Bruno Santos. Entrevista ao vencedor do Prémio Jovens Músicos em Trompete.
Bruno Santos não começou pelo trompete mas, o efeito e o impacto criado por este instrumento no seio de uma orquestra, cativou-o ao ponto de se dedicar de corpo e alma ao mesmo. Os nomes que mais o influenciaram até ao momento e a presença constante do exemplo do seu irmão foram alguns dos temas que nos ocuparam nesta breve entrevista ao jovem que conquistou o Prémio Jovens Músicos em trompete. Bruno não exclui a possibilidade de ir aprofundar os seus estudos para o estrangeiro mas tocar em Portugal é um objetivo que fica claro quando nos diz: «Gosto do meu país e em Portugal há boas orquestras e bons executantes». Tem os pés bem assente na terra e remata esta entrevista dizendo: «Neste momento quero acabar o 12º ano na escola Profissional Metropolitana e ingressar no ensino superior para melhorar e valorizar os meus conhecimentos».
Bruno, obrigado por dedicares um pouco do teu tempo aos nossos leitores. Quando começaste a dar os primeiros passos na Banda Sociedade Filarmónica Riachense, já imaginavas que poderias abraçar uma carreira musical?
Obrigado eu. É uma honra saber que o meu trabalho não foi em vão. Eu comecei a tocar clarinete com 8 anos de idade. De seguida, aos nove anos, mudei para trompete porque é um instrumento que tem impacto na orquestra. Eu sempre quis ser músico profissional devido ao meu irmão o ser.
O Conservatório de Torres Novas Choral Phydellius e Luís Carreira foram dois pilares marcantes para tudo o que se seguiu?
Sem dúvida. Foram cinco anos incríveis. Aprendi imenso com o professor Luís Carreira. Foi ele que me mostrou, pela primeira vez, o que era a música. Estou muito grato por tudo o que ele me ensinou.
Mas este prémio não foi um marco isolado pois já conquistaste por duas vezes o prémio do concurso Korinna Ferreira.
Sim, é verdade. Foi um prémio importante no meu percurso musical.
A tua entrada na Escola Profissional Metropolitana, em Lisboa, foi outro momento importante neste teu profícuo percurso?
Claro que sim. A escola Profissional Metropolitana abriu-me horizontes. Mostrou-me que não há meia dúzia de músicos a tocar bem, mas sim milhares deles.
Sentes que a conquista do Prémio Jovens Músicos poderá mudar a tua vida?
Na minha opinião, eu acho que sim. No entanto, não podemos viver de prémios obtidos. Isto é um começo, não um fim.
Sentiste uma pressão muito grande durante as provas? Havia muita ansiedade?
No momento da eliminatória da casa da música do Porto estava muito calmo. Apenas fiquei nervoso quando estava a aquecer juntamente com dez excelentes trompetistas. Na prova final sim, fiquei muito nervoso porque queria que tudo saísse perfeito.
O que sente um jovem músico quando dá conta de que está em palco como solista com uma “Orquestra Gulbenkian”?
Foi um momento único e especial. Espero um dia ter outra oportunidade. São momentos que nunca se esquecem.
Jorge Almeida e António Quítalo são nomes que admira muito?
Sem dúvida. O professor Jorge Almeida é uma grande referência para mim. Desde pequeno o meu irmão me falava dele. Desde então comecei a escutá-lo e agora é o meu ídolo. O professor António Quítalo é um grande músico e professor, pois sabe transmitir muito bem o que quer.
Luís Carreira e Filipe Coelho são outros nomes que nunca esquecerá ao longo da sua carreira?
Sim, o professor Luís Carreira, como já mencionei, foi um professor que me mostrou o que era a música. O professor Filipe Coelho é o meu professor atual. É um professor que nunca irei esquecer porque foi ele que me "abriu os olhos". Fez-me ver que não sabemos tudo e que há sempre pessoas melhores que nós.
Menciona também o seu irmão, o clarinetista João Pedro Santos, como uma influência capital. Podemos dizer que ele é a sua principal influência e o principal incentivo?
Claro que sim. A minha envolvência no meio musical deve-se de facto ao meu irmão porque o ambiente musical que vivi com ele proporcionou-me esse prazer pela música.
Coloca a hipótese de ir estudar para fora?
Estudar no estrangeiro é uma hipótese. Se essa oportunidade surgir, terei todo o gosto em aprender, conhecer novas culturas e grandes músicos.
Sonha com uma carreira musical em Portugal?
Sim, gostaria. Gosto do meu país e em Portugal há boas orquestras e bons executantes.
Muito obrigado por esta partilha. Quais os próximos projetos que ambiciona abraçar?
Neste momento quero acabar o 12º ano na escola Profissional Metropolitana e ingressar no ensino superior para melhorar e valorizar os meus conhecimentos.
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