Florian Alexandru-Zorn. A entrevista na sua passagem por Portugal

Florian Alexandru-Zorn

De passagem por Portugal para participar na oitava edição do Festival de Percussão e Bateria de Lavra, Florian Alexandru-Zorn aceitou responder às nossas perguntas. Tendo como ponto de partida o seu estudo e aperfeiçoamento de técnicas relacionadas com as “vassouras”, quisemos saber mais sobre os livros que tem editado e sobre os resultados alcançados por este baterista / percussionista internacional. «É uma honra ver que bateristas de todo o mundo aprenderam várias técnicas do meu livro, como o Steven Smith, Dave Weckl ou Stanton Moore. Todos estes bateristas são heróis para mim e eu realmente adoro ver como eles usam vários métodos no seu estilo próprio de tocar».

Quando e como se começou a interessar pela bateria e pela percussão?
Eu comecei a tocar bateria aos 9 anos de idade num contexto de música folk tradicional local. Sempre me senti atraído pelo ritmo das músicas e, por isso, não poderia pensar em aprender outro instrumento que não fosse a bateria.

Considera importantes atividades como esta em que vai participar em Portugal?
Absolutamente! É desta forma que mostramos a todo o mundo o quão forte é o panorama internacional da bateria. Todos nós podemos comunicar com o nosso instrumento e através dele. É extremamente importante estarmos cientes disto, especialmente nos dias que correm.

Conhece alguns bateristas ou percussionistas portugueses?
Não, mas eu estou ansioso para conhecer alguns no festival!

Florian Alexandru-Zorn, Festival de Percussão e Bateria de Lavra

Tem-se dedicado ao estudo e ao aperfeiçoamento de técnicas relacionadas com as “vassouras”. O seu interesse por esta forma de abordar o instrumento surgiu naturalmente ou veio de uma necessidade prática relacionada com a sua carreira profissional?
As “vassouras” sempre atraíram a minha atenção. Sempre adorei o seu som. O único problema foi eu não conseguir tocar tão bem com elas como fazia com as baquetas. Então decidi aprofundar esta técnica e tentar usá-las não só no swing tradicional e no Jazz, mas também em estilos modernos como Drum’n’Bass ou o Hip Hop.

O lançamento do seu primeiro livro sobre brushplaying em 2008 foi acolhido com entusiasmo no meio dos bateristas e percussionistas? Sentiu que o livro era algo muito esperado?
Para ser honesto, eu só escrevi este livro para mim mesmo, porque eu não consegui encontrar no mercado algo que eu pudesse usar para aprender aquilo que eu queria. Nesta altura eu ainda estudava música Jazz na universidade e fiquei muito impressionado com o sucesso que o livro alcançou!

Florian Alexandru-ZornO facto de andar pelo mundo partilhando a sua experiência nesta área específica da prática do instrumento significa que o seu método é mesmo muito admirado e seguido. Concorda?
É uma honra ver que bateristas de todo o mundo aprenderam várias técnicas do meu livro, como o Steven Smith, Dave Weckl ou Stanton Moore. Todos estes bateristas são heróis para mim e eu realmente adoro ver como eles usam vários métodos no seu estilo próprio de tocar.

Pode falar-nos um pouco de cada um dos livros e dvd’s pedagógicos que já lançou até hoje? O que se pretende com cada um deles?
Eu lancei 3 Livros e 2 DVDs. O primeiro livro, “The Complete Guide To Playing Brushes”, foi uma formação completa de como usar as vassouras. O segundo lançamento foi um DVD duplo, “The Brush Secret”. Neste DVD eu mostro como usar as vassouras em diferentes géneros musicais. Seguiu-se o livro “The Drum Masterkey”. Aqui eu ensino a criar os próprios conceitos com baquetas e vassouras para produzir preenchimentos e grooves próprios.
O quarto lançamento foi um DVD, “Brush Revolution“, onde eu mostro como usar as vassouras com quíntuplets e criar novos estilos próprios. O último é um livro de Jazz playalong.

Falávamos há pouco do seu reconhecimento internacional... Pertencer à equipa educativa da Modern Drummer é algo que comprova esse reconhecimento?
É realmente uma grande honra para mim escrever para a revista Modern Drummer. É a maior revista do mundo. Sem dúvida um sonho tornado realidade.

Nem todos os técnicos de som mostram estar preparados para fazer som a bateristas que usem vassouras... Concorda?
Na verdade, é mais difícil fazer a mistura. Mas se soubermos como fazê-lo, como bateristas, podemos dar alguns conselhos. Mas, de facto, é mais difícil porque não se pode usar nenhum “noise gate”...

Muito obrigado por nos ter possibilitado esta entrevista. Quais as marcas de baterias, pratos, baquetas... que o têm acompanhado nestas digressões internacionais?
Eu utilizo baterias Sonor, pratos Meinl, peles Evans e vassouras da Vic Firth. Eu mantenho um excelente relacionamento com todas estas marcas... Uma verdadeira família em torno da bateria!

Site Oficial: www.brushplaying.com

Florian Alexandru-Zorn. A entrevista na sua passagem por Portugal
Fotos: Alexandre Reis

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