Salvador Sobral e o disco “Excuse me”

Salvador SobralO disco “Excuse me” sai a 18 de março e revelará mais um pouco sobre o Salvador Sobral. Leveza, clareza e uma mescla de influências onde está presente o jazz, o pop e a música da América Latina são alguns dos ingredientes que o músico diz estarem presentes neste disco. Com o Salvador, trabalhou «Uma equipa de amigos, em que cada um traz um pouco da sua personalidade para a minha música». É assim que o artista apresenta o Júlio Resende no piano, o André Rosinha no contrabaixo e o Bruno Pedroso na bateria. Relativamente aos próximos concertos foi com entusiasmo que o ouvimos enumerar as próximas datas. «(...) vamos começar já em abril, no dia 12 no Jardim de Inverno do São Luiz. (...) Depois faremos o Belém Art Fest em maio (dia 7), O Agitazz em Lousada no dia 28 de maio e temos também uma digressão já marcada para a Andaluzia no final de julho».

Salvador Sobral, muito obrigado por esta partilha. Dia 18 de março chega o seu novo disco “Excuse me”. O que poderemos esperar deste disco? Quais as influências espelhadas no mesmo?
Este disco é o reflexo do trabalho dos meus últimos anos. Podemos esperar uma mistura de influências, sendo que a mais importante será o jazz, que me acompanha já há bastante tempo.
Tem a sua vertente pop, um lado leve e claro, porque eu sou assim como pessoa, o que faz com que as minhas canções sejam também assim.
Terá também influências da América Latina, pois tive uma fase de obsessão total pelos boleros e a maneira como são tocados.

O facto de ter vivido nos Estados Unidos e Barcelona traz-lhe uma visão diversa e uma abordagem polivalente às suas composições?
Penso que sim. Ter saído de Portugal ajudou-me a abrir a mente, descobrir novas formas de ver a vida, tornei-me mais aberto e tolerante. Escrevi em inglês e também em espanhol.

Salvador Sobral

O que foi fazendo musicalmente neste tempo que esteve lá por fora?
Ouvi muita música, toquei com muita gente, estudei jazz, aprendi muito, ouvi mais música e participei em vários projetos.

Na escola Taller de Musics conviveu com grandes nomes e grandes mestres do jazz. Há nomes que o tenham marcado e que tenham passado a estar refletidos na música que faz e que interpreta?
Toda a gente me marcou e me influenciou, de uma maneira ou de outra. Na música e na vida.

Chet Baker é um ídolo sempre presente?
Sim, houve uns anos em que estava estranhamente obcecado, lia a biografia dele uma e outra vez, via o filme uma e outra vez.
Tive que parar de ouvi-lo totalmente porque me estava a colar muito a ele e isso poderia ser perigoso (risos).

Salvador SobralEm Barcelona emprestou a sua voz aos “Noko Woi”. Como caracteriza esta experiência?
Fui obrigado a sair da minha zona de conforto, a do jazz e dos standards. Tive que cantar com efeitos (coisa de que nunca gostei). Hoje em dia divirto-me muito a tocar com eles porque respiro da minha música, é muito libertador.

Mesmo sem ainda ter disco gravado, foi convidado para o Vodafone Mexefest 2015. Como foi recebido pelo público? A experiência revelou que seguia no caminho certo?
O público foi excelente, o concerto esteve cheio o tempo todo e as pessoas estavam muito recetivas. Saíram críticas muito boas sobre esse concerto e como é óbvio isso deixou-me muito feliz.

Qual a equipa que se encontra consigo por detrás da gravação do “Excuse me”?
Uma equipa de amigos, em que cada um traz um pouco da sua personalidade para a minha música.
O Júlio Resende no piano, o André Rosinha no contrabaixo e Bruno Pedroso na bateria.

Já há datas e palcos marcados?
Sim, vamos começar já em abril, no dia 12 no Jardim de Inverno do São Luiz. Será um concerto muito especial, por ser o primeiro do novo disco, por ser na minha cidade e num dos mais belos teatros de que dispõe e porque terei comigo alguns convidados muito especiais. Depois faremos o Belém Art Fest em maio (dia 7), O Agitazz em Lousada no dia 28 de maio e temos também uma digressão já marcada para a Andaluzia no final de julho.

Está ansioso por mostrar este trabalho ao público? Considera que ao vivo ganhará uma outra vida?
Sim muito ansioso, quero ver como as pessoas reagem à música, sendo que esta não é, à partida, "fácil". Mas até agora o feedback tem sido excelente. Ao vivo ganha sempre porque é possível ver os músicos em plena conexão, a comunicar uns com os outros e a reagir ao que cada um "diz".

Muito obrigado pelo tempo que dispensou à nossa equipa e aos nossos leitores. Para além de “Excuse me”, tem outros projetos que gostasse de ver concretizados em breve?
Continuo a tocar com os Noko Woi e já estou a compor para um segundo disco! Entretanto está já encetada uma parceria muito interessante e muito diferente que será revelada em breve.

Salvador Sobral e o disco “Excuse me”

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