José Pereira em semana de concertos com a Orquestra Clássica de Espinho com a participação de Manuela Azevedo dos Clã.

José Pereira"Embora seja triste ver como os artistas em geral são tratados no nosso país, sinto-me um felizardo em fazer o que gosto, a solo e em agrupamentos tão conceituados como o Remix Ensemble e agora com a Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música". É assim que nos responde José Pereira quando o questionamos relativamente ao período de trabalho intenso que atravessa. Disse-nos ainda que após um 2014 bem atarefado, gostaria agora de gravar o seu primeiro disco. Reconhece que no seu estudo diário ainda ecoam as vozes dos professores Armando Gonzalez e Aníbal Lima. "Acima de tudo, ambos cativaram em mim o respeito pela música, o gosto pelo estudo, e a vontade de ser melhor cada dia".

José Pereira, pode falar-nos um pouco do seu percurso académico? Com que idade começou esta caminhada pelo mundo da música?
Comecei por volta dos 9 anos a aprender na Banda da aldeia, Lanhelas mais precisamente. Só depois decidi seguir os passos dos meus irmãos e aos 12 anos ingressei na Escola Profissional de Música de Viana do Castelo. Depois segue-se a Academia Nacional Superior de Orquestra, e ainda hoje continuo a estudar como se de um adolescente me tratasse.

José PereiraQuais os professores que mais o marcaram? Ainda hoje se depara com muitos reflexos das influências desses mestres?
Entre os vários professores, estarão sempre presentes no meu estudo diário as vozes do professor Armando Gonzalez, grande amigo, e do meu querido professor Aníbal Lima. Acima de tudo, ambos cativaram em mim o respeito pela música, o gosto pelo estudo, e a vontade de ser melhor cada dia.

Faz parte do catálogo da Artway. Hoje em dia é obrigatório, para um músico que ambicione uma carreira estruturada e organizada, ter um suporte deste género para que se ocupe somente dos afazeres musicais propriamente ditos?
É verdade, neste caso sou um afortunado trabalhar com a Artway, mais precisamente com os meus amigos Tiago e Vanessa, que fazem tudo para que apenas me preocupe com o meu trabalho como violinista. É um orgulho pertencer ao leque de opções da Artway.

Apresentará dentro de dias "The Lark Ascending" de Vaughan Williams e "Frates" de Arvo Pärt em dois concertos com a Orquestra Clássica de Espinho nos quais entrará também a Manuela Azevedo dos Clã. Pode falar-nos um pouco mais destes concertos?
Estes concertos surgiram de um convite do Dr. Alexandre Santos e do Maestro Pedro Neves, que pensaram num programa com sonoridades "natalícias", onde estas obras encaixam perfeitamente, tal como as canções maravilhosamente interpretadas pela Manuela. Apareçam que vão gostar.

>José PereiraPara além deste projeto do qual nos acaba de falar, toca também no "Remix Ensemble Casa da Música" e no "Ensemble Contrapunctus". Trabalho não lhe falta... Concorda?
Reconheço que sim, trabalho não me falta. Embora seja triste ver como os artistas em geral são tratados no nosso país, sinto-me um felizardo em fazer o que gosto, a solo e em agrupamentos tão conceituados como o Remix Ensemble e agora com a Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música.

Quais os próximos projetos? Onde o poderemos ver e ouvir em breve para além dos concertos já referidos?
O futuro passa pelos agrupamentos que referi anteriormente, e alguns outros convites que vão surgindo, e quem sabe uma surpresa que brevemente poderei revelar. Depois de um ano 2014 bem atarefado, gostaria agora de gravar o meu primeiro disco, quem sabe 2015 me traz esta oportunidade.

Muito obrigado por este tempo que nos dedicou. Pedimos que nos deixe os seus desejos para a música portuguesa em 2015.
Desejo a todos um próspero e musical 2015, que a música portuguesa nos encha de orgulho, e que todos os artistas continuem a lutar como têm feito. Um dia chegará a sua vez.

José Pereira

Sistema de comentários desenvolvido por CComment

Artway
APORFEST - Associação Portuguesa Festivais Música
Fnac
Bilheteira Online