Ana Free. A vida revelada em canções.

Ana Free

O novo EP que vem aí chama-se “The Weight Of The Soul” e serviu de pretexto para fazermos esta entrevista à portuguesa Ana Free. Quando lhe perguntámos se, caso tivesse nascido 20 anos antes, teria arranjado outra forma de divulgar o seu trabalho, a resposta foi: «A internet tem várias vantagens. Dá-me a oportunidade de partilhar o meu trabalho e as minhas aventuras com o resto do mundo, e como a internet não tem barreiras, consigo partilhar as minhas experiências e a minha música com pessoas em sítios totalmente diferentes e espalhadas por todo o mundo. Sem a internet acho que conseguiria atingir o mesmo nível de sucesso, mas a um ritmo muito mais desequilibrado. Acho que seria um processo bastante mais lento».

Ana Free, muito obrigado por nos proporcionar esta partilha com os nossos leitores. É verdade que se lermos os seus songbooks saberemos tudo sobre si?
Eu conto as histórias da minha vida através das minhas músicas. Cada canção tem a sua origem nas experiências que tenho vivido ou imaginado. Eu escrevo muitas ideias e músicas nos meus “songbooks”, e à medida que vai passando o tempo, existe definitivamente uma progressão e um desenvolvimento artístico e também pessoal...

Tem centenas de temas compostos. Isto deve-se ao facto de compor desde muito cedo, ou porque não consegue parar de escrever?
Em parte, sim. Mas realmente sou bastante compulsiva no que diz respeito à escrita no geral. Sempre gostei muito de me exprimir e quando encontrei a harmonia mágica entre a junção de melodias com palavras e frases, foi aí que nasceu a minha paixão pela composição de músicas.

Ana Free

Sabemos que começou a aprender música muito cedo. Como foi o seu percurso formativo no âmbito da música? Frequentou escolas de música, conservatórios...?
Nunca frequentei nenhuma escola de música para aprender a tocar guitarra. Devo o grande privilégio de tocar guitarra ao meu pai que me começou a ensinar quando eu tinha 8 ou 9 anos de idade. Tive aulas de piano durante um tempo mas depois parei porque não gostava de ter que fazer os exames, passar pelos vários níveis e de não poder tocar aquilo de que gostava. A música é algo que sinto por instinto e infelizmente nunca tive muita conexão natural com toda a parte técnica.

O seu sucesso desponta com uma eficaz utilização das tecnologias da informação. Se tivesse nascido 20 anos antes, teria arranjado outra forma de divulgar o seu trabalho?
A internet tem várias vantagens. Dá-me a oportunidade de partilhar o meu trabalho e as minhas aventuras com o resto do mundo, e como a internet não tem barreiras, consigo partilhar as minhas experiências e a minha música com pessoas em sítios totalmente diferentes e espalhadas por todo o mundo. Sem a internet acho que conseguiria atingir o mesmo nível de sucesso, mas a um ritmo muito mais desequilibrado. Acho que seria um processo bastante mais lento.

Quando se apercebeu de que a sua música era muito apreciada e de que poderia tornar-se um fenómeno da música pop internacional?
Não tenho a certeza. Houve vários momentos... Diria que o primeiro foi quando notei que estava a angariar muitas visualizações no YouTube e nas redes sociais. Depois, foi quando ouvi a In My Place pela primeira vez na rádio, ou quando me convidaram para tocar na Ásia... foram esses momentos que me fizeram pensar nisso!

Ana Free, Killing KindSe tivesse que eleger três ou quatro momentos marcantes da sua carreira até ao momento, quais elegeria?
A primeira vez que me reconheceram na rua, abrir o palco para a Shakira em 2010 na tourné dela, tocar no Rock In Rio Lisboa e ser finalista nacional da competição do Guitar Center com o produtor mítico Don Was (Bob Dylan, Rolling Stones etc.) nos Estados Unidos.

Ir para Los Angeles foi fundamental para que conseguisse consolidar uma carreira internacional?
Eu penso que sim, embora não tem sido fácil começar do zero noutro lugar. Há muitas oportunidades únicas e interessantes que me surgem por viver em Los Angeles. A mudança em si foi radical porque não foi planeada com muita antecedência. Mas estou muito feliz porque posso representar o meu país aqui no centro da indústria da música!

Vem aí o EP “The Weight Of The Soul”. O que poderemos esperar deste novo trabalho?
É um EP de 5 faixas que fala das minhas experiências e o meu crescimento nos últimos anos. A sonoridade é folk-pop e regresso bastante às minhas raízes na guitarra! Cada tema é diferente mas existe um fio condutor muito forte.

O single “Killing Kind” está a ser bem recebido pela crítica?
Até agora, sim! O videoclipe acabou de ser lançado e só tenho recebido bons comentários. O vídeo é muito diferente. Foi captada num “one-take” onde a câmara avança comigo pela praia e vão aparecendo os instrumentos importantes e marcantes do tema. Começa bem tranquilo e a energia sobe cada vez mais ao longo do vídeo. Tivemos que ensaiar as distâncias e os tempos umas quantas vezes para depois poder captar a toma perfeita na hora de filmar.

Considera que superará o sucesso de "Say It To Me"?
Espero que sim!

Muito obrigado por este tempo que nos dedicou. Tem muitos espetáculos marcados para breve? Pode adiantar-nos algumas datas?
Por enquanto estou a tocar por Los Angeles mas espero ter novas datas para Portugal em breve! Quando souber, eu aviso!

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