Ambicionando dar resposta à questão: "Onde se pode ouvir o melhor fado em Portugal?", Orlando Leite e Pedro Teixeira Neves apresentam um livro onde são reveladas 100 casas, restaurantes e tabernas de norte a sul do país onde impera o Fado, esse Património Imaterial da Humanidade.

"Rota do Fado" não evidencia somente casas de fado profissional. A obra aborda também locais onde se pode desfrutar da canção «nacional» interpretada por fadistas amadores.
E como aliada ao fado pode estar a boa gastronomia, o livro revela os pratos e petiscos que poderá provar enquanto ouve vozes e guitarras.

O livro foi editado pela Esfera dos Livros e em 240 páginas propõe uma viagem por Portugal, pelo fado e pelas suas tradições.

"Rota do Fado, The Fado Route | Ruta del Fado", está à venda na Fnac Online.

Também de Orlando Leite foi ainda editado o "Guia das Tascas, Tabernas e Casas de Fado de Portugal". Nesta obra o autor percorre o país de norte a sul, passando pelas ilhas.

"Tascas, Tabernas e Casas de Fado são um ponto de encontro, lugares essencialmente de lazer, mas também de negócios, onde se ouve cantar e onde se poder beber um «copito» ou comer um «petisco». O encontro na taberna para comer, beber e trocar impressões sobre a vida e o quotidiano é uma tradição social de longa data e que se perde no tempo".

"Guia das Tascas, Tabernas e Casas de Fado de Portugal" também se encontra à venda na loja Fnac Online.

Rica é a história de Al-Mu’tamid Ibn Abbâd, visto como o poeta mais brilhante do Al-Andalus no Séc. XI.
«Nasceu em Beja em 1040 e foi príncipe regente em Silves, ambas as cidades hoje situadas em território português. Entre 1069 e 1090 foi Rei da Taifa de Sevilha, sucedendo a Al-Mu’tadid, seu pai. Após ter sido destronado em 1091 pela dinastia Almorávida, que passou a controlar todo o Sul da Península Ibérica, foi primeiro exilado em Tânger e depois levado para Aghmat, 18 km a Sul de Marraquexe, Marrocos, onde passou os últimos anos da sua vida, preso e desterrado, acabando por falecer, na maior das misérias, em 1095.
O que é especial na sua condição de poeta é ter sido também Rei, o que naquela época lhe permitiu escrever com grande liberdade e ao longo de toda a sua vida, mesmo depois de destronado, sobre ele próprio e o mundo em que viveu; e de forma tão aberta que chegamos a pensar poder estar a escutá-lo agora, intemporal, segredando-nos à luz da contemporaneidade, as questões mais essenciais do ser. É essa a razão porque as suas palavras ainda hoje, passados dez séculos, nos tocam profundamente, dando-nos a partilhar a sua intimidade e presença de espírito, envolta em sensibilidade, sensualidade e paixão por viver».

A Tradisom apresenta: "Alentejo: Vozes e Estéticas em 1939/40. Edição Crítica dos Registos Sonoros Realizados por Armando Leça".

«Estes registos representam o primeiro levantamento sistemático da música rural que, conservados nos arquivos da RTP, permaneceram inéditos e inacessíveis durante mais de setenta anos. Graças à iniciativa da etnomusicóloga Maria do Rosário Pestana, autora deste livro, e à colaboração entre o Instituto Nacional de Etnomusicologia, a Rádio Televisão Portuguesa e o Arquivo Audiovisual de Viena, estes registos históricos estão agora disponíveis para as comunidades de origem, os músicos e estudiosos e o público em geral».

Os trechos musicais e as letras contidas nas gravações de Leça representam a vida social, os valores, o conhecimento e a criatividade de indivíduos e grupos em diversas localidades.

Segundo a Tradisom, estes registos sonoros constituem um valioso repositório da memória sonora do país, permitindo o estudo da música de matriz rural.

A sua edição constitui-se como um contributo para o conhecimento da música e cultura portuguesas, num período que marcou a cultura expressiva em Portugal no século XX.