Rita Andrade: «A cantora dá voz às melodias que a compositora cria»
Rita Andrade não se imagina a cantar temas que não são da sua autoria. “Just Walk Away” é um dos seus originais e foi muito bem recebido pelo público. «Fiquei muito contente e confesso que surpreendida. Por se tratar de um tema despido, que pedia poucos instrumentos e num registo mais cru, achei que seria a música ideal para servir de carta de apresentação porque gosto especialmente de temas com pouca instrumentação. Acredito que, e sem querer parecer pretensiosa, uma melodia bonita é tudo quanto basta, se assim for não é preciso muito mais, o que não quer dizer que não existam bons temas com muita instrumentação, mas é um gosto pessoal».
Rita Andrade, muito obrigado por ter aceitado o nosso desafio. Quando descobriu que a sua vida iria passar por uma carreira musical?
Tinha uns 17/18 anos quando percebi que não seria uma escolha mas, como costumo dizer, uma necessidade da alma (risos).
Qual é a sua formação musical?
Na verdade não tenho formação, valho-me da minha intuição musical e da vontade de a explorar. Frequento sim, aulas de técnica vocal há já alguns anos.
A cantora e a compositora que vivem dentro de si convivem bem entre si?
É curioso porque senti-as sempre como uma só. A cantora dá voz às melodias que a compositora cria. Aliás nunca me imaginei a cantar algo que não tivesse composto, a minha voz é o instrumento ou o meio de partilhar as músicas que crio.
Quais as suas principais influências musicais?
Oiço muita coisa mas gosto sobretudo de soul, blues e R&B.
Há algum ou alguma artista que admire de forma particular?
Aprecio particularmente a forma como a Joss Stone se coloca enquanto artista no meio musical, sempre muito genuína, sem vedetismos e com muita humildade.
Como é o seu espetáculo em palco? Quem são os músicos que partilham este espaço com a Rita?
Já partilhei o palco com diferentes músicos, mas ultimamente tenho-o partilhado com o Frederico Arriaga (Fred para os amigos) que é um guitarrista que está integrado em vários projetos, e que é suficientemente generoso para me acompanhar neste percurso.
A forma como o tema “Just Walk Away” foi recebido pelo público surpreendeu-a de alguma forma? Fale-nos um pouco deste tema...
Fiquei muito contente e confesso que surpreendida. Por se tratar de um tema despido, que pedia poucos instrumentos e num registo mais cru, achei que seria a música ideal para servir de carta de apresentação porque gosto especialmente de temas com pouca instrumentação. Acredito que, e sem querer parecer pretensiosa, uma melodia bonita é tudo quanto basta, se assim for não é preciso muito mais, o que não quer dizer que não existam bons temas com muita instrumentação, mas é um gosto pessoal.
A 9 de março irá pisar o palco do Cine Incrível... Haverá surpresas para este espetáculo?
Como o espetáculo estará inserido no Jazz’me and Blues’me, vamos tocar alguns temas que nunca tocámos antes, e será um concerto apenas com voz e guitarra eléctrica.
Muito obrigado pelo tempo que dedicou aos nossos leitores. Como antevê este ano de 2017? Será um ano de muito trabalho?
Obrigada eu pelo convite! Há muita coisa em aberto que prefiro não revelar sem antes ter a certeza de que se vão concretizar, sou um bocadinho supersticiosa em relação a isso, mas espero brevemente partilhar novidades.
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