Nuno Côrte-Real. O Maestro e Compositor em entrevista ao XpressingMusic
Numa conversa que durou aproximadamente uma hora, Nuno Côrte-Real partilhou aspetos da sua vida, carreira e obra que certamente deixarão os nossos leitores mais ricos. 7 Dances to the death of the harpist na Kleine Zaal do Concertgebouw em Amsterdam, Pequenas músicas de mar na Purcel Room em Londres, Concerto Vedras na St. Peter's Episcopal Church em Nova York, Novíssimo Cancioneiro no Siglufirdi Festival em Reikiavik, e Andarilhos - música de bailado na Casa da Música no Porto são apenas algumas das suas estreias mais marcantes. No mês em que estreará mais uma das suas obras no Festival de Música da Póvoa de Varzim, esta entrevista é também um presente para todos aqueles que ambicionam saber um pouco mais sobre este artista português respeitado e admirado pelos seus pares em Portugal e no estrangeiro.
XpressingMusic (XM) – Nuno, queremos desde já agradecer a amabilidade com que nos brindou desde o primeiro contacto que consigo encetámos para a realização desta entrevista. O gosto pela música foi algo que se manifestou desde cedo? Que idade tinha quando iniciou a sua aprendizagem musical?
Nuno Côrte-Real (NCR) – O meu começo foi pouco ortodoxo (risos)... Comecei a estudar música um pouco tarde, aos 12 ou 13 anos, e lembro-me que comecei a amar a música com a 7ª Sinfonia do Beethoven mais ou menos aos 9 ou 10 anos. Quando ouvi aquelas primeiras notas, houve qualquer coisa que despertou em mim. A partir daí fui ouvindo cada vez mais música e, mais tarde, comecei a estudar música. Comecei pela guitarra clássica e a aprendizagem nunca mais parou até hoje... Lembro-me ainda que, aos 14 anos mais ou menos, comecei a compor umas baladas, umas canções, ainda sem pensar na música contemporânea e no modernismo, etc. Eram coisas muito naturais mas que, vendo agora com esta distância, tiveram muita importância.
XM – Ao longo da sua aprendizagem tem trabalhado com nomes que certamente muito contribuíram para a construção do músico que hoje é. Pode partilhar com os nossos leitores quais os nomes que mais o marcaram e o que admira mais em cada um deles?
NCR – Sim posso, correndo sempre o risco de deixar alguém de fora... Peço já antecipadamente desculpa se isso acontecer. A minha primeira professora de solfejo e de piano, Helena Pimentel, incutiu-me uma grande seriedade relativamente à abordagem da música porque esta é uma arte muito séria. Por outro lado, também sempre me ensinou que nos devemos divertir com a música pois a música também tem que ter o lado lúdico. Assim, a seriedade aliada a este lado lúdico, bem conjugados, são muito importantes e isso foi-me transmitido pela Professora Helena Pimentel. Um pouco depois houve também alguém muito importante. Falo do maestro Fernando Eldoro. Ele foi maestro do Coro Gulbenkian e dava aulas no Conservatório em Lisboa. Nessa altura eu era coralista e cantava muito. Ele foi o primeiro músico que me deixou uma marca muito grande no campo interpretativo. Mostrou-me a atitude que devemos ter perante a música quando a fazemos. Fernando Eldoro deixou-me uma imagem muito forte que me marcou para sempre. Há mais duas ou três pessoas ligadas à composição e à direção de orquestra... Sem dúvida, uma delas foi o António Pinho Vargas que, para além de ser meu professor já no fim do curso de composição, me marcou de uma maneira muito forte... não só musicalmente, mas também na atitude perante a vida e perante a arte. Há outra pessoa muito importante também no campo da composição que foi o compositor Christopher Bochmann. Este marcou-me de uma forma mais técnica, o que não quer dizer que não tenham existido também muitos ensinamentos artísticos e de vida... Mostrou-me uma maneira muito estruturada de abordar a composição. Christopher Bochmann fez-me ver que há uma grande necessidade de controlo do material composicional. Juntando isto ao que absorvi do António Pinho Vargas, penso que tive a sorte de trabalhar com dois extremos que se completaram. Por último, só vou dizer mais um nome, Jean-Marc Burfin que é professor na Academia Superior de Orquestra e Maestro Titular da Orquestra Académica Metropolitana. Este marcou-me enquanto meu professor de direção de orquestra e no capítulo da abordagem da música. Mostrou-me como fazer e como abordar a música. Isto distinguiu a forma como eu agora dirijo as orquestras e também a forma como eu faço a minha própria música.
XM – O gosto pela direção e pela composição vieram quando? Sempre gostou de criar música?
NCR – Para mim a criação esteve sempre presente. Há um grande ímpeto criativo em mim. Não só para criar música, como também para criar espetáculos, etc. A direção de orquestra também foi uma coisa que sempre esteve comigo mas só mais tarde pude estudar e fazer com que esta tivesse uma maior presença na minha vida.
XM – A música eletrónica fascina-o? Considera que esta pode casar com a música produzida convencionalmente pelos instrumentos tradicionais das orquestras e dos ensemble?
NCR – Devo confessar que, no meu percurso, a música eletrónica já assumiu um papel maior do que o que assume hoje. Agora estou um pouco mais desligado da música eletrónica. Há 10 ou 15 anos fazia mais e inclusivamente ganhei um concurso neste âmbito. Considero que a música eletrónica é um aspeto muito importante e mais uma possibilidade a incluir na nossa música contemporânea. Não creio que seja o caminho ou a resposta, ou seja, algo que eu deva fazer sempre. Penso que é mais uma possibilidade, mais uma cor na paleta. A música eletrónica é mais uma "cor" que se pode colocar e que, por vezes funciona muito bem. Hoje, este tipo de abordagem tem muita fama com o IRCAM (Institut de Recherche et Coordination Acoustique/Musique) que é uma instituição especializada na utilização da eletrónica em tempo real. Portanto essa interação de que fala entre o instrumento real e a eletrónica é algo que eu não estou a utilizar neste momento. Não quero fechar as portas... Não quero dizer que não o venha a fazer... Mas neste momento estou mais interessado nos instrumentos convencionais.
XM – Houve alguma razão especial que o levasse a optar por ir estudar para a Holanda? Procurava diferentes abordagens à composição e à direção?
NCR – A principal razão prende-se com o facto de, no meu último ano de curso, na Escola Superior de Música de Lisboa, eu ter feito o programa ERASMUS exatamente na Holanda. Antes de terminar o meu curso de composição aqui em Lisboa pude saborear um pouco daquilo que seria estudar lá e é claro que isso influenciou a minha escolha. Também o facto de ter estudado com o António Pinho Vargas pesou um pouco pois este também estudou na Holanda e foi-me dando a sua opinião.
XM – Durante este tempo que esteve na Holanda, voltou a cruzar-se com nomes que jamais esquecerá... Concorda? Pode mencionar alguns desses grandes mestres?
NCR – No âmbito da composição, um dos meus professores foi Klaas de Vries e marcou-me para a vida pela sua sabedoria e a pela sua postura. Houve também um conjunto de músicos extraordinários com os quais pude conviver nesse tempo e que, não sendo propriamente professores, me marcaram muito também. Muitos deles tocam hoje nas melhores orquestras do mundo. A convivência com essas pessoas deu-me coisas que nunca esquecerei. Não vou dizer o nome de todos eles mas esse conjunto de pessoas foi muito importante para mim.
XM – Nuno Côrte-Real tem vindo a apresentar inúmeras composições em toda a Europa, Islândia, Estados Unidos e Brasil... Como tem sido a receção destes públicos às suas obras?
NCR – A receção tem sido sempre muito positiva. Eu sinto que as coisas vão mudando... Por exemplo, peças que já escrevi há muito tempo e que depois são refeitas, têm receções diferentes às da primeira vez. A recetividade também depende de cada projeto... Todas estas experiências de que me fala foram com projetos diferentes. Por exemplo, quando fui à Islândia levava uma coletânea de música tradicional portuguesa arranjada para coro e alguns instrumentos e isso foi muito bem recebido. É claro que isto tem a particularidade de ser música tradicional trabalhada de uma forma mais contemporânea ou mais clássica. Por exemplo em Nova York, na St. Peter's Episcopal levei a peça "Concerto Vedras" para orquestra de câmara e teve uma ótima receção por parte do público. Tenho apresentado coisas muito diferentes mas tenho tido um feedback bastante bom.
XM – Sabemos que tem recebido várias encomendas de instituições como a Fundação Calouste Gulbenkian, Teatro Nacional de São Carlos, Casa da Música, Festival Internacional de Música de Mafra, Centro Cultural de Belém, Orchestrutopica, Inatel-Teatro da Trindade, Festival de Música de Caldas da Rainha, Festival de Música de Viana do Castelo, Centro Cultural de Belém, Drumming-Grupo de Percussão, entre outras. Como é o processo desde a encomenda e a entrega da obra? Há prazos? São-lhe impostas algumas ideias ou temas para as composições?
NCR – Depende da encomenda e depende da instituição. Há instituições que encomendam uma peça e que são bastante específicas. Posso dar o exemplo de uma peça que estreei agora no Centro Cultural de Belém que foi interpretada pela Orquestra Sinfónica Portuguesa e cuja encomenda consistia em fazer uma homenagem a Wagner, pois foi no ano passado o bicentenário do seu nascimento. A ideia era utilizar um trecho de Wagner como se este fosse o ponto de partida para a minha própria música. Eu fiz então a minha peça baseada na Cavalgada das Valquírias e com a mesma orquestração que Wagner utilizou. Neste caso era uma encomenda bastante definida. Há outros casos em que há uma liberdade muito grande ou até total. Posso dar o exemplo da minha ópera "Banksters" que foi estreada no Teatro Nacional de São Carlos em 2011 e cuja encomenda era basicamente fazer uma ópera. Desde a escolha da história para construir o libreto até à composição da obra em si. É claro que a liberdade nunca é total, pois temos que atender à natureza da instituição que faz a encomenda. O libreto é de Vasco Graça Moura... Mas, voltando à questão, depende muito da instituição que encomenda e depois há, é claro, o prazo (risos) que para os compositores é a parte mais difícil porque às vezes as coisas não correm bem, nós pedimos adiamentos e adiamentos mas enfim, há um prazo... Isto faz com tenhamos que ter uma disciplina de escrita para que tudo corra bem nesse sentido. O problema é que por vezes fico à espera da inspiração e quando ela vem já é tarde demais e aí a coisa já fica mais complicada (risos). Serve-me de consolo o facto de, na história da música ocidental, haver inúmeros casos de compositores que acabaram as peças na véspera, ou poucos dias antes da estreia, enfim... O próprio Beethoven acabava às vezes as coisas no próprio dia... mas eram tempos diferentes. Os prazos são sempre uma coisa complicada e as instituições são por vezes muito exigentes, digamos assim. Eu também as compreendo (risos).
XM – A música tradicional portuguesa também lhe é muito cara... O trabalho que tem vindo a desenvolver no tratamento da música tradicional portuguesa pretende ser mais um contributo para a sua preservação e dignificação?
NCR – Sim. Num certo prisma sim. Eu considero que a música tradicional portuguesa tem uma riqueza singular no âmbito da música europeia. A nossa música é muito rica e muito variada desde o cante alentejano ao fado que não deixa de ser música popular, passando pela música das beiras até ao Minho... É uma música muito rica melodicamente e eu sempre vi nisso um grande potencial tal como Kodály e Bartók que utilizaram muito essa vertente. Claro que isso aconteceu há 100 anos e eu não quero reavivar esse tipo de abordagem. Eu considero que a música tradicional portuguesa que existe é muito bela e que devemos utilizá-la para bem dela e para nosso bem. Isso dignifica-a e eleva-a a uma esfera superior. Isto mudou a minha forma de pensar a música contemporânea no sentido de que na academia, diga-se ensino superior, esta música não é abordada. Assim, quando saímos dos cursos, saímos um pouco fechados, na minha opinião. Saímos enclausurados num mundo muito abstrato. Eu, não sendo exceção, também saí assim e depois fui descobrindo a música tradicional e deixei que ela entrasse um pouco na minha própria música. Penso que há aqui uma dupla atribuição. Eu dou coisas à música tradicional quando a utilizo nos meus arranjos e considero que ela me dá também muito a mim.
XM – Fale-nos um pouco do seu "Novíssimo Cancioneiro"...
NCR – Esse é um projeto que eu tenho e que consiste em fazer várias coletâneas de melodias tradicionais arranjadas para um grupo específico de instrumentos e de vozes. Cada coletânea deverá ter a sua própria estrutura com princípio, meio e fim. ...Que seja, no fundo, uma peça de música. Este é um projeto que eu tenho para a vida. Já lancei o primeiro livro há uns anos e tenho em mente o que deverá ser o segundo livro e até os outros mas é algo vou fazendo... Há bocadinho falávamos da receção das pessoas lá fora e eu vivi agora em janeiro uma experiência muitíssimo interessante precisamente com o Novíssimo Cancioneiro. O Novíssimo Cancioneiro foi estreado em 2001 e penso que foi feito uma vez mais passado um ano ou dois e só foi refeito agora em janeiro. Fui eu que dirigi esses dois concertos e, não para meu espanto, vi que desta vez a receção foi muito mais calorosa do que tinha sido há 12 anos. Isto fez-me perceber que as coisas vão mudando. A peça não muda porque é igual, mas mudam as pessoas e eu mudo também na maneira de fazer a peça e isso faz com que ela tenha a sua própria vida. Este é um aspeto muito interessante fez-me ter vontade de fazer nos próximos tempos o segundo livro.
XM – A estreia de uma obra envolve sempre um misto de orgulho com ansiedade? Pode falar-nos de algumas das estreias mais importantes que vivenciou enquanto compositor?
NCR – (risos) Ansiedade sim, orgulho não sei... Ansiedade há sempre até porque é a primeira vez. Todos estamos habituados a ouvir uma sinfonia de Beethoven porque já ouvimos aquilo para aí umas quinhentas vezes... No nosso caso vamos ouvir uma obra pela primeira vez, inclusive o compositor porque a obra não existia antes. Só na nossa cabeça. Para mim, essa primeira vez é sempre um acontecimento, no mínimo bizarro porque é uma coisa que surge do nada. Só a partir daquela primeira vez é que uma obra é construída, no fundo... Ela é composta antes mas depois concretiza-se a partir daquela primeira vez. Quanto mais for tocada, mais se concretiza e mais real fica. No meu caso, como também dirijo e como também faço muita música, sempre que não estou envolvido na estreia, que não vou interpretar a minha própria música, fico ainda com maior ansiedade e ainda mais nervoso porque não posso intervir. Começo a ouvir e penso naquilo que aconteceu mal, naquilo que aconteceu bem... As duas estreias que eu destaco são as que se referem a duas das minhas óperas. A primeira foi na Casa da Música em 2007, "O Rapaz de Bronze" a partir de um conto homónimo de Sophia de Mello Breyner-Andresen. Foi uma noite marcante. A Casa da Música estava esgotada e a receção foi muito boa. Foi um sucesso total. Houve uma grande empatia entre a música e o público e isso para mim foi muito gratificante e inesquecível. A outra, já referi há pouco... foi "Banksters" no Teatro Nacional de São Carlos. Uma ópera com uma natureza diferente pois é maior, é sinfónica com onze cantores e um coro também sinfónico, o coro do Teatro Nacional de São Carlos, ou seja com a força toda e com libreto de Vasco Graça Moura inspirado na peça Jacob e o Anjo de José Régio. A história foi adaptada para os tempos modernos dos banqueiros, logo toda ela muito forte. Ainda estava presente o Vasco Graça Moura que entretanto faleceu... Foi um grande privilégio para mim trabalhar com ele. A encenação foi de João Botelho que fez um trabalho notável. Houve ali uma plêiade de pessoas inesquecíveis. Foi uma estreia que me marcou para toda a vida.
XM – É fundador e diretor artístico do Ensemble Darcos. Pode apresentar este projeto aos leitores que ainda não o conhecem? Este ensemble pode ser, por vezes, o seu laboratório de composição?
NCR – Eu não gosto do nome laboratório... Parece que os músicos são ratinhos (risos). Este foi um projeto que nasceu com o meu regresso a Portugal, vindo da Holanda. Eu trazia o projeto de fazer um grupo de câmara onde, sobretudo, eu pudesse apresentar as grandes obras do reportório europeu... Beethoven, Brahms, Schubert, Mozart... juntamente com as minhas próprias obras. Esta era a ideia principal, ou seja, apresentar estes dois mundos e com esta relação eu poder aprender com estes grandes mestres e com aqueles que concretizam a nossa música. Nós escrevemos a música mas são os músicos que a concretizam... Neste aspeto, eu aprendi muito e ainda aprendo com os músicos do Ensemble Darcos. Não há portanto a ideia de laboratório (experimentar isto aqui e aquilo acolá). É algo mais profundo... estou a pensar por exemplo num clarinete ou num violoncelo... Quero aprender o que é um violoncelo com aquilo que eu escrevo e ao mesmo tempo com o que os grandes mestres já escreveram. É claro que já houve uma evolução porque o Ensemble Darcos já existe desde 2002, logo há 12 anos e, nestes últimos anos, também temos encomendado algumas peças a alguns compositores portugueses, nomeadamente ao Eurico Carrapatoso, ao Sérgio Azevedo, António Victorino D'Almeida, mais recentemente ao José Eduardo Rocha e depois, é claro, com a minha música também. Houve então uma abertura do espectro composicional. Não deixará no entanto de ser um grupo que toca o grande reportório clássico e a minha música. Isto é uma coisa assumida. Os músicos sabem e penso que gostam da ideia e esta será sempre a imagem... Este é um grupo que tem crescido muito, não só em termos artísticos, como também concertísticos. Nós temos uma temporada regular no concelho de Torres Vedras, o que é uma coisa rara em Portugal. Muitos grupos acabam por não conseguirem isto. Nós temos essa sorte. Temos também uma parceria com a Antena 2 que nos permite fazer muitos concertos em direto e também em diferido o que também é uma coisa muito positiva. Também colaboramos com o Centro Cultural de Belém e também vamos participar agora em junho no 36º Festival de Música da Póvoa de Varzim e esperamos que as coisas corram cada vez melhor. Em 2012 o Ensemble Darcos editou o seu primeiro CD que se chama Volupia. Como é um primeiro CD, é inteiramente dedicado à minha música de câmara. Foi editado pela editora Numérica. Estamos agora a planear o nosso segundo CD também com música minha mas inteiramente dedicado à voz, ou seja, ensemble mais voz.
XM – Muito ficará certamente por dizer mas não faltarão oportunidades ao longo da sua carreira para irmos fazendo uns upgrades de todas estas informações. Para terminar, gostaríamos que partilhasse connosco os projetos que atualmente abraça e quais pretende abraçar num futuro próximo.
NCR – Neste momento estou a finalizar uma obra que vou estrear no Festival de Música da Póvoa de Varzim... É um quarteto com piano inspirado no poema "Elegia do Amor" de Teixeira Pascoaes e que será interpretado pelo Ensemble Darcos. Depois há outras coisas que ainda estão a ser cozinhadas. São projetos em carteira relativamente aos quais prefiro não falar neste momento. No âmbito da direção, estou com vários concertos. Poderei dar como exemplo o Concerto do Imperador de Beethoven que irei dirigir em janeiro com a Orquestra Metropolitana de Lisboa e com o pianista Artur Pizarro. Será um grande desafio pois a obra é tão imponente e o pianista, também ele, tão imponente... Com o Ensemble Darcos também já temos muitas coisas para 2015. Alguns desses projetos são de grande importância o que para nós será desafiante...
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