Joana França lança “Try” e responde às perguntas do XpressingMusic
Joana França: "A letra do "Try" mostra quem eu sou. Espelha a minha maneira de estar na vida e aquilo em que acredito. É também a conjugação perfeita, dado que este é também um dos meus géneros musicais favoritos". O sonho de que a sua carreira extravase as fronteiras nacionais impelem Joana França a compor em inglês. "Porque me é automático mas também porque a língua não pode ser barreira para espalhar a palavra. Em qualquer país vão compreender a mensagem. A música não é barreira, não acho que a letra deva também ser. Acho que, tal como vou fazer, o artista pode sem dúvida ter alguns temas na sua língua, se assim o achar. Mas esta é a minha opinião apenas".
A Joana França é cantora, autora e atriz. Desde quando e de onde vem esta paixão pela criação e recriação artística?
Os meus pais são os dois atores e cantores. Eu cresci no Teatro. O meu pai era também músico e compositor. Desde pequena que comecei a querer compor. Ele ensinou-me a tocar piano e, assim, comecei a fazer algumas músicas da minha autoria. Da mesma forma que um pintor se expressa através de uma tela, um músico/cantor expressa-se através da composição de uma música. Eu sempre tive essa necessidade e essa ligação com a expressão artística.
O teatro e a televisão são áreas que pretende manter como paralelas à sua atividade ligada ao mundo das canções?
Sem dúvida. Se conseguir, excelente! Desde que haja vontade tudo é conciliável.
Pode falar-nos um pouco da sua atividade como vocalista da banda portuguesa de Pop/Rock "Pluma"?
Sim, com imenso prazer. Em 2007 eu fui convidada pelo Miro Vaz (fundador, autor e músico da banda) para gravar o single "E Grito". A ideia da banda era ser um projeto do mesmo (Miro Vaz) mas com vocalistas convidadas. Correu muito bem a gravação do single e o Miro pediu-me para gravar mais quatro temas e ainda ser a vocalista ao vivo, em concerto. Fizemos o vídeo clip e realmente o "E Grito" foi um enorme sucesso! Fizemos vários concertos pelo país, o tema passou em várias rádios, fez parte da banda sonora dos "Morangos com Açúcar" e acabaram também por fazer parte de várias novelas da SIC e TVI, mais três temas que interpretei no álbum. Acabei por deixar o projeto por motivos profissionais e com muita pena.
A Joana assinou contrato de licenciamento digital com a editora Farol Música em novembro de 2014. Como foi o percurso até aqui? Como surgiu esta oportunidade?
A Farol era algo que eu ambicionava para o meu projeto. É a editora que tem a linguagem de artistas, em que este projeto se enquadra. Sou extremamente grata ao Paulo Carvalho que fez esta ponte e fez com que a reunião acontecesse e sou muito grata à Ada Domingos por toda a disponibilidade, por ter gostado do tema e por ter também, juntamente com a Farol, acreditado em mim.
"Try" é o primeiro single de estreia. O que nos traz com "Try"? Podemos dizer que este tema a define como cantora?
Podemos dizer que também me define, sim. Não define totalmente. Tenho ainda tanto de mim para dar ao público. Mas o "Try" tem algo especial com ele. A letra do "Try" mostra quem eu sou. Espelha a minha maneira de estar na vida e aquilo em que acredito. É também a conjugação perfeita, dado que este é também um dos meus géneros musicais favoritos.
Vivemos uma fase próspera relativamente à música que se produz em Portugal. Será o nosso país pequeno para tanta qualidade e tantos artistas?
Não, não é, de todo. Portugal necessita apenas de reeducação musical. Temos apenas de perceber que o Pop pode ser feito com qualidade assim como tantos géneros. Temos de abrir a mente e aceitar a reviravolta da música e deixá-la acontecer. Estamos a viver tempos em que boas bandas, bons cantores(as) estão a aparecer e temos que apoiá-los. Portugal tem de apoiar o que de bom há (porque há) no nosso país. Os portugueses têm sempre a tendência de achar que só o que se faz lá fora é que é bom. Esse pensamento e postura têm que mudar. Temos muito boa música e muitos bons músicos em Portugal.
O seu projeto musical tem ambições internacionais? Gostaria que a sua música extravasasse as fronteiras nacionais?
Sem dúvida. Razão pela qual, também como artista, componho em inglês. Porque me é automático mas também porque a língua não pode ser barreira para espalhar a palavra. Em qualquer país vão compreender a mensagem. A música não é barreira, não acho que a letra deva também ser. Acho que, tal como vou fazer, o artista pode sem dúvida ter alguns temas na sua língua, se assim o achar. Mas esta é a minha opinião apenas.
Onde foram feitas as gravações do seu novo trabalho?
As gravações do meu álbum foram repartidas (risos). Inicialmente e toda a estrutura do tema foram feitas pelo meu produtor Nuno Pires; os baixos do Paulo Bassman, foram enviados do Algarve para Lisboa; seguimos para o estúdio do músico e produtor Bruno Duro (que também interpreta o TRY na guitarra elétrica) para iniciar a pré-produção do tema. Depois de ouvir e voltar a ouvir, fechar a letra e a linha de voz, começámos a produção final do tema nos estúdios do CCC em Loures onde foi feita a captação final com o profissionalismo de João Barradas que fez a mistura e masterização final. Todos os envolvidos na "construção" do Try são excelentes profissionais cheios de talento.
Quem são os músicos qua a acompanham nesta empreitada?
O Try foi interpretado por excelentes músicos: Bruno Duro, Ruben Gomes, Paulo Bassman e Nuno Pires. Grata a todos eles pelo seu enorme talento, profissionalismo e amizade.
Para além dos músicos, há mais nomes que contribuíram para que este trabalho se tornasse uma realidade?
Para além dos nomes mencionados, contei com o apoio no Design de Imagem, da Raquel Fonseca, com a Make Up de Ana Aurélio, tambourine e claps de André Fadista e Miriam Rosário. Para o videoclip que está já em pré-produção vou também contar com uma equipa excelente, entre eles, Samuel Costa que fará a realização.
Joana, muito obrigado por nos ter dedicado um pouco do seu tempo, respondendo às nossas questões. Para terminarmos, gostaríamos que partilhasse com os nossos leitores quais os próximos projetos da Joana França e se tem sonhos que gostasse de ver concretizados em breve.
Estou neste momento em produção de mais um tema que será também incluído no EP que pretendo lançar em 2015. Depois, quero sem dúvida, fazer um álbum. Há também a possibilidade de, em breve, regressar à representação, mas quanto a isso, vamos ver o que o futuro reserva. God bless you all, obrigada pelo privilégio e carinho.
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