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Madur tem levado a música portuguesa e o seu fado por esse mundo fora. Quisemos saber se ambicionava trazer novas sonoridades e novas expressões ao fado. «Eu faço parte de uma Geração que se encontra a renovar o fado, sem nunca descorar o fado Tradicional. Quero muito deixar a minha marca e a minha identidade». “Vem de Expresso” é o single que sai do disco “Madur” e as críticas, segundo a nossa entrevistada, têm sido positivas. «O público está a receber com muito carinho o meu “Vem de Expresso” bem como o álbum Madur em geral. Todos os dias recebo mensagens de apoio e com os parabéns mesmo de onde menos esperava. Estou muito feliz». Aqui fica então a entrevista a alguém que sempre quis cantar.
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Mafalda Tavares tem feito o seu percurso artístico em várias frentes. Atriz e cantora, marcou desde cedo uma presença forte nos musicais. A televisão tem-lhe dado uma maior visibilidade nomeadamente a sua participação na telenovela "O Beijo do Escorpião". Mafalda Tavares começou a sua formação aos 3 anos de idade e aos 7 entrou no primeiro musical, o "Rei Leão", seguindo-se "GodSpell" e "Aladino". Com o encenador Filipe La Féria participou no musical "Música no Coração" e fez parte do elenco principal de "Um Violino no Telhado" e "A Gaiola das Loucas". Participou também na série "Morangos com Açúcar" e em telefilmes, "Até que a Morte nos Separe" - TVI e "Viagem do Sr. Ulisses" – RTP, na telenovela "Mundo ao Contrário" e estreia-se no teatro com a peça "À Margem" encenada por Cucha Carvalheiro. Como cantora a solo Mafalda Tavares surge agora num novo projeto em nome próprio e acaba de lançar o single "Estar Aqui".
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Entrevistámos a flautista Mafalda Carvalho que recentemente conquistou o Prémio Jovens Músicos. A nossa entrevistada sente que teve sorte em nascer num período de ascensão do ensino da música em Portugal. «Nasci realmente numa fase de ascensão do ensino da música em Portugal, e isso é demonstrado por todos os enormes jovens talentos que encontramos sempre a ganhar lugares em orquestras e a mostrarem-se vencedores em grande em concursos. O nível está muito alto, e a exigência é cada vez é maior». Atualmente encontra-se na Madeira diz ter mais tempo para estudar e preparar-se para concursos internacionais e audições para outras orquestras. «Em breve gostaria de participar em alguns concursos internacionais e fazer mais audições para orquestra esperando um dia conseguir ter um trabalho numa grande orquestra, acompanhando grandes solistas e interpretando grandes obras».
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Mailis Rodrigues vem ao XpressingMusic explicar em que é que consiste este instrumento que criou e que já dá que falar nos quatro cantos do mundo. A nossa entrevistada é investigadora e doutoranda da Escola de Artes da Universidade Católica do Porto. Mailis Rodrigues tem ainda formação na área do som e imagem. A sua formação, os seus interesses e um pouco da sua vida serão aqui passados em revista. Refira-se ainda que o Intonaspacio é um dos semifinalistas da competição Margaret Guthman da Universidade Georgia Teh nos EUA. Esta competição premeia ideias inovadoras de todo o mundo nas áreas do design, engenharia e performance de instrumentos musicais.
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Magali Oliveira Kleber responde às questões do XpressingMusic. Numa viagem entre a carreira da nossa convidada e o seu pensamento relativamente à música, à educação musical e à investigação nestas áreas, tentaremos mostrar aos nossos leitores e seguidores os pontos que unem músicos, professores e investigadores em todo o mundo.
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Raquel Ralha, Toni Fortuna, Pedro Renato e Gonçalo Rui dão corpo a um projeto que nasce em Coimbra e no qual as vivências de projetos anteriores se fundem dando vida a uma nova sonoridade que sugere imagens e guiões de filmes que podiam ser os das suas vidas. Na conversa que tivemos em Coimbra com os Mancines ficou claro que nos imaginários destes experientes músicos tudo é possível. Se a larva faz um casulo e de dentro dele sai borboleta, o caminho inverso também aqui se torna possível. A banda nasceu das necessidades exigidas pelo disco mas, no próximo episódio deste projeto já serão as personagens que, saindo do guião inicialmente estabelecido, darão vida a novos sons e novas mensagens. Mancines estrearam-se no passado dia 9 de abril na sua terra natal mas, já no próximo dia 25 de junho rumam a Lisboa para encherem o Teatro da Trindade com sons que prometem entranhar-se nas nossas playlists dos próximos tempos.
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Manuel Luís Ferreira de Azevedo, trompetista e maestro, conta com vários reconhecimentos públicos do seu valor. Dos vários momentos altos da sua carreira, podemos dar, a título de exemplo, o facto de ter sido solista na Ópera de Gian Carlo Menotti "The Médium – Baba, a espírita", dirigida pelo maestro Gaetano Soliman e de ter tocado o concerto em Ré Maior de Giuseppe Torelli, acompanhado pela Orquestra do Conservatório de Música do Porto, sob a direção do Prof. Kamen Goleminov. Fez o Bacharelato em Trompete na ESMAE na classe do Prof. Kevin Wauldron. Manuel Luís Azevedo é também licenciado em Trompete pela Escola Superior de Música de Lisboa, tendo frequentado as classes dos professores David Burt e Steven Mason. Foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian e participou no II Estágio da Banda Sinfónica da Covilhã, como orientador da classe de Trompetes. É também membro do grupo de metais do Porto Solemnium Concentus e da Banda Sinfónica Portuguesa, tendo com esta última, tocado a solo o "Carnaval de Veneza" de Arban. Fez parte do júri dos II, III e IV Concursos de Trompetes da Póvoa de Varzim.
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Manuel Paulo falou-nos dos seus projetos musicais, da sua carreira e não deixou de refletir sobre o contexto em que se insere a cultura em Portugal atualmente. “Se pensarmos que vivemos num país que reserva para a cultura 0,1% do seu orçamento, num tempo em que temos a mais inculta e medíocre das administrações, onde aparentemente o futebol, os empacotados televisivos e uma ou outra canção boçal, parecem ser suficientes para essa mesma administração, que vai embrutecendo deliberada e cirurgicamente a população, então é realmente difícil, só que ironicamente cada vez surgem mais e melhores projetos artísticos. Há cada vez mais músicos e melhores, o que mostra bem que a cultura e a arte em particular não dependem de governos e das suas filosofias culturais. Penso que isto também é válido para as outras formas de arte. Claro que quando há uma política cultural tudo se torna mais fácil, mas não dependemos deles”.
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Manuela Encarnação, presidente da APEM – Associação Portuguesa de Educação Musical, respondeu às nossas perguntas. A entrevista percorre e clarifica o percurso que tem sido trilhado por esta associação e pelos membros que a compõe. As prioridades da APEM, o papel das artes na educação, o programa da disciplina, os manuais escolares, a reorganização curricular do ensino básico e secundário, as Atividades de Enriquecimento Curricular, o desemprego entre os professores de Educação Musical e a utilização ou não da flauta de bisel no 2º ciclo do ensino básico foram alguns dos temas que quisemos clarificar. «O que gostaríamos ainda de ver concretizado era um Plano Nacional da Música onde estivesse plasmado o compromisso político-social para a concretização global de uma Educação Musical de alta qualidade para todos os alunos da escolaridade obrigatória tanto no ensino geral como no ensino artístico especializado».
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Podem considerar-se uma lufada de ar fresco na música portuguesa, embora seja nas raízes que vão buscar muita da inspiração para os temas que nos propõem. Em entrevista, a Marafona disse-nos: «Temos muita herança nas veias e muitas influências de “monstros” da música portuguesa, mas sim, na nossa humilde presunção acreditamos nisso, na diferença com que contribuímos para a música portuguesa. Sempre foi essa a nossa quimera, poder acrescentar algo mais, dar algo mais. As reações com o público têm sido excelentes e já passámos por momentos que nos comoveram até aos píncaros. Vemos os nossos “velhotes” a curtir a nossa música, vemos a malta da nossa geração a vibrar surpreendidos com as nossas canções, vemos músicos amigos a apaixonarem-se pelo que fazemos espicaçando a sua criatividade, sendo a maior surpresa de todas, a que nunca pensámos que se daria, a de ver crianças a cantar as nossas canções. É delicioso ver o futuro a cantar as nossas canções».
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Marcelo dos Reis não se considera uma pessoa muito disciplinada no sentido de estudar x horas por dia, mas a sua vida é preenchida de música nas suas mais diversas vertentes. «Honestamente sou uma pessoa muito pouco disciplinada no que diz respeito à ideia do ter que estudar estas ou aquelas horas por dia, pois vivi um pouco isso há muitos anos atrás e hoje, no meu dia-a-dia, trabalho a tempo inteiro com música. Tenho uma editora, organizo concertos, coordeno uma academia de música onde também leciono guitarra, e isso faz com que estude diariamente muitas coisas, que não só jazz, rock ou improvisação. Muitas das vezes até prefiro afastar-me da música que crio, para poder pensar nela, e voltar com novas ideias, que não aquelas onde me sinto mais confortável e estabelecido».
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Márcio Monteiro já fez um pouco de tudo na vida. Ocupou lugares como o de delegado comercial, administrativo e, no âmbito da música, foi responsável durante 3 anos por um projeto musical amador inserido num movimento jovem de carácter religioso. Atualmente está de corpo e alma numa atividade que o apaixona e fascina ligado à afinação e manutenção de pianos.
(disponível também em vídeo)
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Marco Brescia é pianista, organista, Doutor em Musicologia Histórica/Organologia mas, no dia 2 de abril, fomos ao seu encontro para falar do Festival Internacional In Spiritum - Música e Contemplação na Cidade do Porto no qual tem deixado a sua assinatura como Diretor Artístico. Na segunda edição, à semelhança da primeira, alicerça-se a proposta de fruição do património edificado portuense através da linguagem musical. Fazer com que essa linguagem chegue aos mais diversos setores da sociedade e culmine numa realização similar a outros festivais europeus idênticos e de grande tradição tem sido o principal objetivo. Marco Brescia realçou a associação entre profissionais, cidadãos, agentes culturais e sociais e principais instituições da cidade. O concerto de abertura é já no dia 30 de abril no Salão Árabe do Palácio da Bolsa onde atuará a violinista americana Michelle Kim.
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Fados do Fado é o novo trabalho que nos é trazido por Marco Rodrigues e serviu de mote para uma entrevista que aqui partilhamos com os nossos leitores. “(...) achei que estava na altura de gravar um disco que reunisse grandes êxitos do fado, e que, num meio onde a mulher sempre teve tanto protagonismo, homenageasse o papel que os homens tiveram ao longo da sua história. Por essa razão, optei por escolher - em conjunto com o João Pedro Ruela e com o Diogo Clemente - uma seleção de temas muito conhecidos no meio, tanto pelas suas letras e melodias fantásticas, como por terem sido cantados por vozes que foram referências. Fizemos questão de incluir também nesta homenagem alguns dos grandes intérpretes de outras gerações, como o Max, o Tony de Matos ou o Tristão da Silva, cujo trabalho infelizmente por vezes começa a ser pouco divulgado junto das novas gerações, o que gera algum desconhecimento”.
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Entrevistámos Margarida Cardoso que, para além de nos ter falado do seu percurso académico e pessoal, nos falou sobre a investigação que se encontra a fazer sobre José dos Santos Pinto. A investigação tem dado frutos mas o entusiasmo leva a investigadora a querer ir muito mais longe. «Quanto mais avanço mais descubro, e por isso vou vendo mais longe um fim a esta investigação. Como não havia muitos registos pessoais do compositor, foi necessária a pesquisa de várias fontes e foram descobertas várias pistas, que já esclareceram várias questões. No entanto, há ainda muito por descobrir, principalmente muitos factos mais pormenorizados da vida artística de Santos Pinto e muitos outros músicos que permanecem esquecidos nos nossos dias, mas que foram os professores dos nossos professores».
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Nascido em Salvador-Bahia, o Professor Marcos Moreira é Mestre em Educação Musical pela Universidade Federal da Bahia, onde também obteve o diploma de Licenciatura em Música. O nosso entrevistado é também Especialista em Gestão Escolar pela Faculdade Montenegro. Em Alagoas, é Professor Assistente e mantém o Grupo de Pesquisa na UFAL- Universidade Federal de Alagoas. Na entrevista que se segue, tentaremos descobrir mais um pouco sobre a vida deste investigador que se tem empenhado em manter bem viva a chama da música em vários contextos escolares e ainda no das Bandas de Música no Brasil.
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Maria Ana Bobone em entrevista fala-nos de si, do seu percurso e dos seus projetos. Não teme ser mal interpretada devido às arrojadas abordagens que faz e lembra que no início do século XX o fado já era acompanhado ao piano. «Eu nunca fui uma fadista tradicional. Isso traduziu-se sempre em projetos altamente personalizados. (...) O Fado e Piano, que é o mais personalizado dos meus CD’s, está bastante defendido pelo facto de ser histórico que o fado era acompanhado ao piano no início do século XX e, portanto, não se poder dizer que é sacrilégio... Tenho noção, no entanto, que é uma abordagem completamente diferente da tradicional, apesar de igualmente legítima».
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María Berasarte é espanhola mas já se tornou uma voz indissociável da música portuguesa. Arriscou cantar o fado em espanhol e foi muito bem-sucedida, chegando mesmo a ser convidada por Carlos do Carmo para o concerto do seu 45º aniversário pelos palcos de todo o mundo. Deixamos aqui esta entrevista onde fica claro que Portugal está no mapa das suas vivências e das suas influências musicais. «As minhas influências são as que eu vivencio no meu dia-a-dia. Nos últimos tempos parto da minha terra, País Basco, e daí vou navegando por diferentes pontos geográficos sem fazê-lo intencionalmente. É inevitável que me encontre perto de Lisboa e dos sons mediterrânicos. Afinal canto aquilo que sou».
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Na entrevista de hoje iremos aflorar aspetos da arquitetura, da música e da acústica em Portugal. Para concretizarmos estes nossos anseios e verificar as íntimas relações que existem entre estes três polos do conhecimento, convidámos Maria do Céu Mota que nasceu no Porto em 1972 e viu editado pela Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto o seu livro: “Arquitectura, Música e Acústica no Portugal Contemporâneo”. A nossa convidada é Licenciada em Ensino de Música pela Universidade de Aveiro e mestre em História da Arte Contemporânea pela Universidade Nova de Lisboa. Profissionalmente, é professora de Piano e de História da Cultura e das Artes no Conservatório de Música da Jobra em Albergaria-a Velha – Aveiro - Portugal.
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Maria Mendes é um nome incontornável do jazz atual. De passagem pelo CCB e Casa da Música proporcionou-nos a entrevista que se segue. «Alguns músicos com quem dividi e ainda divido o palco foram e continuam a ser uma inspiração na aprendizagem para a minha música, a minha banda Holandesa e a minha querida banda Portuguesa. Ídolos sim, claro, muitos... Pat Metheny, Keith Jarret, Maria Schneider, Jacky Terrason, Chet Baker, Betty Cartet, Carmen McRae, Shirley Horn, Dianne Reeves, Bernardo Sassetti, Bill Evens, John Coltrane, Hermeto Pascoal, Elis Regina, Chico Buarque, Sting, Chopin, Debussy, Ravel, são os principais que nunca, nunca canso de ouvir».