Lâmpada Mágica. Música e amor para e pelo público.
Os Lâmpada Mágica nasceram no início deste ano e mostram uma enorme vontade de fazer música e espalhá-la pelo mundo. Não se comprometem com nenhum género específico mas dizem que o jazz, o funk e a world music estão bem presentes na música que nos trazem. Com elementos dotados de formação musical sólida, este projeto assume as dificuldades inerentes à promoção e divulgação do projeto como meros desafios que facilmente se ultrapassam com a enorme vontade que têm de partilhar música. São portanto um projeto do tempo que se vive, perfeitamente enquadrado e adaptado às contingências da globalização. «É factual que nos encontramos perante a era da globalização, logo a quantidade e variedade de coisas no mercado é enorme. Seria também fácil dizer que nos encontramos num período controverso da música portuguesa devido aos cortes na cultura, devido à falta de formação musical e auditiva que de uma forma geral sempre existiu em Portugal, contudo, cabe aos músicos de agora lutarem por uma alteração da maré e trazerem a mudança plantando nova música pelo país fora».
Como nasceu a Lâmpada Mágica?
A “Lâmpada Mágica” nasceu em Fevereiro de 2015, na sequência da fusão de um grupo de músicos amigos. Tínhamos o forte desejo de podermos associar a diversidade musical à diversão e empatia, com e entre o público, portanto decidimos todos embarcar nesta nau movida a música.
Qual a razão de terem escolhido este nome para o grupo?
Bem, a lâmpada mágica foi um objeto marcante na juventude de todos nós, ao mesmo tempo permanece um símbolo da fantasia, da realização do sonho e da eterna criança, daí nos termos identificado e escolhido este nome.
Podem apresentar então os elementos que formam a banda?
A banda é formada pelo Vasco Miranda nas teclas, Mauro Ribeiro na guitarra, Nuno Silva no trompete e trombone, Márcio Silva na percussão, Gerson Batista na voz, João Samuel da Silva no saxofone e na flauta transversal e o Carlos Raposo no baixo que veio já posteriormente ao início da banda para substituir o nosso baixista inicial, o Miguel Mendes, depois de este ter voltado para o Brasil.
Qual a formação musical dos elementos do grupo?
Todos os elementos do grupo tiveram e continuam a ter formação em música. Aliás, somos uma banda com bastantes estudantes, ainda (por pouco tempo), visto que o Márcio, o Mauro, o Vasco e o Nuno se encontram de momento a terminar os seus mestrados, enquanto se encontram paralelamente a dar aulas de música também.
Quais as vossas principais influências musicais?
Bem, esta é uma questão bem ampla e que será difícil responder com precisão, visto que todos trazemos para a Lâmpada muitas das nossas influências pessoais. Achamos que a Lâmpada Mágica abrange vários reinos da música, e queremos mesmo que esse multiculturalismo musical seja um mote para o projeto tornando-o assim detentor de um carácter mais único e rico em ambientes e sonoridades. Contudo os "catalogadores" facilmente dirão que o Jazz, o Funk, a Soul e a World Music são a nossa onda!
Como definem a música que fazem?
Gostamos de definir a música que fazemos como sendo música para todos. Assumidamente gostávamos de pôr todo o mundo em volta de uma roda a dançar e ouvir a Lâmpada Mágica! (risos)
Cada um dos músicos integra outros projetos? Todos têm a música como meio de subsistência?
Todos integramos outros projetos, sendo muitos desses projetos combinações entre vários elementos da própria banda. Sim, todos temos a música como meio de subsistência.
Como tem sido a receção do público ao vosso trabalho?
A receção por parte do público tem sido espetacular. Aliás as reações e feedbacks que temos recebido, principalmente depois dos concertos, são uma das grandes forças motrizes que de certa forma nos fazem continuar com esta vontade de fazer música. Só temos que agradecer o amor que o público tem demonstrado, e queremos recompensar sempre com mais e melhor música. É um ciclo sem fim, o ciclo do amor.
O que acham do período que a música portuguesa atravessa atualmente?
É factual que nos encontramos perante a era da globalização, logo a quantidade e variedade de coisas no mercado é enorme. Seria também fácil dizer que nos encontramos num período controverso da música portuguesa devido aos cortes na cultura, devido à falta de formação musical e auditiva que de uma forma geral sempre existiu em Portugal, contudo, cabe aos músicos de agora lutarem por uma alteração da maré e trazerem a mudança plantando nova música pelo país fora.
Agora que dão os primeiros passos no campo da promoção do vosso trabalho têm-se deparado com algumas dificuldades? Portugal é um país difícil?
Apesar de tudo não gostamos de lhes chamar dificuldades, preferimos substituir a palavra “dificuldades” pela palavra “desafios”. Mas é claro que todas as bandas encontram algumas adversidades nos primeiros passos da sua promoção. Contudo, Portugal parece-nos ser um país recetivo às sonoridades e à música da Lâmpada Mágica, logo, apenas queremos poder continuar a sentir esta magnífica energia em palco com este coletivo espetacular. O resto apenas o tempo o dirá.
Obrigado por este tempo que nos dedicaram. Quais os próximos passos que pretendem dar com este projeto?
Ora essa! Os próximos passos passarão, de certa forma, por manter a postura que temos adotado até agora. Esperamos portanto continuar a fazer música, continuarmo-nos a divertir e a fazer o nosso amor chegar ao grande público, de uma maneira cada vez mais sistemática. (risos) O nosso muito obrigado à XpressingMusic pela entrevista, até breve.
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