XpressingMusic entrevista Jorge Prendas, coordenador do serviço educativo da Casa da Música.
Jorge Prendas nasceu no Porto e iniciou os seus estudos musicais aos 10 anos, tendo posteriormente ingressado no Conservatório de Música do Porto no qual concluiu o curso geral de composição na classe de Fernando Lapa. Licenciado pela Universidade de Aveiro na área da composição, o nosso convidado de hoje atua em várias frentes. Serão as várias faces deste homem, músico, compositor, docente e coordenador do serviço educativo da Casa da Música que iremos tentar conhecer melhor na entrevista de hoje.
Queremos, em primeiro lugar, agradecer-lhe ter aceitado o nosso convite pois sabemos que é uma pessoa com uma agenda muito atribulada. A primeira questão que gostaríamos de lhe colocar prende-se com a sua licenciatura em Informática de Gestão. O que leva uma pessoa com uma ligação tão forte à música a optar por ingressar na Universidade Portucalense num curso que, aparentemente, nada tem a ver com esta área?
Cada vez encontro mais pessoas com um percurso idêntico ao meu: fim do 12º ano, a pressão natural de se encontrar um caminho que seja “seguro” (e as aspas aqui significam que não há definição possível para seguro), a incerteza quanto à verdadeira vocação ou gosto que se tem em determinada área, inexperiência profissional e, no meu caso particular, o fascínio por algo novo. Estávamos em 1987 e a minha experiência com computadores passava por um ZX Spectrum 48k! A Informática era um desafio enorme também pela novidade. Por isso e perante a necessidade de optar entre a música, após uma normal e discreta carreira de aluno no Conservatório, e um curso superior de uma área que permitia pensar num futuro “seguro” naturalmente segui a Informática de Gestão. Voltando um pouco atrás na pergunta, hoje a minha ligação à música é fortíssima mas na altura não era assim. Sempre adorei música, sempre fez parte da minha vida, mas a experiência no Conservatório do Porto naquele tempo era muito frustrante para quem gostava de criar, para quem gostava de outras músicas. Isso levou-me a nunca levar a sério a hipótese de aos 18 anos enveredar pelo caminho da música.
Em 1998 retoma os estudos musicais inscrevendo-se na Universidade de Aveiro onde frequenta e conclui, em 2003, a licenciatura em ensino da música/composição. Neste percurso contactou com vários professores… Pode dizer-nos o que significou para si ter trabalhado com nomes como Evgueny Zouldilkine e João Pedro Oliveira?
São duas pessoas de que guardo excelentes memórias, não apenas pelo que aprendi com eles em ambiente de sala de aula, mas sobretudo pelo que aprendi nas conversas que fomos tendo, bem como pelo exemplo de obra que têm construído. O meu regresso à vida de estudante em Aveiro foi feito já em idade madura. Não era um teenager acabado de sair do secundário. Neste meu regresso levava já na bagagem muitas horas de trabalho na área da música e em diversos contextos: em palco, na sala de aula, como pianista, em diferentes linguagens musicais. A forma como aproveitei as aulas e o contacto com os professores foi, por isso mesmo, diferente. E aí a experiência de ter trabalhado com o Evgueny e com o João Pedro foi extraordinária. As aulas de composição com o João Pedro foram determinantes para a visão que tenho hoje sobre a música.
No campo da Música Eletrónica compôs “A aparente ilusão de um som”. Sabemos que esta composição acabou por ter uma repercussão considerável pois obteve um “encouragement” no Festival Internacional de Música Eletrónica Música Viva 2002. O que sentiu ao ver esta composição ser selecionada para o Seoul International Computer Music Festival 2002?
Ligando um pouco com o que disse atrás, estes foram anos de descoberta de outras músicas, de outras formas de escrita, de outras audições. No Conservatório, dez anos antes, Debussy era o mais contemporâneo e revolucionário dos compositores! Tudo para além disso foi fruto de descobertas pessoais. Em Aveiro tudo mudou e estava eu já a compor música eletrónica. E a “aparente ilusão de um som” foi a minha segunda peça pelo que a alegria foi enorme. Serviu-me também como uma legitimação do que andava a fazer. Curiosamente, e lembro-me bem disso, foi o João Pedro que me ligou e quis ele dar-me a notícia. Também ele estava eufórico.
Igual reconhecimento mereceu a sua obra “Uma leitura possível para um poema de Eugénio de Andrade” em 2003. Quer falar-nos um pouco deste trabalho, mostrando-nos o caminho cursado com o mesmo?
Esta peça teve como base duas paixões: a poesia de Eugénio de Andrade e a voz e sua exploração. Na peça usei apenas sons vocais que fui gravando, colecionando e que posteriormente trabalhei. Foram muitas horas de gravação, milhares de ficheiros áudio. Foi um ano de trabalho, muitas horas noturnas (na altura aguentava trabalhar até às 4, 5 da manhã, conseguindo depois encarar o dia de trabalho sem grande canseira… hoje já não é bem assim) e um prazer enorme na construção da peça. A palavra fascina-me e ela foi o princípio e o fim desta peça. Trabalhei-a até à exaustão! Quando a peça foi selecionada para o festival Synthèse em Bourges tive uma alegria talvez maior do que a que tive antes com a “aparente ilusão de um som”, pois o investimento foi também maior e esta era uma peça mais “difícil”, já que trabalhava apenas e só com a palavra em português.
Em 2010 com a peça “Qualche respiro” foi um dos 3 finalistas do concurso internacional Harvey G. Phillips Awards for Excellence in Composition. Tem mais algumas composições sobre as quais nos possa falar e que que tenham um significado especial para si? Algumas destas obras encontram-se editadas em CD?
Para começar… Tenho grande dificuldade em assumir-me como compositor. Não o digo por falsa modéstia mas por pudor. Eu, felizmente ou infelizmente (andarei a vida toda a perceber isto), não vivo para a composição nem da composição e como tal não posso assumir a minha atividade como a de compositor. Por outro lado, e dado o carácter muito especial e pouco regular com que escrevo, muitas vezes assumo-me como alfaiate de música! Na realidade sou mais um tipo que escreve à medida das necessidades e pedidos dos músicos, regra geral os amigos, que me desafiam para lhes escrever alguma coisa. Tenho a sorte de ter como amigos excelentes músicos como o Sérgio Carolino, o Nuno Aroso, o Paulo Peres e a Paula Marques e tantos outros, possivelmente menos conhecidos mas igualmente excelentes, que me dizem o que pretendem, indicando muitas vezes o estilo de linguagem e a abordagem que devo fazer. Bom, isto tudo para dizer que no rol das dezenas de peças que tenho escrito todas elas têm um significado especial para mim porque são pedidos expressos de amigos e que ao solicitarem-me determinada peça, têm já pensado e definido o concerto onde irão executar essa mesma peça. Deu-me tanto prazer escrever uma pequena peça para trompa e violino que o violinista e maestro Joseph Swenson me pediu para tocar com a mulher (can you write a Tango? Perguntou-me o Joseph), como deu escrever o Cartoonia para orquestra que me foi pedida pelo Jorge Castro Ribeiro, diretor artístico dos Concertos Promenade do Coliseu. Em todos estes casos o mais importante é mesmo o cafezinho que se toma no início de todo o processo e toda a conversa que leva depois à pauta. Sim, há obras editadas em cd. Lembro-me de uma peça que foi gravada por um quarteto de saxofones, o Invicta Sax (“Triple Sax” é o nome da peça), da “aparente ilusão de um som”, do “Qualche Respiro” e provavelmente outras, mas sou tão desorganizado que não consigo lembrar-me de mais… ah! E tenho algumas coisas editadas pela AVA editions.
Para além do Jorge Prendas compositor, existe o docente… Ainda exerce a função de docente atualmente?
Desde que assumi a coordenação do Serviço Educativo da Casa da Música em Setembro de 2010 que mantenho um vínculo apenas simbólico com a docência na Escola Profissional de Espinho. Não foi condição para aceitar o lugar que me foi proposto pelo Diretor Artístico e de Educação da Casa da Música, António Jorge Pacheco, mas foi um pedido meu. E a explicação é simples. Estar no ensino, ainda que de forma simbólica, permite-me estar em contacto com os alunos, com os seus problemas, com os programas, com os colegas professores, com as dinâmicas escolares e isso é fundamental para depois no gabinete do Serviço Educativo conseguir propor projetos e desafios às escolas que sejam realmente úteis e adequados. Estou ligado ao ensino desde 1987 e fui vivendo as diversas mudanças que têm acontecido nestes últimos 25 anos. Quebrando o elo com a escola, com o ambiente escolar iria deixar-me a leste da realidade escolar e desse modo menos capaz de desempenhar as funções que agora exerço.
Falar do Jorge Prendas é, hoje, falar também da Casa da Música. Pode descrever aos nossos leitores como tem sido esta caminhada na Casa da Música desde 2007? Quais os objetivos mais marcantes que estabeleceu para o serviço educativo desta obra?
Comecei a colaboração com o Serviço Educativo em Outubro de 2007 como formador. Fiz imensos projetos, fui corresponsável pela criação de workshops, iniciei um dos mais marcantes projetos desta Casa, o Casa Vai a Casa. Em Setembro de 2010 assumi a coordenação e o desafio passou a ser diferente. Há um enorme prazer em estar na Casa da Música e no Serviço Educativo. O projeto da Casa e do Serviço Educativo em particular é um projeto sólido, coerente e desafiador. O trabalho que tem sido feito nos últimos 5, 6 anos é único em Portugal e já referência na Europa. Estamos neste momento numa fase de apresentação do nosso trabalho e filosofia no estrangeiro. Só para se ter uma ideia o Serviço Educativo da Casa da Música será o modelo para uma instituição musical em Tóquio: iremos dar formação, montar concertos, desenvolver projetos. Há um objetivo claro que está sempre presente no que faço no Serviço Educativo: marcar, causar impacto. Não procuro (nem a Casa no seu todo e na sua programação) o fogo-fátuo, o happening, o sucesso balofo. Procura-se sempre marcar quem passa pela Casa (músicos, artistas e público) e causar impacto (nas novas gerações, nos futuros músicos e também nas pessoas com necessidades especiais, nas comunidades mais frágeis, enfim como está escrito na filosofia do Serviço Educativo “tocar num leque amplo de pessoas”).
Há momentos que certamente o marcarão para sempre neste projeto… Quer realçar alguns?
Como formador marcar-me-á para sempre o Casa Vai a Casa e a passagem por dezenas de instituições com pessoas que se não fosse a Casa da Música nunca teriam uma experiência musical: prisões, lares, casas de acolhimentos, instituições com pessoas com necessidades especiais… Ficará também sempre marcado o projeto Ala dos Afinados que me levou durante um ano a trabalhar no estabelecimento prisional de Custóias e a liderar um coro com cerca de 80 reclusos. Da mesma maneira marca-me todas as semanas (porque o projeto continua) a Orquestra Som da Rua, um projeto com pessoas que tiveram um passado ou têm um presente de vida na rua.
E o projeto Vozes da Rádio? É uma parte de si… Concorda?
Sim. Qualquer coisa que está na nossa vida há 22 anos é naturalmente parte de nós. As Vozes surgiram em 1991 numa altura em que a música tinha mais do que nunca de estar presente na minha vida, até para servir de contraponto ao cálculo infinitesimal, à programação e à macro e microeconomia. O grupo dava-me a hipótese de fazer música cantando e acima de tudo escrevendo, que foi desde sempre a paixão. Aos poucos as Vozes transformaram-se numa família e são hoje o espaço criativo, o escape, a diversão onde não se pensa duas vezes antes de fazer. Tal como estar em família pressupõe estarmos à vontade, dizermos o que nos apetece, fazermos como nos apetece, também as Vozes são isso para mim: o lugar onde não penso duas vezes antes de fazer um encadeamento harmónico vulgar, o espaço onde posso berrar e desprezar todas as regras e técnicas de canto, o sítio onde posso divertir-me com os meus colegas num espetáculo que, regra geral, balança entre a música, a harmonia e o humor. São centenas de concertos, são centenas de originais já escritos e acima de tudo são muitos e bons dias de bem-estar, de puro gozo, sem qualquer preocupação formal ou estética. As Vozes são uma vida dentro da minha vida.
Quando olha para trás e analisa a obra feita, reflete certamente sobre o legado que deixará para as gerações vindouras… O que gostava que ficasse da sua obra enquanto músico, docente e coordenador do serviço educativo da Casa da Música?
Não, de todo! Nunca tenho essa perspetiva histórica sobre o que faço! Talvez porque logo à partida não me levo muito a sério e confesso até que tenho pouco respeito por aqueles que em tudo o que fazem acham que estão a escrever o futuro. Acho-os tão ridículos! Na realidade essa preocupação existe apenas com a Maria e o Jorge de que fui coautor e a quem quero deixar um legado e uma herança. Quero que eles recordem o pai e que o transmitam aos filhos e netos como um tipo que, errando como qualquer humano, se esforçava por fazer o melhor que sabia em tudo que se metia e que foi capaz de lhes transmitir os mais importantes valores da vida. De resto também é isso que quero que fique do meu trabalho. Quanto à música e à obra (palavra que também me assusta), pouco me importa se daqui a 100 anos alguém vai tocar uma peça minha. Pelas atuais leis da vida (e que de resto estão em vigor há milhares de anos) não estarei aqui para o ver, logo não me importa nada…
Se tivesse o poder de mudar alguma coisa na Educação Artística/Musical em Portugal, o que alteraria?
Pergunta difícil e resposta quase impossível. Muitas vezes e quase como provocação peço aos meus congéneres de outras organizações artísticas da Europa que mencionem 3 ou 4 compositores portugueses. Depois alargo para outras expressões artísticas: pintores? Escritores? Bailarinos? A verdade é que muito raramente sai um nome. E isto não é porque eles são ignorantes, como muita gente acha sobre os estrangeiros quando estes são chamados a pronunciarem-se sobre o nosso país. Isto acontece porque na realidade ainda não fomos capazes de criar obra suficientemente boa e marcante que ficasse na história da arte. Quando muito criámos casos isolados, muitos deles que tiveram de sair de Portugal para se imporem ou mesmo para se formarem. Só se consegue fazer parte da elite artística e criativa quando existe tradição. E só se consegue tradição quando uma grande parte da população, a começar pelo berço, tem experiência e se envolve com a expressão artística. O que pode e deve desde logo mudar nem é a educação artística/musical. É a educação genérica, é a oportunidade que se pode dar às crianças de, desde cedo, criarem, de se expressarem artisticamente. Depois desse trabalho feito seguramente o nível dos alunos que optam pela educação artística será melhor. E a um nível melhor de alunos terá de o sistema responder com mais oportunidades, com mais e melhores meios. No entanto, enquanto não se perceber que a construção começa sempre pelos pilares, dificilmente sairemos da periferia onde estamos há muitos anos. Enquanto o poder não perceber que os países desenvolvidos são também aqueles que têm tradição artística forte e investimento nesta área desde sempre, não passaremos de um país pobre em vias de desenvolvimento.
Foi para nós um prazer preparar esta entrevista. Pode partilhar com os nossos leitores os seus votos para 2013?
Não consigo nisto ser criativo… os votos são iguais aos de toda a gente… ou quase toda a gente. Não sou capaz de desejar um bom 2013 dentro do possível. Quero mesmo que seja um excelente 2013 bem melhor que o possível.
Fotos: João Messias
Obras de Jorge Prendas:
- 1991
From Gaya to Oporto (banda sonora de curta-metragem); - 1992
A gota d'água (4 vozes solistas S/A/T/B. Poema de Antero de Quental);
3 Harmonizações de canções tradicionais portuguesas para coro misto; - 1998
Para acabar de vez com este ódio (violino solo);
Woody Allen's Thursday (clarinete solo); - 1999
O anjo (tenor e piano, poema de Sophia de Mello Breyner);
Três lados de um triângulo (três peças para trio); - 2000
Mais Perto. Encomenda do museu dos transportes e comunicações do Porto para a sua inauguração oficial. 12 Canções para 5 vozes masculinas e 5 instrumentos;
…sobre um olhar assustado (para ensemble de 9 instrumentos);
Custa sempre acordar (música electrónica); Executada no Festival Música Viva, Abril 2000, no Instituto Franco-Portugais (Lisboa); - 2001
1ª Estação (para orquestra);
Bê (música electrónica); Executada no Festival Música Viva, Abril 2001, no auditório Helena Sá e Costa (Porto); - 2001/2002
4teto (para quarteto de cordas); - 2002
Girassóis (tenor e piano, poema de Álvaro de Campos);
A aparente ilusão de um som (música electrónica); Peça distinguida com um encouragement no festival Música Viva 2002. Executada no festival Música Viva, Abril de 2002, Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa). Peça seleccionada e executada no Seoul Computer Music, Setembro 2002. Peça que integra cd de trabalhos de música electrónica da Universidade de Aveiro e com edição da Numérica;
Pater Noster (para 9 vozes mistas);
Uma leitura possível de um poema de Eugénio de Andrade (música electrónica). Peça distinguida com uma menção honrosa no festival Música Viva 2003 Apresentada em Coimbra, Museu dos Transportes Setembro 2003. Peça igualmente apresentada no festival Internacional de Música Electrónica de Bourges 2004; - 2003
Os girassóis (tenor e piano, poema de Eugénio de Andrade);
Oh Deus Menino (para coro misto);
Milho Verde (arranjo para quarteto). Executada no auditório do Departamento de Comunicação e Arte da Universidade de Aveiro em Fevereiro e Maio de 2003;
¿Por qué no me tuteas? (para fita e flauta). Peça estreada em Setembro pelo flautista Jorge Salgado Correia no âmbito de “Coimbra 2003, Capital Nacional de Cultura”; - 2004
Il trio trova il nastro. Para trio (flauta, clarinete e violoncelo) e electrónica;
Triple Sax. Para quarteto de saxofones. Gravado pelo Invicta Sax;
Denúncia (tenor e piano, poema de Mário Cesariny – esta peça juntamente com Girassóis e Os Girassóis faz parte de um ciclo dedicado ao girassol); - 2005
A...B. (tenor e piano, 2 sonetos de Diogo Alcoforado); - 2006
Three steps four the fall (4 peças para violino solo);
Rústica (Mezzo e piano, poema de Florbela Espanca) – Encomenda da Câmara Municipal de Matosinhos;
Não me importo com as rimas! (para coro misto, sobre poema de Alberto Caeiro); - 2007
Coffee Break. (para sexteto de metais); - 2008
3 Viagens em 3 pedais (para vibrafone e piano em 3 andamentos);
Music for two tubas and an almost free drummer (em 4 andamentos. Estreada em 2008 em Genebra);
Bat Cave (electrónica. Música para uma instalação. Avis);
Sauna Project (electrónica. Música para uma instalação. Great Yarmouth, Inglaterra); - 2009
Stringsberry fields forever (para 2 violinos e piano em 4 andamentos);
Qualche respiro (para tuba e trombone solo + sexteto de trombones. 1 andamento. Peça finalista do concurso internacional Harvey G. Phillips Awards for Excellence in Composition); - 2010
Dia de feira (para 4 pares de socos. Estreada na Casa da Música pelo Perkool quartet);
Cadena Cajon (para cajita, quijada, 4 cajons e electrónica. Peça estreada em Julho 2010 no Auditório Helena Sá e Costa do Porto);
Boulevard Metalique (para quarteto de trompas e tuba em 3 andamentos. Peça estreada em Novembro de 2010 no Auditório de Espinho);
Couple (6 miniaturas para duo de guitarras. Estreada em Janeiro de 2011 em Salzburgo);
3 Lugares (para saxofone, trombone-baixo e piano em 3 andamentos. Estreada em Janeiro de 2011 no Porto); - 2011
Cartoonia (para orquestra). Peça estreada pela orquestra Metropolitana de Lisboa em Junho de 2011, Coliseu do Porto);
Solo Arenoso (marimba solo);
Grafton Way Choral (saxofone, trombone-baixo e piano); - 2012
Ikarus Flughafen (para trombone-contrabaixo solo, tuba solo e ensemble de trombones em 2 andamentos);
Charada da Bicharada (para piano, clarinete, contrabaixo, multi-percussão e voz. Peça infantil sobre texto de Alice Vieira. Estreada em Julho 2012 nas Caldas da Raínha);
Estudo sobre o Espaço (para quinteto de metais. Estreada em Julho 2012 no Auditório de Espinho);
Portos (peça para violino e trompa, em três andamentos. Estreada em Agosto 2012 em Vermont, U.S.A.);
Anchor (para voz e multi-percussão);
Desde 1991 mais de uma centena de canções e arranjos vocais para o quinteto “Vozes da Rádio”, além de outras composições para variadas formações e géneros musicais.
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