuitamente na Cordoaria Nacional até ao final do ano".
A distinção que foi entregue no dia 19 de novembro no MGM de Las Vegas nos Estados Unidos da América, mês em que estreará também o filme documental sobre a sua vida, foi mais do que merecida. Saber que a dedicou aos portugueses que tanto ama, enche a alma de qualquer cidadão que tenha orgulho da sua pátria.

Da parte da equipa do XpressingMusic, resta-nos repetir o que tantos outros já disseram mas que nunca será demais. PARABÉNS CARLOS DO CARMO!

ÁREA RESERVADA A FÃS E ADMIRADORES DO CARLOS DO CARMO

AMÁLIA NO CHIADO - Novo disco

No Chiado, no Retiro da Severa, Amália iniciou a sua carreira. Também foi no Chiado que se deu início a uma das mais emblemáticas relações artísticas da história da discografia: a de Amália com a Valentim de Carvalho.

amalia chiado«Em Março de 1952 Amália vai a Londres, aos estúdios da Electric and Musical Industries Ltd (EMI) em Abbey Road, gravar aqueles que se acreditou até hoje serem os seus primeiros registos para a editora. Entretanto, ao descobrir uma prova em acetato com a data de Junho de 1951, confirmei o que o ouvido há muito me dizia: as primeiras bobines da Rua Nova do Almada eram anteriores às gravações londrinas.
Foi também no Chiado, numa sala (mais tarde dita da alta fidelidade) do segundo andar da loja da Valentim de Carvalho, que nesse Junho de 1951 se deu o encontro entre a voz de Amália e Hugo Ribeiro, o técnico de som da casa. A diferença de qualidade, mesmo depois do natural envelhecimento das fitas, entre estas gravações e as de Londres é assinalável.
"O Hugo Ribeiro é que grava aquela que eu acho que é a minha voz, aquela que eu oiço"
A paixão que os ligava à arte de Amália, aliada ao engenho para ultrapassar as dificuldades técnicas, levou Hugo Ribeiro e Rui Valentim de Carvalho a superar os resultados conseguidos em todos os outros estúdios. Hugo Ribeiro inventou no Chiado a distância ideal entre o microfone e a voz de Amália.
Logo nesse primeiro ano o resultado é notável, tanto do ponto de vista técnico como artístico. Amália não só grava alguns dos seus "clássicos" de então, como nos oferece registos algo exóticos no seu repertório.
Rui Valentim de Carvalho possibilitou o uso ilimitado das bobines e a sua preservação, deixando-nos momentos extraordinários que em normais circunstâncias teriam sido apagados.
Entre estes registos, alguns viram a sua única edição nos discos de 78 rpm da época; outros seriam apenas editados em 1989 na caixa comemorativa dos 50 anos de carreira de Amália (hoje indisponível); outros, ainda, nunca chegariam a sair, muito provavelmente por duplicarem temas regravados mais tarde.
Esta edição reúne pela primeira vez as gravações de Amália na Loja do Chiado, e inclui alguns inéditos de estúdio, além de numerosas versões nunca publicadas». Frederico Santiago

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