Quinta do Bill. “Todas as Estações” e 29 anos de histórias para contar.
Completam, em 2017, 30 anos de carreira mas para já estão focados na apresentação do novo disco “Todas as Estações”. Os Quinta do Bill fazem parte do imaginário sonoro de uma geração que ainda hoje se revê em temas como “Os Filhos da Nação”, “Voa”, “Menino”, Vai e sê feliz”, “Se te amo” e “No trilho do Sol”. Carlos Moisés respondeu às perguntas do XpressingMusic, falando do novo disco e recordando os momentos mais marcantes destes 29 anos de vida da banda. «O primeiro momento especial foi a vitória, em 1990, no concurso da RTP que possibilitou a gravação do primeiro disco. O segundo, o contrato com a multinacional Polygram em 1994 que permitiu a edição de vários álbuns premiados com prata e ouro e a realização de muitos concertos os quais nos permitiram conhecer pessoas, lugares, culturas. Todos os momentos acabam por ser marcantes determinando de certa forma o rumo a seguir».
Muito obrigado por nos concederem esta entrevista. Estão a chegar aí 30 anos de carreira. Como vão comemorar mais este marco da vossa carreira? Voltarão a Tomar?
Em 2017 a Quinta do Bill completa 30 anos de existência e com certeza que irá comemorar a efeméride com um ou mais espetáculos. No entanto, neste momento estamos concentrados na divulgação do novo disco de originais com saída prevista para dia 27 de maio.
Está então a chegar às lojas, o disco “Todas as Estações”. Como caracterizam este novo trabalho? Pretendem marcar alguma diferença relativamente aos álbuns anteriores?
“Todas as Estações” vem na sequência do título da canção “Todas as Estações, Invernos e Apeadeiros” com letra do José Luís Peixoto que sintetiza um pouco a diversidade na forma, na textura musical e na mensagem das canções que compõem este disco. Para quem conhece bem o trabalho do grupo talvez não seja uma grande novidade pois sempre procurámos caminhos novos sem perder, contudo, a nossa identidade.
Podem apresentar-nos os amigos que convidaram a participar na gravação e produção deste “Todas as Estações”?
Neste trabalho voltamos a contar com a produção do Nuno Rafael, na continuidade do disco anterior, 7, de 2011, assim como o Nelson de Carvalho na gravação e misturas que souberam interpretar bem as nossas ideias e incutir-lhes atualidade e modernidade. De resto, a execução musical esteve a cargo dos elementos do grupo. Mais uma vez contamos com a preciosa colaboração na escrita das letras do Sebastião Antunes, João Afonso, José Luís Peixoto, Moz Carrapa e Pedro Malaquias.
O vídeo "Faz Bem Falar de Amor" tem sido bem recebido? Também este vídeo pretende transmitir um conjunto de mensagens muito claras...
Tem sido muito bem recebido e muito partilhado. Acho que está fantástico, inovador e transmite bem a mensagem da urgência do amor, verdadeiro e sem barreiras.
Consideram que ao longo destes quase 30 anos se têm mantido fiéis à linha musical com que iniciaram o projeto?
Penso que com o tempo fomos construindo esta identidade artística que é a Quinta do Bill através de inúmeras influências, vivências e paixões existentes nos diversos estilos e culturas musicais. A diversidade acaba por ser o fio condutor no trajeto do grupo.
Em vossa opinião a que se deve a consistência e a longevidade dos Quinta do Bill?
Creio que se deve muito ao gosto em criar canções, em comunicar, em experimentar, mas também ter tido a sorte de conquistar um público fiel que se identifica com o nosso trabalho.
“Os Filhos da Nação” é um tema obrigatório nos vossos concertos. Há outros que tenham que estar sempre presentes no alinhamento?
Sim. Canções como “Voa”, “Menino”, Vai e sê feliz”, “Se te amo”, “No trilho do Sol” são obrigatórias em quase todos os concertos. Nos próximos iremos gradualmente introduzir as novas canções para que também tenham lugar na comunhão com o público.
Conseguem eleger alguns momentos marcantes e decisivos na vossa carreira?
O primeiro momento especial foi a vitória em 1990 no concurso da RTP que possibilitou a gravação do primeiro disco. O segundo, o contrato com a multinacional Polygram em 1994 que permitiu a edição de vários álbuns premiados com prata e ouro e a realização de muitos concertos, os quais nos permitiram conhecer pessoas, lugares, culturas. Todos os momentos acabam por ser marcantes determinando de certa forma o rumo a seguir.
Muita gente vos considera uma banda assumidamente de palco. Vocês sentem o palco como o vosso porto seguro? É no palco que surgem as ideias que posteriormente levam para estúdio?
Bem cedo percebemos que nos sentíamos realizados em cima do palco porque as canções ganhavam nova vida e permitiam celebrações quase rituais que tocavam as pessoas. Algumas ideias sim, apareceram no palco, seja através de uma sequência de acordes ou de uma melodia. Mas, grosso modo, o trabalho criativo é um processo demorado e de bastidor.
Muito obrigado por esta partilha com os nossos leitores. Onde vos poderemos ver e ouvir nos próximos tempos? Já há muitas datas para apresentar o novo disco “Todas as Estações”?
No dia 27 de maio estaremos às 18:30 na FNAC do Chiado para apresentar o disco. Seguem-se:
- 3 de junho – Cine Teatro Paraiso (Tomar) – 22:00
- 4 de junho – Estação de S. Bento (Porto) – 16:00
- 4 de junho – FNAC Nortshoping – 22:00
- 5 de junho – FNAC Colombo (Lisboa) – 17:00
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