The Black Mamba: “há demasiada informação e lixo”
Consideram que "Dirty Little Brother" reflete o natural amadurecimento da banda e que a receção a este trabalho tem sido a melhor. Não se arrependem de nada do que fizeram até hoje e acreditam no destino dizendo-nos que "tudo o que fizemos de errado levou-nos a um outro lugar que nos trouxe até onde estamos agora". O Lab Studio em pleno Brooklyn, onde gravaram este último disco, surgiu como algo natural pois estavam a fazer uma minidigressão pela zona este do EUA e como têm um amigo em NY decidiram registar aquele estado de espírito que estavam a viver por lá... Aurea, António Zambujo, Silk e Orlanda Guilande são nomes que se juntaram aos The Black Mamba em "Dirty Little Brother". Nesta brevíssima entrevista, dizem-nos porquê.
"Dirty Little Brother" é o segundo disco de originais dos The Black Mamba. Sentem que houve uma evolução, ou até um certo amadurecimento na forma como tocam e compõem do primeiro disco para este?
Completamente! A vida está sempre em processo de mutação, e nós não fugimos à regra! Conseguimos dedicar mais tempo a todos os processos de construção deste segundo trabalho... consideramos portanto que sim que houve um amadurecimento.
A reação a "Dirty Little Brother" tem sido boa?
Tem sido maravilhosa! Cada vez mais, as pessoas vão aos nossos concertos e conhecem as novas músicas... É bastante gratificante para nós.
Gravar em Nova Iorque, no O Lab Studio em pleno Brooklyn foi uma oportunidade que surgiu inesperadamente ou, por outro lado, foi algo calculado e que consideravam imprescindível para o tipo de trabalho que queriam gravar?
Aconteceu naturalmente! Estávamos a fazer uma mini tour pela zona este do EUA e como temos um amigo em NY decidimos registar aquele estado de espírito que estávamos a viver por lá...
O que queriam trazer para este álbum convidando nomes como Aurea, António Zambujo, Silk e Orlanda Guilande? São nomes com os quais se identificam?
Absolutamente! Com a Aurea, começou-se a desenhar quando fizemos o concerto do Rock in Rio no Brasil. Sentimos uma afinidade enorme e logo ai sabíamos que tinha que acontecer. Quanto ao António Zambujo, pensámos que com o seu timbre único e expressão vocal, o nosso fadinho "Darkest Hour" ficaria perfeito, e assim foi, para nós está perfeito... O Silk e a Orlanda Guilande são sem dúvida dos maiores artistas com quem já trabalhámos e, como o fazemos com bastante regularidade, decidimos que tinha que ficar também registado...
2014 foi um ano de muitos concertos para os The Black Mamba. Sentem que a estrada vos ajuda a solidificar algumas ideias para a música que vão fazendo? Costumam "experimentar" a vossa música nos espetáculos e moldá-la de acordo com a perceção que vão tendo das reações do(s) público(s)?
Por vezes sim!!
Quando olham para trás, e revêm o percurso realizado até agora, sentem que trilharam o caminho certo? Fariam alguma coisa diferente?
Acreditamos no destino, sabes... tudo o que fizemos de errado levou-nos a um outro lugar que nos trouxe até onde estamos agora... não nos arrependemos de nada...
As vossas ambições contemplam o sonho de ultrapassar os limites das nossas fronteiras? Sentem que a vossa música vos poderá proporcionar uma carreira internacional?
A música é uma linguagem universal... Consideramos perfeitamente possível, aliás já aconteceu muitas vezes, e a reação foi sempre a melhor possível.
Nos dias que correm é mais fácil formar uma banda? Em vossa opinião, a evolução da comunicação que emana da proliferação e crescimento dos novos meios de informação facilita todo o processo de divulgação da música?
Por um lado sim, mas por outro, há demasiada informação e lixo. Estamos na era do descartável e isso é bastante grave.
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