Hugo Danin apresentou a nova TAYE ParaSonic
O XpressingMusic esteve no Hot Five no Porto para testemunhar a apresentação da bateria ParaSonic da Taye.
Paulo Nogueira abriu as "cerimónias" fazendo uma surpresa a Hugo Danin. Foi então apresentada uma curta-metragem com momentos do percurso de Hugo Danin na construção do kit de bateria que ia ser apresentado ao público. O filme "Hugo & a Taye ParaSonic" comoveu Hugo Danin que logo de seguida deu início à sessão de apresentação. Cedo nos apercebemos de que o som desta bateria marcava a diferença relativamente a tudo o que tínhamos ouvido até então. Independentemente de o baterista que a estava a tocar ser quem é, o som encorpado e equilibrado dos timbalões silenciou e fixou todos os que compareceram no espaço Hot Five.
Após a apresentação de alguns temas pudemos ouvir Hugo Danin falar um pouco daquele consistente kit com 3 bombos, 5 timbalões e duas tarolas. Rapidamente demos conta de que aquele kit ali apresentado, composto por 3 baterias, não iria ser utilizado muitas vezes com aquela configuração. Foram então apresentadas três possibilidades de bateria, a utilizar de acordo com o género dos projetos onde Hugo Danin se movimenta.
Salientamos que o Hugo tornou a apresentação muito leve e descontraída pois na sua abordagem esteve sempre presente muito humor, muito característico segundo aqueles que o conhecem mais de perto.
Á medida que a apresentação avançava, numa perspetiva de afunilamento contextual, Hugo foi especificando as características desta bateria que estão intimamente relacionadas com anos e anos de experiências no sentido de colmatar algumas lacunas sentidas pelos profissionais que se dedicam a este instrumento. Uma das conquistas da ParaSonic prende-se com o ultrapassar do desequilíbrio muitas vezes evidente entre os timbalões mais pequenos e os maiores. Foram esses mesmos profissionais, aliados aos quase 40 anos de experiência da Taye na construção de baterias, que originaram esta nova bateria que mostra que as madeiras e a conjugação entre estas faz toda a diferença. O ponto de partida foi o pressuposto de que diferentes madeiras apresentam diferentes características tímbricas.
Assim nasceu a ParaSonic que combina folhas de madeira selecionadas de entre duas das madeiras mais populares no fabrico de baterias de alta qualidade, ou seja, maple e birch. A revolução foi não utilizar essa combinação de forma uniforme e igualitária. Foram então exploradas as características naturais de cada madeira para criar um som sob medida para cada uma das suas peças tendo em conta o conjunto.
Às madeiras maple foi-se buscar o timbre naturalmente quente, arredondado, com uma mistura equilibrada no ataque final. Birch, por outro lado, apresenta timbres mais brilhantes, com elevações acentuadas, resultando assim um maior ataque. Assim, os timbalões mais pequenos da Parasonic utilizam uma mistura de maple e birch com uma casca mais grossa para produzir um timbre mais brilhante, maior ataque e um ressoar mais curto. Os timbalões de chão recorrem única e exclusivamente a Maple com uma menor espessura, resultando daqui timbres mais profundos e maior ressonância. Os bombos apresentam 100% de Maple para graves e sub-graves quentes e redondos, bem como SoundRings no bordo para maior ataque e projeção. Ainda no que concerne aos "cascos" foi adiantado que na construção destes, há o cuidado de sobrepor as várias folhas de madeira apostando na perpendicularidade dos veios da madeira, o que confere uma maior rigidez.
Hugo Danin falou-nos também das medidas do kit que ali estava a ser apresentado. Assim, este expunha 3 bombos com 20"x20"; 24"x16" e 18"x18". Por cima do bombo de 20" encontravam-se dois timbalões com 12"x7" e 10"x6". Sobre estes dois timbalões, partilhou com os presentes que quando os pediu à Taye, lhe foi dito imediatamente que com profundidade de 7" e 6" seria impossível pois eram polegadas inferiores à junção dos novos "Parasonic Lug Design". Problema que acabou por originar algo de inovador e bonito e que consistiu na colocação destes acessórios desencontrados. Ainda ao nível dos timbalões foram-nos apresentados os restantes com as seguintes medidas: 18"x16"; 16"x16" e 14"x8". A tarola apresentava 14"x7".
Houve ainda lugar para mais um momento musical, desta feita com a colaboração de Ginho Marques que toca com os Expensive Soul e com os Azeitonas. Mais uma vez a bateria soou muito bem sendo a conjugação entre os bombos e o baixo perfeita embora, à primeira vista, o tão encorpado som destes "cascos" poderia indiciar uma maior "embrulhada" ao juntar o baixo. Nada disso! O Recorte foi perfeito e o resultado final excelente.
De entre algumas perguntas que surgiram da plateia, às quais Hugo respondia com grande humor, não fugindo no entanto ao tema, apareceu a inevitável questão do preço. A pergunta era se aquela bateria era muito cara. Quem respondeu a esta questão foi Paulo Nogueira da Américo Nogueira – Mundo Musical. Este fez a distinção entre o que é caro e o que custa muito dinheiro. "Esta é uma bateria que vale o seu preço". Ficou esclarecido que na relação qualidade/preço esta é uma ótima opção pois quando comparada com outras similares mas de outras marcas, ou seja, outras gamas idênticas, esta fica mais barata.
Hugo Danin terminou agradecendo a presença de todos e referindo que a bateria também são os pratos, que neste caso eram Sabian e as baquetas que utiliza que são Pro-Mark. Ficou também o agradecimento ao Hot Five ao qual a equipa do XpressingMusic se associa por todas as facilidades concedidas para a realização desta reportagem.