PAUS. Uma forma diferente de compor.
Nasceram em 2009 e são atualmente formados por Fábio Jevelim (teclados/guitarra e voz), Hélio Morais (bateria siamesa e voz), Joaquim Albergaria (bateria siamesa e voz) e Makoto Yagyu (baixo/teclados e voz). Dizem que a principal característica que os distingue de outros projetos reside no processo de composição. "Nesta banda não vamos para uma sala de ensaios compor. Vamos para o estúdio, montamos tudo, há alguém que tem a primeira ideia e a grava e, a partir daí, os outros vão reagindo. Depois temos que aprender a tocar essas músicas na sala de ensaios". Em maio de 2014, os PAUS lançaram o segundo disco, "Clarão", editado digitalmente em todo o mundo e fisicamente em Portugal, Espanha, Irlanda e Reino Unido. A edição em Portugal esteve a cargo da Universal e no resto do mundo da El Segell del Primavera/PIAS.
Como foi o percurso musical de cada um de vós antes de se juntarem em 2009?
Já todos tínhamos tido uma série de bandas, antes dos PAUS. Dentro da cena Hardcore, o Quim tinha feito parte dos Liberation, dos Renewal e dos As Good As Dead. Eu tinha feito parte dos As Good As Dead e dos Shoal. O Makoto tinha tocado em Heykin. O Fábio vinha de outra onda e por essa altura devia estar com alguma banda com o Rui Pité (Riot dos Buraka). Quando os PAUS começaram, o Quim estava ainda a cantar nos Vicious Five e a tocar bateria em CAVEIRA, o Makoto estava a cantar em If Lucy Fell e a tocar baixo em Riding Pânico, eu estava a tocar com Linda Martini e com If Lucy Fell e o Fábio estava com Blasfemea.
A sonoridade que emana do vosso projeto diferencia-se da obtida por outras bandas. Isso resulta exclusivamente do facto de terem duas baterias em palco?
Resulta de uma forma bastante diferente, essencialmente, porque o processo de composição é totalmente diferente. Nesta banda não vamos para uma sala de ensaios compor. Vamos para o estúdio, montamos tudo, há alguém que tem a primeira ideia e a grava e, a partir daí, os outros vão reagindo. Depois temos que aprender a tocar essas músicas na sala de ensaios.
Como foi recebido pelo público e pela crítica o vosso primeiro EP "É uma Água" em 2010? Houve oportunidade de rodar bastante este álbum na estrada? Quais os principais palcos?
Foi muito bem recebido. Na altura estávamos a trabalhar com a Enchufada, que foi quem editou o disco, e as coisas foram bem mais longe do que alguma vez imaginámos. E por isso mesmo, fomos para estúdio gravar o primeiro longa duração. Com o "É uma água" acabámos por passar pelo Paredes de Coura 2010, pelo Optimus Alive 2010 e pelo Super Bock Super Rock 2011.
Em 2011 o vosso disco "PAUS" é editado pela Valentim de Carvalho. Consideram que o facto de terem a etiqueta da Valentim de Carvalho tornou mais fácil a difusão do vosso trabalho?
Tornou mais fácil conseguirmos ter discos constantemente nas lojas, coisa mais difícil de se conseguir quando se está numa estrutura mais pequena. É, também, uma editora com uma estrutura maior, logo consegues ter mais gente focada no teu trabalho. Isso facilitou a divulgação.
"PAUS" foi considerado o melhor disco do ano em várias listas da imprensa portuguesa. Este facto confirmou que estavam no caminho certo e deu-vos um incentivo extra para continuarem o rumo estabelecido?
Quando as críticas são construtivas (positivas, ou negativas), ganhas sempre uma motivação extra; seja para continuar a alimentar as positivas, quer seja para pegares nas negativas e melhorar a partir delas. Nesse disco tivemos bastantes críticas muito positivas e isso deixou-nos felizes. Mas também tentámos aprender com as negativas.
Apesar do sucesso obtido com os discos, o palco é o vosso habitat natural... Concordam?
Não diria natural, porque nos sentimos confortáveis em estúdio. Agora, é o culminar de todo o trabalho anterior a esse momento.
A que atribuem o facto de serem uma banda tão solicitada a nível internacional? Já agora, podem partilhar com os nosso leitores quais os países por onde já passaram?
Tivemos a sorte de conseguir fazer o Primavera Sound de Barcelona em 2012 e em 2013. Isso despertou a atenção de algumas estruturas, entre elas a do próprio Primavera Sound, que recentemente criara uma estrutura de edição/booking/management. Desde que ali estamos que temos tocado bastante fora do país. Passámos por Espanha, México, Estados Unidos, França, Luxemburgo, Inglaterra, Holanda, Bélgica e Itália.
O segundo disco "Clarão" foi lançado digitalmente em todo o mundo e fisicamente em Portugal, Espanha, Irlanda e Reino Unido. A edição em Portugal tem a etiqueta da Universal Music e no resto do mundo a da El Segell del Primavera/PIAS. Houve alguma razão especial para a mudança de editora(s)?
Avaliámos uma série de propostas e escolhemos a que estava mais de acordo com o que procurávamos.
Consideram que a edição digital se torna uma mais-valia para uma mais rápida difusão do vosso trabalho?
A edição digital é mais uma plataforma. Num Mundo onde há tantos nichos, não podemos descurar uma oportunidade e o digital é só mais uma.
Vem aí mais uma digressão. Há aspetos novos que modificaram, fruto da vossa natural postura reflexiva sobre o trabalho realizado até ao momento? Por onde passa esta nova digressão?
Vamos sempre alterando as músicas no sentido de as fazer resultar melhor ao vivo. Às vezes, a forma como as gravámos não é a melhor forma para passar o que queremos ao vivo. Nesta tour, passamos por Portugal, Espanha, Reino Unido, Bélgica, Holanda, Luxemburgo e Itália.
Muito obrigado por nos terem concedido esta entrevista. Há novidades para breve que nos possam revelar? O novo disco já está a ser preparado?
Obrigado nós! Estamos a pensá-lo e a planeá-lo. Mas ainda é só isso.
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