Tambor. 16 anos de discos e palcos passados em revista.

Tambor16 anos de discos e palcos fazem dos Tambor um grupo mais maduro e com uma sonoridade cada vez mais sólida. Enquadram a sua música de forma muito simples no género Pop e manifestam algumas preocupações relativamente à postura que se vai instalando relativamente à maneira de encarar os músicos e de os recompensar pelo trabalho realizado. «A música portuguesa está muito ativa e muito criativa nas diversas vertentes estéticas. A comunicação digital tem uma parte muito importante nesta divulgação ao abrir portas para os mais variados projetos e trabalhos. O mercado da música é uma conversa muito mais profunda, dado que existe uma palpável relutância em querer pagar pelo trabalho dos músicos e demais intervenientes na construção da arte que dá pelo nome de música. O resultado, só o futuro, breve, saberá».

Muito obrigado por partilharem a vossa história com os nossos leitores. Como começou esta caminhada que já vai longa? Os músicos vinham de outros projetos musicais?
Em finais de 1998 gravámos as primeiras maquetes ainda sem nome , nessas maquetes estava um tema dos sétima legião , sete mares , que mais tarde integrou o nosso primeiro single e disco.
Os músicos que inicialmente integraram Tambor na gravação do primeiro disco foram a Alexandra Valentim, o Fernando Martins do Ritual Tejo, o Miguel Teixeira que vinha dos Sétima Legião, Diva e Golpe de Estado, o Beto Garcia dos Rádio Macau e v12 e o Luís Arantes que participou no single “espuma dos dias” e no “sete mares”. Integraram ainda o Tambor o Tó Olivença, o Vasco Sousa, o Padi e o João Pulo Fonseca.
A partir do lançamento do primeiro disco, os músicos que fizeram parte dos Tambor foram Alexandra Valentim, Fernando Martins, Miguel Teixeira, Quim Preto e Padi.

Tambor

“Cortina de Fumo” foi um trabalho bem-sucedido? Como foram encarados pelo público?
Na nossa perspetiva foi muito bem-sucedido e muito bem recebido, principalmente se tivermos em conta os dois primeiros singles, “Espuma dos dias” e “Fado do coração”.

Como caracterizam a música que fazem? Conseguem catalogá-la dentro de um género musical específico?
Pop!

Gostariam de ter feito mais concertos ao longo da vossa carreira? Alguma vez sentiram que a vossa música continha especificidades que vos colocavam algumas barreiras para conquistarem determinados “palcos”?
Sim claro que gostaríamos de ter tocado mais. As músicas que tocamos ganham outra vida em cima do palco e assim as barreiras deixam de existir.

Tambor“Jamais Descer” trazia já sonoridades bem distintas do “Cortina de Fumo”?
Sim, é um disco rock e, ao mesmo tempo, experimental. Prova disso é o tema título “Jamais Descer”.

“Rádio”, "Quatro" e "Electro Pop" são outros discos da banda. Há da vossa parte algum carinho especial por algum dos vossos álbuns, ou todos assumem o mesmo peso embora cada um com as suas especificidades?
Todos os discos têm para nós uma importância imensa mas, se tivermos que escolher, achamos que “Quatro” foi o disco de viragem em termos de composição e aproximação do grande público.

A 24 de janeiro de 2014 gravaram ao vivo “O Espaço Sem Ti Não É Nada”. Esta foi uma das vossas experiências mais marcantes em palco? Foi uma noite inesquecível?
Foi uma noite única e memorável. Felizmente pode ser ouvida e vista de forma a comprovar as nossas palavras.

O lançamento do CD + DVD do Tambor ao vivo com o Coro da Orquestra Extraordinária está envolto numa expectativa muito alta... concordam?
Sim, sem dúvida. Felizmente a receção está a comprovar que valeu a pena.

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Podem apresentar-nos a equipa que embarcou convosco nesta empreitada de gravar um disco ao vivo?
Muita gente. Os músicos foram a Alexandra Valentim na voz, o Fernando Martins na guitarra e teclados, o Miguel Teixeira na viola de arco e teclados, o André Tavares no violoncelo e baixo acústico, o David Jerónimo na bateria e percussão e o Pedro Mimoso nas guitarras. O Coro da Orquestra Extraordinária incluiu Isabel Campelo, Tânia Tavares, Carlos Coincas, Ricardo Soler, Luis Pacheco, Francisco Andrade, Ana Rita Inácio e Joana Barata. No som da sala e palco contámos com o Fernando Abrantes e na gravação áudio com o Samuel Henriques da Auditiv. A iluminação foi da responsabilidade da Anabela Gaspar. Contámos ainda com o Paulo Ricardo, stage manager e com Vítor Carrilho, Anabela Conceição e David Carrilho. Make Up/cabelos foram da responsabilidade de Inês Franco. Os operadores de câmara foram Telmo Almeida, Marcelos Reis, Hélder Mendes e Mário Silveira. As misturas estiveram a cargo do Fernando Abrantes e do Fernando Martins. A masterização na Abbey Road Studios foi de Christian Wright.
Não podemos deixar de agradecer ao Dr. António Carvalho, ao Museu Nacional de Arqueologia, à Secretaria de Estado da Cultura, à Direção Geral do Património Cultural, à RTP e Antena 1.

TamborHá ainda muitos projetos na gaveta que pretendam apresentar em breve?
Sim, para já temos previsto um novo disco ao vivo de nome “Dobram os sinos mais uma vez”.
O disco de originais “A construção da Saudade” já tem single com o mesmo nome e encontra-se à venda em formato digital e está a passar na rádio.
Orgânico e progressivo, o álbum está pronto a editar e será acompanhado de uma nova forma de apresentação ao vivo.

Muito obrigado por este tempo que dedicaram aos leitores do XpressingMusic – Portal do Conhecimento Musical. Para terminarmos gostaríamos que nos dissessem quais as principais mudanças que sentiram ao longo destes anos. Houve uma grande evolução na música portuguesa e na forma como esta se projeta nos diferentes mercados?
A música portuguesa está muito ativa e muito criativa nas diversas vertentes estéticas. A comunicação digital tem uma parte muito importante nesta divulgação ao abrir portas para os mais variados projetos e trabalhos.
O mercado da música é uma conversa muito mais profunda, dado que existe uma palpável relutância em querer pagar pelo trabalho dos músicos e demais intervenientes na construção da arte que dá pelo nome de música. O resultado, só o futuro, breve, saberá.
O maior abraço ao XpressingMusic e aos seus leitores por fazerem parte da vontade de fazer e ouvir música.

Tambor. 16 anos de discos e palcos passados em revista.

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