Hugo Alves. O trompetista que fundou a Orquestra de Jazz do Algarve.
«Durante vários anos não me dei conta do que já tinha conquistado em termos artísticos. Penso que só me terei apercebido, numa primeira fase, em 2003 com a gravação do meu primeiro disco. Um trabalho que não representava aquilo que eu estaria a pensar musicalmente naquele momento, mas antes um disco que sumarizava os anos anteriores, o meu estudo intenso, as maiores influências. Lembro-me de ter decidido isso, e de o ter partilhado com os músicos que me acompanhavam na altura, os quais também escolhi por sermos todos, eventualmente, “emergentes”: o Jorge Moniz, o Bruno Santos e o Nuno Correia. Nesse momento pensei que, ou gravava aqueles temas marcadamente Hard-Bop ou, tinha a consciência que, provavelmente, já não o viria a fazer. Nunca me arrependi dessa decisão!»
Hugo Alves, como nasceu o seu gosto pelo jazz? Quando deu os primeiros passos no instrumento, já eram as sonoridades mais jazzísticas que o fascinavam?
O gosto pelo Jazz... vem desde tenra idade. E o instrumento foi, desde logo, o trompete, isso terá sido pelos sete anos de idade. O gosto pelo foi crescendo de forma natural, já que lá por casa e enquanto crescia, ouvia-se algum jazz. Havia uns quantos discos que me interessavam mais que outros, curiosamente de algumas Orquestras Ellington, Basie e claro Glenn Miller. Um pouco mais tarde, teria talvez uns 10 ou 11 anos, uma amiga de família ofereceu-me dois discos, uma coletânea de Fats Navarro, e outra de Bix Beiderbecke. Assim, do nada foram novos mundos que se abriram, sem que eu soubesse que aquilo era Be-Bop e Dixie, respetivamente. E foi desta forma que Fats viria a ser o meu primeiro mentor para o Jazz... Lembro-me de dissecar, horas a fio, todas as nuances e subtilezas daqueles discos, em particular o do Fats. Tudo me fazia sentido, mas era rápido, e eu, simplesmente, não percebia como podia tudo aquilo acontecer e soar bem. Mistérios! Adquiri, por esta altura, muita paciência para os poder ouvir e dissecar.
Criei a minha fórmula, e hoje passo-a aos meus alunos, penso que com sucesso, já que muitos me dizem que não voltaram a ouvir música da mesma forma. Mas é mesmo assim, é o despertar do sentido crítico!
Entre os meus amigos, que também estudavam música, havia alguns mais interessados pelo Jazz, muito mesmo. Quando a minha idade foi permitindo comecei a frequentar um Club de Jazz em Lagos, entretanto já desaparecido, o Navegador Jazz Club, e foi aí que aprendi mais com todos eles, especialmente com o Patrick que geria a sua coleção de milhares de discos. E eram sempre o Be-bop e o Hard-Bop as linguagens que mais me marcavam e ouvia. As orquestras também não ficavam de fora, mas dessas eu tinha os discos em casa.
O gosto pela composição também foi precoce? Quais os mestres que procurou para o auxiliarem nessa área do conhecimento?
A Composição é uma disciplina intrinsecamente ligada à Improvisação. Não existe, na verdade, uma separação já que a Improvisação é a Composição no momento. Com tudo o que de bom tem para nos oferecer. Alguém disse que a diferença era a simples borracha, já que o Compositor pode apagar para refazer, o Improvisador já não. Eu penso que ele não se enganou! No entanto, há uma espécie de “estádios” na evolução de um improvisador, como aliás haverá também na de um Compositor. A experiência também o dita, obviamente.
Voltando um pouco atrás, nenhuma regra de Composição é diferente das da Improvisação pois tudo é afinal música, apesar dos estilos e, particularmente, as linguagens serem diferentes. Aqui, de facto, há diferenças que se podem acentuar, na verdade, até quase onde quisermos levar. Eu não diria que tive mestres de Composição, já que as minhas composições são em primeiro lugar fruto de influências populares, e com muita ênfase na música do séc. XX.
A minha Composição decorre do meu estudo da Improvisação, sendo assim outro tipo de exercícios, se tal lhes quisermos chamar. A Orquestração ou Arranjo também daí decorrem e do estudo, aí sim, dos grandes mestres das grandes Orquestras.
Fale-nos um pouco do seu percurso pelas Big Bands. Qual foi a primeira e quais vieram em seguida?
As Orquestras entraram muito cedo, de facto! A primeiríssima passagem foi por uma Youth Orchestra inglesa que passava por um Summer Camp no Algarve. Mas depois de algumas outras passagens, na verdade, as mais importantes foram as passagens pela Orquestra de Jazz de Matosinhos, pela Orquestra de Jorge Costa Pinto ou pela Big Band do Hot, ou outras que se vão formando amiúde em virtude de projetos mais pontuais. Estou a lembrar-me da Orquestra do Claus Nymark para o projeto Sinatra de Carlos do Carmo, por exemplo. Ainda com a Orquestra de Jorge Costa Pinto, que apesar de manter sempre atual o seu repertório West-Coast, também tem realizado outros com cantores que vão da área mais Pop ou Rock, ao Fado. Em qualquer dos casos, o meu primeiro reconhecimento nestas Orquestras foi o meu desempenho como Lead da secção de trompetes, mas também como solista. E não é incomum encontrarem-me a fazer ambas as coisas!
A partir de 2004 criei a Orquestra de Jazz do Algarve - OJA, que preenche hoje boa parte do meu projeto profissional. Na OJA criou-se, desde logo, um espírito de “working band” uma Orquestra que está preparada para tocar muitos e diferentes repertórios, que podem ir dos clássicos da época do Swing, até temas originais da atualidade. Para mim são mais de 25 anos apenas de Orquestras e, na verdade, existem poucas coisas que não tenha já feito ou dirigido.
A oportunidade de privar, ao longo do seu período formativo, com nomes como John Nugent, Doug Weiss, Dawn Thompson, Randy Brecker, Frank Tiberi e Scott Wendholt ajudou-o a construir uma visão mais abrangente relativamente à música?
Sim, de facto a passagem pelas mãos destes nomes, e de outros, foram muito marcantes na definição do meu caminho enquanto músico.
Durante vários anos não me dei conta do que já tinha conquistado em termos artísticos. Penso que só me terei apercebido, numa primeira fase, em 2003 com a gravação do meu primeiro disco. Um trabalho que não representava aquilo que eu estaria a pensar musicalmente naquele momento, mas antes um disco que sumarizava os anos anteriores, o meu estudo intenso, as maiores influências. Lembro-me de ter decidido isso, e de o ter partilhado com os músicos que me acompanhavam na altura, os quais também escolhi por sermos todos, eventualmente, “emergentes”: o Jorge Moniz, o Bruno Santos e o Nuno Correia. Nesse momento pensei que, ou gravava aqueles temas marcadamente Hard-Bop ou, tinha a consciência que, provavelmente, já não o viria a fazer. Nunca me arrependi dessa decisão!
Recorda-se da sua passagem pela televisão no programa de José Duarte “Jazz a Preto e Branco”?
Existem pontos no nosso percurso que não passam despercebidos, logo, nunca os esquecemos. Antes até dessa passagem pelo Jazz a Preto e Branco, recordo a razão que nos motivou a viagem ao Porto - a participação do Festival de Jazz de Matosinhos. A minha presença neste momento não era em nome próprio mas integrado no Zé Eduardo Unit, que integrava ainda o Peter King e o Acácio Salero. Quando o convite me foi dirigido, fiz aquilo que sempre faço nestas ocasiões: fechei-me, literalmente, em casa a estudar, a descodificar a linguagem do que se ia fazer, na tentativa mais calculada possível de fazer o melhor trabalho, à altura de uma banda, já de si, muito alta. Os temas do Zé ladeavam o Hard-Bop e o Free, coisas que me assentavam que nem uma luva, mas no entanto tinha “questões” intrínsecas que tinham de ser decifradas e interpretadas e depois tocadas... Penso que correu muito bem, até porque este foi o concerto que lançou, em parte, o meu nome para a ribalta do Jazz Nacional. Isto terá sido em 2001, um pouco antes de ter lançado o meu primeiro disco, a Estranha Natureza. E assim, se bem me recordo, penso que na véspera do Festival, fomos aos Jazz a Preto e Branco, do saudoso amigo José Duarte, desvendar um pouco do que iria acontecer. Lembro-me bem do entendimento que tive com o Peter King, o que fez com que nunca mais nos afastássemos, já que volta e meia continuamos a tocar juntos quando os projetos assim o permitem, tendo, inclusivamente, já sido convidado da OJA. Esses dias terminaram ainda com uma monumental Jam Session no B-Flat, quando o Club era em Matosinhos, onde ainda estavam por exemplo o Andrej Ollenijiak que era convidado na altura da OJM, bem como outros músicos da OJM. Foi realmente uma noite muito bonita!
Mas a sua passagem por programas de televisão não ficou por aqui...
Não, de facto, não ficou. Houve muitos outros sim... Mas a memória já não ajuda! (risos) Efetivamente o meu trabalho, dos últimos 15 a 20 anos, tem sido destacado pela Imprensa em geral, o que não foge à TV. Numa experiência única estive ainda, cerca de um ano, num programa regular da RTP1, sob a batuta do Maestro Armindo Neves. Sem dúvida uma experiência interessante que me fez encontrar na altura alguns dos agora grandes nomes, como por exemplo, o jovem Luís Cunha, então em trombone.
Como surgiu a oportunidade de integrar “Orquestra Jazz Matosinhos” em 2001? Esta passagem abriu-lhe muitas “portas” e permitiu-lhe tocar com grandes nomes do jazz?
A Orquestra de Matosinhos foi mais um convite de trabalho como muitos outros que tive nessa altura, e que afinal decorriam do reconhecimento do meu trabalho e das minhas capacidades. Eu já era presença assídua em várias Orquestras (Jorge Costa Pinto, Hot Club...) sempre no papel de Lead Trumpet, e muitas vezes acumulando ainda o papel de solista. Foi exatamente esse o trabalho para o qual o Pedro Guedes e o Carlos Azevedo me convidaram, ao integrar a OJM. O ano de 2001 foi particularmente importante para a OJM, já que pretendia dar um salto para outro nível, alcançando um outro nível de visibilidade do projeto, o que veio a acontecer alguns anos depois. A minha passagem pela OJM permitiu partilhar o palco com alguns nomes grandes, embora eu esteja sempre mais concentrado em fazer o meu trabalho o melhor possível e assim contribuir para o coletivo. Faço-o com qualquer músico com quem partilhe o palco, independentemente da grandiosidade do seu nome. É assim que entendo o meu trabalho.
Outra grande oportunidade foi a de integrar a Big Band de homenagem a Louis Armstrong, num concerto integrado na Porto 2001. Concorda?
Falamos de mais outro trabalho muito interessante, este foi um concerto único e que na altura reuniu muitos dos músicos que integravam a OJM. Foi um enorme prazer tocar neste projeto, o qual tinha como cabeça de cartaz a cantora Angela Hangenbach e a direção de Laurent Filipe. Um excelente projeto!
Fale-nos agora um pouco dos discos que já gravou e das distinções que alguns destes mereceram...
A minha atividade discográfica começa em 2003 com o Estranha Natureza, seguiram-se o Taksi Trio, Given Soul, Double Dose bem como as edições da Orquestra de Jazz do Algarve, OJA Invites e OJA Redux em Sexteto a par de muitas outras participações.
Na verdade, os meus discos foram todos distinguidos na imprensa nacional, mas também na internacional, sempre com boas classificações, sendo que os três primeiros foram considerados nos seus anos por vários jornalistas nacionais como os “Melhores do Ano”. É sempre bom ver o nosso trabalho reconhecido, os discos são, digamos, filhos que se fazem nascer e criam, representando esses momentos da nossa música. Ver o nosso nome nas maiores revistas mundiais da especialidade como a Jazz Hot, a Down Beat ou websites de referência como o All About Jazz, é o reflexo daquilo que outras pessoas, completamente de fora do nosso país e realidade, veem e ouvem sobre o que aqui se faz. Se a seleção deles inclui o meu trabalho, enfim, que dizer?! Orgulho e naturalmente, um sorriso.
A pedagogia é outra área da qual se ocupa. Fascina-o o facto de poder partilhar o seu conhecimento com jovens que agora sonham como o Hugo Alves já um dia sonhou?
A pedagogia nunca foi, realmente, um objetivo. Sempre me considerei músico, de tenra idade, e é onde mais gosto de estar. Até 2006 eu lecionava apenas em workshops, a maior até então foi a do Lagos Jazz, realizada a par do Festival, e durante 9 anos.
Naquele ano, e já com o projeto da Orquestra de Jazz do Algarve em instalação, arrancava a atual EJMMA - Escola de Jazz e Música do Algarve, a única escola a sul do Tejo que reúne um coletivo de professores e um programa de estudos em três níveis, acrescidos ainda de um projeto de ensino júnior. Curiosamente, e para este ano de 2015, associamo-nos à ETIC Algarve acrescendo a oferta de ensino especializado profissional, com a abertura de três cursos: Iniciação, Aperfeiçoamento e Jazz e Música Moderna, isto a par do reforço que estamos a implementar em Lagoa, concelho onde se encontra a residência artística da OJA, do projeto educativo que já vínhamos a praticar, mas que também vai sofrer importantes alargamentos sobretudo ao nível do ensino júnior. Em 2008 fui ainda convidado pelo Michael Lauren a lecionar na ESMAE – Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo, na licenciatura de Jazz. De facto, agora que falo nisto..., a pedagogia ocupa muito espaço no meu trabalho sim! E sim, é importante partilhar o meu conhecimento com jovens talentosos, como tenho tido o privilégio de o fazer. Muitas vezes digo-lhes que ensino em minutos o que a mim me levou anos a aprender, isto porque as escolas eram muito parcas e algo inacessíveis noutras eras. Mas acho genial poder passar testemunhos e motivá-los para o Jazz, para a música e vê-los crescer! Felizmente, conto com várias pessoas que, posso dizer, começaram no Jazz comigo e hoje são competentes músicos profissionais ou trabalham na área da Composição. O mérito é inteiramente deles e do seu trabalho e empenho, mas gosto de saber que fiz parte e talvez até tenha ajudado.
Quando surgiu a oportunidade de trabalhar neste âmbito com a Escola de Música e Artes do Espetáculo (ESMAE)?
Como referi, foi em 2008, a convite de Michael Lauren, que então era Coordenador do Curso. O Michael tinha chegado a Portugal havia poucos anos e ocupava essa posição. Ele queria implementar um conjunto de ideias que, na minha perspetiva, funcionaram tornando o curso não só uma referência nacional, mas também internacional. O coletivo de professores da ESMAE justifica muito, mas também o clima que se vive na ESMAE, tem muitas especificidades que fazem dela uma Escola Superior de trabalho e partilha, que muitos e bons frutos têm dado em matéria de músicos. Basta olhar para os principais músicos de Jazz Portugueses de nova geração e é difícil não os identificar. Outros dedicaram-se ao ensino, e também aí dão provas das suas competências. Para mim é um enorme prazer fazer parte desta Escola, deste projeto educativo e dar o meu contributo para o sucesso dos alunos.
Encontra-se neste momento a lecionar em mais instituições? Quais as instituições de ensino pelas quais já passou?
Neste momento dou aulas na ESMAE e na EJMMA e este ano com a particularidade do alargamento à ETIC Algarve. Estou assim em vários momentos do ensino da música que vão desde a iniciação, incluindo níveis juniores, ao pré-superior culminando no Ensino Superior. Em vários momentos passei noutros projetos educativos, alguns dos quais considero muito importantes.
Lembro-me, por exemplo, da Escola de Jazz do Barreiro em 2001 quando o Jorge Moniz dava os primeiros passos para esta concretização ou, o caso do arranque do ensino profissional de Jazz Pop e Rock no Conservatório do Música de JOBRA (Albergaria-a-Velha - Aveiro) onde ainda estive alguns anos. Há poucos anos passei ainda pela ESML - Escola Superior de Música de Lisboa, também na licenciatura em Jazz, onde lecionei Trompete e Orquestra Jazz.
Podemos dizer que a Orquestra de Jazz do Algarve é a “sua orquestra”?
Com um sorriso posso dizer que sim, mas na verdade sempre considerei que a Orquestra é de todos aqueles, que ao longo destes quase 11 anos, a fizeram viver e crescer. Não se pode resumir só a mim o trabalho e dedicação de todos os músicos que por ali passaram. A Orquestra é de todos! E temos ainda de juntar muitas mais pessoas e entidades, as Câmaras Municipais que souberam apoiar o projeto, começamos em Lagos, depois Messines e Silves. Atualmente estamos sediados em Lagoa que é assim a “Senior Partner” do projeto. Juntam-se outras entidades, privadas e públicas, e os nossos públicos e o melhor Fan Club do mundo com o qual fomos presenteados há um par de anos. Como se vê a Orquestra é de muita gente!
O projeto nasceu em 2004 e tem vindo a fazer grandes conquistas ao longo de todos estes anos. Pode partilhar com os nossos leitores o percurso da Orquestra de Jazz do Algarve?
A OJA foi criada com vários objetivos claros, com vertentes que são hoje sobejamente conhecidas e que vão das artes de palco, passando pelo ensino e à produção. Importa salientar o papel único que a equipa interna tem desenvolvido, nomeadamente a Cristina Almeida que nos tem acompanhado ao longo dos anos. A orquestra foi criada como Working Band tendo, por isso, variadíssimos repertórios que executa e que servem diferentes propósitos. Há dois dias, no dia 1 de Agosto, apenas tivemos um concerto muito especial Summer Latin Jazz, com um repertório especificamente Latin Jazz, ao qual aliámos ainda fogos-de-artifício e que se realizou na Praia do Carvoeiro. Uma noite mágica à qual não ficaram alheios as mais de 5.000 pessoas presentes. Procuramos apresentar-nos de forma distintiva, cativante e original e que permita cativar novos públicos. A par destes repertórios, a Orquestra convida regularmente músicos solistas, dando muita enfase à produção nacional. A OJA tem sido ainda um espaço e formação interna contínua. Além da nossa escola, a EJMMA, nos formar músicos temos também sabido gerar outras Masterclasses internas que têm ajudado a formar os músicos ao longo dos anos. Penso que rapidamente se depreende que é um projeto muito ativo, um quase sem-fim de atividades que só variam em função dos apoios que agregamos.
Quais os próximos projetos que gostaria de empreender com esta orquestra?
A OJA vai continuar a desenvolver as suas atividades de concertos, ensino e produção. Apostados na inovação artística, temos alguns projetos novos na calha, alguns absolutamente novos por cá. Esta tem sido uma das linhas de atuação mestra da OJA ao longo dos anos, e pelos vistos com muito valor, já que é costume ver alguns dos nossos projetos replicados por Portugal e lá por fora também. Em termos musicais vamos continuar a trabalhar com músicos convidados, a manter as formações acessórias da OJA a tocar como a The Messy Band (Jazz Tradicional), o Quarteto de Saxofones, entre outras. E, seguramente, continuar a gravar o nosso trabalho!
E a título pessoal? Tem novos projetos para o futuro próximo?
A título pessoal há sempre muitos projetos, já o tempo para os concretizar é outra coisa... Mas vamos poder esperar um novo CD para breve. É certo que em matéria de música, muito do meu trabalho passa pela OJA, mas há sempre algo em nome pessoal para fazer claro!
Considera que ficou algo por dizer ao longo desta entrevista?
Por dizer ficava apenas o meu agradecimento a vocês, XpressingMusic, por esta entrevista e por permitirem a divulgação da música e de autores portugueses, mas ainda vou a tempo de o fazer!! Como tal, obrigado (risos)
Aproveito ainda para agradecer a todos quantos acompanham o meu trabalho e o da Orquestra de Jazz do Algarve, que nunca seria possível realizar sem o apoio de todos.
Agradeço também a todas as entidades que nos apoiam, em particular à Câmara Municipal de Lagoa, pela nossa inclusão no seu novo Projeto Cultural.
Muito obrigado por esta oportunidade que nos concedeu. Onde poderão os nossos leitores ouvi-lo em breve?
Para já, e interrompendo as férias da OJA, haverá um Concerto da Orquestra de Jazz do Algarve em Lagos, no dia 21 de agosto. Estarei ainda presente na Fatacil, em Lagoa, no fim de Agosto. A 11 de Setembro, em Lagoa, darei uma Conferência sobre Jazz e no dia 26 também estarei em Concerto em Faro. Depois vou para estúdio, mas isso não se pode dizer!! (risos)
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