Virgem Suta. A carreira e o disco “Limbo”
“Limbo” é o novo disco dos Virgem Suta. Foi sobre este disco, e não só, que falámos numa breve entrevista que aqui partilhamos. Assumem-se como uma banda de música portuguesa mas não se “engavetam” em nenhum compartimento específico: «Se é pop ou não, não sabemos, contudo somos apreciadores de música pop, bem como de outros estilos musicais que certamente nos influenciam e, consequentemente, às nossas criações». Quanto às suas canções dizem-nos «Não temos barreiras nem nas temáticas, nem nas sonoridades. No nosso trabalho tudo pode acontecer e esse é que é o maior estímulo». Para os nossos entrevistados a música portuguesa atravessa um período «muito fértil, com bandas e projetos de enorme qualidade e em todos os estilos musicais. É muito bom e importante sentir esta vitalidade, este nervo criativo. Precisamos de massa crítica».
Vem aí um novo disco mas antes gostaríamos de falar um pouco sobre a origem deste projeto. Como começou a vossa caminhada neste projeto? E o nome Virgem Suta, como surgiu?
Os Virgem Suta começaram por ser um sonho de dois jovens amigos, no Alentejo profundo, mais propriamente em Beja, ainda nos anos 90 do passado século, altura em que os telemóveis eram raros, pesados e enormes, imagine-se. Como tantos outros criadores de canções, sonhávamos um dia vir a ter uma banda com discos gravados e concertos em palcos grandes. O sonho tornou-se realidade bastantes anos mais tarde, em 2009, quando iniciámos a nossa carreira discográfica. O nome combina dois conceitos: VIRGEM caracteriza o lado naif, intuitivo que utilizamos quando estamos a compor e SUTA - termo em Beja atribuído a um estado de excesso ou descontrolo - caracteriza o lado mais "doido", que também é uma constante nas nossas vidas.
Consideram-se uma banda pop? Há influências de outras áreas musicais na música que fazem?
Consideramo-nos acima de tudo uma banda de música portuguesa. Se é pop ou não, não sabemos, contudo somos apreciadores de música pop, bem como de outros estilos musicais que certamente nos influenciam e, consequentemente, às nossas criações.
Como se processou a vossa aprendizagem musical?
Somos autodidatas, curiosos. Temos aprendido com o tempo e com a gentileza e paciência de todos aqueles amigos músicos que connosco se têm cruzado. Têm sido uma ajuda preciosa!
O Hélder Gonçalves dos Clã tem estado convosco desde o princípio do projeto?
Tem sim. Antes de tudo, o Hélder é um amigo que muito apreciamos enquanto artista e produtor. Com ele trabalhámos nos dois primeiros discos, tendo sido o produtor de ambos. Neste “Limbo” foi também conselheiro, embora a produção tenha ficado a cargo do Nuno Rafael.
De que nos falam as vossas canções? Há alguma linha temática da qual não queiram fugir?
As canções falam de Portugal e desta "condição" de ser português. Falam de amores, desamores, futebol, petisco e tantas outras coisas boas que nos caracterizam. Não temos barreiras nem nas temáticas nem nas sonoridades. No nosso trabalho tudo pode acontecer e esse é que é o maior estímulo.
Consideram que ao vivo conseguem transmitir tudo aquilo que idealizam nos vossos encontros em contexto de ensaio e de estúdio?
Temos a certeza de que ao vivo nos transformamos e de que os temas ganham ainda mais força e outra dimensão. Adoramos o palco e o frente-a-frente com o público alimenta-nos.
"Limbo" é então o novo disco. Como o caracterizam?
É um disco airoso, positivo e cheio de Portugal lá dentro. Aconselhamos vivamente a sua escuta.
O disco está todo na linha daquilo que já pudemos ouvir em "Ela Queria" e em "Regra Geral"?
O disco é uma caixinha de surpresas. Cada tema é uma viagem diferente. É mesmo importante ouvi-lo por inteiro.
Quais são aqueles nomes que não podem deixar de mencionar ao falar deste novo “Limbo”?
Não podemos deixar de falar do Nuno Rafael que foi o produtor, do João Costa que nos acompanhou na pré-produção e em estúdio, gravando as baterias e percussões, do João Cardoso que gravou teclados, do João Só que participou no "Regra Geral", do Nelson Carvalho que assumiu as misturas e de toda a equipa da Universal, nossa editora, que tanto nos tem apoiado desde o início da carreira.
Qual a equipa que sobe ao palco nos vossos concertos ao vivo?
Para além de nós dois (nas guitarras e voz), acompanham-nos o Nuno Rafael nas guitarras e voz, Hélder Morais no baixo e voz, João Cabrita nos teclados, samplers, guitarra e voz e o Jorge Costa na bateria e percussões.
Consideram que a música portuguesa vive um momento fértil?
Muito fértil, com bandas e projetos de enorme qualidade e em todos os estilos musicais. É muito bom e importante sentir esta vitalidade, este nervo criativo. Precisamos de massa crítica.
Muito obrigado por esta partilha que acabam de protagonizar para com os nossos leitores. Para terminarmos, gostaríamos que nos dissessem quais as próximas datas e locais em que podemos assistir aos Virgem Suta ao vivo.
Nas próximas semanas estaremos aptos a revelar as datas. Entretanto estamos a preparar novidades que serão reveladas muito em breve no nosso facebook. Estejam atentos.
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