Opus Quatro. Três anos de carreira passados em revista.

Em fevereiro, quando iniciámos a preparação desta entrevista, o Opus Quatro completava três anos de vida. Não elegem momentos marcantes específicos preferindo dizer que «Cada concerto, cada mudança de vida ou de cidade é sempre um marco! Só o facto de estarmos unidos neste começo de carreira (3 anos) já quer dizer algo. Obviamente que há momentos que vivemos que se tornam únicos e que servem de começo para uma nova fase. Sentimos – de momento, essa nova fase». Gravar um disco não é um objetivo para o curto prazo mas têm outros projetos: «Há dois que não podem ser já revelados mas prometemos serem algo bem diferente! Também estamos a preparar um videoclipe que terá um cenário muito diferente do habitual e do esperado – quando pensamos num quarteto de cordas clássico».
Muito obrigado pela atenção que estão a dedicar aos nossos leitores em tempo de aniversário. Falem-nos um pouco de como tudo começou.
Muito obrigada pelo convite e pela atenção neste nosso aniversário. O Opus Quatro começou na gravação do disco “Às Vezes” do Jorge Roque. Convidaram um Quarteto que integrava a Orquestra de Cordas do DeCA. Visto a violetista não ter disponibilidade, decidimos convidar a irmã da Gabriela para assegurar a gravação até que quando nos encontrámos em estúdio e começámos os ensaios para a gravação tudo fez sentido: a música uniria uma forte amizade e um grupo de 4 músicos.
E quem são os Opus Quatro?
São quatro amigos que partilham a mesma paixão e profissão. Um quarteto jovem e multifacetado aberto a experiências novas e a uma visão diferente do tradicional quarteto de cordas clássico.
Os elementos do Opus Quatro abraçam outros projetos musicais? Todos se dedicam profissionalmente à música?
Todos estão a fazer o curso superior e a seguir a vertente da pedagogia bem como a carreira artística de palco. Acompanhamos artistas de diversos estilos e integramos outras formações como orquestras e bandas.
Todos têm uma formação musical idêntica?
Todos começámos em idades e partes do país distintas. O lado feminino do Quarteto, as irmãs Magalhães de Ponte de Lima, estudaram na Escola Profissional de Música de Viana do Castelo. A Susana Magalhães aos 17 anos e a Gabriela Magalhães aos 12 anos. Por sua vez, no lado masculino - O Miguel Gil, começou aos 11 anos no Conservatório de Música da Maia e o João Cristóvão, aos 10 anos no Conservatório de Música de Coimbra. Todos os elementos seguiram formação superior na Universidade de Aveiro e a Violetista na Academia Nacional Superior de Orquestra e na Escola Superior de Música e das Artes do Espetáculo.
Recordam-se da vossa primeira apresentação? Foram bem recebidos desde a primeira hora?
Em todos os lugares em que atuámos fomos sempre muito bem recebidos. Obviamente que o primeiro espetáculo é como o nosso primeiro contacto com o nosso instrumento: fica para a vida! Tivemos a oportunidade de nos estrearmos na Quinta das Lágrimas. Entre a História, a Música, Amigos, acompanhámos a Cuca Roseta a convite do Cordis, que viriam a ser os nossos primeiros companheiros dos espetáculos iniciais.
Há algum marco que evidenciem na carreira do Opus Quatro?
Cada concerto, cada mudança de vida ou de cidade é sempre um marco! Só o facto de estarmos unidos neste começo de carreira (3 anos) já quer dizer algo. Obviamente que há momentos que vivemos que se tornam únicos e que servem de começo para uma nova fase. Sentimos – de momento, essa nova fase.
Cordis, Jorge Roque, Pensão Flor, Cuca Roseta, We Trust, Os Quatro e Meia, Alberto Índio, Orfeon Académico de Coimbra, António Ataíde e Império dos Sentados são alguns dos projetos e artistas que já contaram com participações do Opus Quatro. Estas colaborações são importantes para o vosso crescimento artístico e performativo?
Sem dúvida que são até porque não paramos de crescer com cada um deles. Cada um na sua especificidade mas tão comuns no que toca à união de caminhos e vontades. É nesta diversidade que a música clássica e a formação que vamos tendo se encaixa e molda.
Quais os géneros musicais que interpretam com maior entusiasmo?
Ambos partilhamos uma paixão incomparável pela música clássica. É a nossa base e o topo, quer da interpretação, quer do crescimento e solidificação técnica e interpretativa de um músico. O Fado e a música ligeira abraçam este género de forma subtil e cabe-nos saber aplicar aquilo que aprendemos ao que nos é dado.
Há ainda muitos projetos na gaveta prontos para sair em breve?
Há dois que não podem ser já revelados mas prometemos serem algo bem diferente! Também estamos a preparar um videoclipe que terá um cenário muito diferente do habitual e do esperado – quando pensamos num quarteto de cordas clássico.
Gravar um disco em nome próprio é também um objetivo?
De momento confessamos não ser um objetivo. Temos os nossos cursos e vidas a estabilizar e metas a atingir antes desse passo. Mas será algo que constará de futuro até porque há muita música portuguesa a precisar de ser dada a conhecer à nossa geração e às gerações futuras.
Muitos parabéns. Venham então mais três anos de trabalho e sucesso. Para terminarmos gostaríamos de saber se, na vossa opinião, há algumas características que vos diferenciem de outros projetos similares.
Cada projeto acaba por ser único embora tenham arestas e faces semelhantes. Penso que nos destacamos por sermos multifacetados e abertos a novas ideias e mescla de géneros e cenários. Apesar de tudo, a amizade e a vontade de perdurarmos na vida e na história é muita! Se há coisas que nunca morrem é a música e o amor pelo que fazemos. Muito obrigada Bruno e a todos os leitores! Estaremos sempre a um clique!
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