Os Candymoon falam com o XpressingMusic sobre os seus projetos para os tempos que se aproximam.
Candymoon falam-nos um pouco da sua identidade. Entre o Folk e o Blues este projeto apresenta-se como uma banda que quer tocar, fazer música e contactar com o público. Sobre as novas realidades que envolvem o mundo da produção musical dizem-nos que consideram escassas as oportunidades para chegarem a mais público. No entanto, acreditam que a música atravessa uma época de mudança em toda a indústria, essencialmente na forma como o público tem acesso a esta. "Os canais tradicionais atravessam um momento de dificuldade seletiva e (...) os canais digitais tornaram-se a forma como as pessoas têm o primeiro contacto com um determinado projeto".
Como nasceu o projeto "Candymoon"? Quem são os Candymoon?
Apesar de contarmos com o apoio de vários músicos, o projeto formou-se através da empatia que se gerou na composição das primeiras músicas, entre a Célia Ramos, eu próprio (Pedro Leónidas) e o Alessio Vellotti. Neste momento contamos ao vivo ou em estúdio com o Sérgio Fiuza no contrabaixo, o Diogo Leónidas na Bateria, o Vasco Gomes na percussão (ou também bateria), e o Vasco Martins nas guitarras acústicas e vozes secundárias.
O Folk e o Blues são as balizas que estabeleceram para este projeto? Quais as vossas principais influências?
Penso que as principais influências se encontram nesses estilos precisamente, sem procurar replicar nenhum artista específico. A orientação do projeto vem muito do gosto de ouvir estas influências presentes em diversos projetos mais mainstream.
As histórias que nos trazem são autobiográficas?
Algumas são histórias observadas na primeira pessoa e outras imaginadas.
Como tem sido a reação do público à vossa música?
Até agora, nas oportunidades que tivemos de mostrar o projeto, tanto ao vivo como gravado, as reações foram bastante positivas, e queremos agradecer o apoio e feedback que temos tido por parte do público, pois tem sido a energia que alimenta a nossa vontade de fazer música.
A música portuguesa atravessa um bom momento atualmente? Temos mercado para toda a música que se tem vindo a produzir?
Penso que falta criar mais oportunidades para chegarmos a mais público mas, no geral, creio que a música atravessa uma época de mudança em toda a indústria, essencialmente na forma como o público tem acesso a esta. Penso que os canais tradicionais atravessam um momento de dificuldade seletiva e que os canais digitais se tornaram na forma como as pessoas têm o primeiro contacto com um determinado projeto. Foi por esta razão que decidimos começar por este formato para apresentarmos o projeto ao público. Tentamos pensar mais neste projeto em termos de fazermos a música de que gostamos e não tanto em termos do que o que o "mercado" possa querer.
Consideram que o vosso espetáculo se adequa a qualquer espaço, ou os ambientes mais intimistas são mais propícios a uma melhor perceção da música que praticam?
É claro que os palcos mais intimistas, permitem uma proximidade mais "quente" com o público, que é muito gratificante no género de música que trocamos. Mas palcos grandes trazem uma grande quantidade de energia. Ambos os ambientes têm os seus prós e contras, mas de facto os espaços mais intimistas, convidam mais a apreciar a música de perto e com outra atenção.
Falem-nos um pouco do trabalho que gravaram mais recentemente...
Este EP representa o nascimento do nosso projeto, forma os primeiros temas que compusemos, e decidimos gravá-los como os "sentimos" no começo. Ao mesmo tempo, representa o nosso primeiro "eco", para que o público nos possa conhecer. O trabalho foi gravado numa sessão maioritariamente em formato "live", o que permite ao ouvinte "sentir a banda de perto" e com um som mais intimista.
A música tem-vos trazido tudo aquilo que nela procuravam?
A música é a procura. Tudo o resto são coisas que vêm com ela. Sintomas, desejos, sonhos, penso que tudo isso faz parte de viver essa procura. E no fundo, na viagem, o mais gratificante é o caminho, o trajeto, porque as metas vão mudando à medida que caminhamos.
Onde poderão ser vistos e ouvidos em breve? Como está a vossa agenda?
Vamos estar brevemente a apresentar este trabalho e mais alguns temas ainda inéditos, que farão parte do nosso álbum. Estaremos na Fnac Chiado no dia 31 de Outubro às 18:30, e na Fnac Cascais no dia 1 de Novembro às 17h. Até lá sempre nos podem seguir através da nossa página do facebook: www.facebook.com/CandyMoon.band
Quais os vossos sonhos/desejos para 2015?
Para este projeto: muita música, o álbum terminado, e muitos concertos, com cada vez mais público.
Muito obrigado por esta partilha.
Obrigado nós, até breve!
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