Entrevista a Massimo Cavalli
Massimo Cavalli nasceu em Trivero (Itália) em 1969. Começou os seus estudos musicais pelo baixo eléctrico tendo como mestres Flavio Piantoni e Enzo Lo Greco. Mais tarde inicia o seu percurso no contrabaixo jazz com Paolino Dalla Porta. Nesta entrevista fazemos uma viagem entre a sua carreira académica e a de performer. No seu portfolio encontram-se várias participações em espetáculos e gravações com artistas e projetos tais como Laurent Filipe, Quinteto de Ruben Alves, Jacinta, Amélia Muge, Joel Xavier, Fernando Tordo, Ala dos Namorados, Orquestra Chinesa de Macau, Jean Pierre Como, Mafalda Veiga, João Pedro Pais, Susana Félix, Projeto Rua da Saudade, Alexandre Diniz, entre muitos outros…
XpressingMusic (XM) – Não podemos iniciar esta entrevista sem um especial agradecimento pela disponibilidade demonstrada para com o XpressingMusic. Sabemos que em 2006 concluiu a licenciatura em Contrabaixo Jazz na Escola Superior de Música e das Artes do Espetáculo do Porto – ESMAE e que em 2011 terminou o Mestrado em Interpretação Artística Jazz na mesma instituição. Quando decidiu enveredar pela carreira musical, já era bem clara para si a importância de uma formação académica nesta área?
Massimo Cavalli (M.C.) – A minha carreira musical começou muito antes de eu ter uma sólida formação académica e posso afirmar que um músico nunca pode parar de pesquisar e estudar. Na altura eu vivia numa pequena aldeia no norte da Itália, relativamente longe dos grandes centros urbanos e isto limitou muito a possibilidade de ter aulas, pois eram muito caras e tinha que me deslocar para Milão ou Novara, que estavam a cerca de 100 Km de distância, onde estavam os profissionais com os quais queria estudar. Depois os meus pais nunca apoiaram, pelo menos naquela primeira fase, a minha vontade de ser músico… agora já estão resignados... Comecei a tocar o baixo eléctrico como autodidata e depois tive umas aulas particulares para solidificar a minha técnica e com o contrabaixo foi mais ou menos a mesma coisa. Depois de me tornar profissional e já morando em Portugal, surgiu a necessidade de colmatar as lacunas de quem, como eu, não tinha realmente uma formação académica de raiz. A importância de uma boa formação académica foi sempre clara na minha cabeça, mas só com a independência financeira consegui frequentar um curso em contrabaixo jazz que, na altura, só existia no Porto. Assim, com muito sacrifício e dedicação, comecei os primeiros 4 anos de viagens semanais Lisboa-Porto, mas tenho que dizer que foi um óptimo investimento na minha evolução enquanto músico e pessoa. A seguir à licenciatura, o mestrado foi a conclusão de um ciclo. Decidi continuar no Porto porque na altura não havia mestrado em Lisboa e o mestrado no Porto era em interpretação artística o que me permitia aprofundar conhecimentos específicos com professores que lá estavam a lecionar na altura.
XM – O Doutoramento em Música e Musicologia na Universidade de Évora será a conclusão deste percurso académico?
M.C. – O doutoramento é a evolução natural do percurso académico, sobretudo porque é em interpretação, ou seja, acabo por pesquisar técnicas e músicos que teria estudado de qualquer forma e aplicá-las ao baixo eléctrico e ao contrabaixo. A pesquisa tem um rigor científico que de outra forma seria dificilmente alcançável, assim continuo a estudar as áreas que quero aprofundar. Na minha formação académica sempre tentei privilegiar a componente instrumental e por isso sempre optei por frequentar cursos que tivessem isto em conta. Depois de acabar esta etapa não sei… logo se verá, ainda falta muito.
XM – Enquanto performer, tudo começa em 1990, apresentando-se em clubes no Norte da Itália. Fale-nos um pouco desta fase da sua vida.
M.C. – Nesta altura, comecei a tocar baixo elétrico com colegas da escola. Depois de uma primeira fase de rock mais pesado passei a tocar blues e sucessivamente jazz-fusão. O grupo onde tocava tinha umas datas regulares em clubes e festas. Ensaiávamos com regularidade e evoluíamos juntos. Tenho muito boas recordações deste período e ainda estou em contacto com os outros músicos embora só eu e o pianista hoje tocamos de forma profissional. Ainda me lembro de ter levado com um choque elétrico impressionante enquanto, numa praça cheia de gente estava a cantar o “Everybody needs somebody” dos blues brothers... Pensei que um camião me tivesse atropelado!!!
XM – O reconhecimento do seu valor por parte do público e dos seus colegas músicos foi imediato?
M.C. – Tínhamos alguns seguidores fiéis, isto sim, mas não éramos uma banda de culto... No fundo na altura tocávamos “covers”, embora já estivéssemos a dar os primeiros passos para explorar um terreno onde já havia alguma dificuldade técnica e alguma improvisação. Começamos a tocar músicas do Chick Corea e do Stanley Clarke… este foi um ponto de viragem sim, deixando para trás o pop, rock e blues para entrar na nossa época jazz-fusion. Na altura comprei um baixo seis cordas e, naquele tempo, era realmente raro ver alguém a tocar um baixo destes. A adaptação não foi fácil mas de facto algumas pessoas começaram a querer ter umas aulas comigo. Quanto aos outros músicos, não sei dizer ao certo, havia muita competição na Itália, mas cada um de nós tinha a sua fatia de mercado, embora a grande cidade fosse a meta que a maioria de nós queria alcançar.
XM – Considera como um marco na sua carreira o facto de ter tocado em 1995 no Dubai com o Quarteto “Four Winds” e a cantora Trisha Smith?
M.C. – Sem dúvida! De facto na altura, alguns membros do grupo onde tocava escolheram outras estradas… alguns tinham outro trabalho e não queriam só tocar profissionalmente. Eu comecei também a tocar o contrabaixo e a frequentar a cidade de Milão que era muito ativa, sob o ponto de vista musical na época. Comecei a tocar com muitos mais músicos e a ser mais requisitado. Assim, reunimos um grupo de pessoas que queriam encarar a música como profissão e criámos o quarteto “Four Winds”, gravámos uma demo com standards de jazz e entregámos a uma agência de management. O dono da agência gostou do que ouviu e propôs-nos um contrato de 3 meses no Dubai onde teríamos que acompanhar uma cantora norte americana Trisha Smith. Foram três meses intensos a tocar todos os dias e a estudar muitas noites. Foi aqui que me apercebi de que a música era mesmo o que eu queria fazer na vida.
XM – Como surgiu a oportunidade de participar no festival para jovens músicos de jazz de Cracóvia?
M.C. – Eu e o baterista com o qual estive no Dubai, ficámos em contacto depois do regresso dos Emiratos Árabes e, com um amigo pianista de Nápoles, começámos a tocar e criar o nosso repertório. Certo dia ao ler uma famosa revista de jazz italiana encontrámos um concurso para jovens músicos de jazz em Cracóvia. Decidimos participar, gravámos uma demo com duas músicas e enviámos para a Polónia. Fomos selecionados para o concurso e lá fomos nós de carro até a Polónia... que loucura!
XM – Qual a razão, ou as razões, para optar pela vinda para Portugal em Junho 1996?
M.C. – No Dubai o circuito musical rodava a volta dos hotéis. Assim, cada hotel podia ter mais grupos, de géneros musicais diferentes. Havia um trompetista austríaco de nome Chris Alexander… ele tocava também piano e, no hotel, acompanhava uma cantora de pop no lobby. Quando acabava a sua atuação vinha a correr para tocar trompete connosco! Ficámos amigos e depois de eu ter voltado para Itália ele veio para Portugal pois tinha uma filha aqui. Depois uns meses ligou-me e disse que precisava de um contrabaixista para fazer a temporada estiva e que tinha planeado organizar um mês de concertos com várias formações… e teria pago o bilhete de avião e tratado da estadia em Portugal em parceria com outro músico norte-americano que vivia em Portugal na altura, Eddie Goltz. Assim viajei rumo a Portugal e aqui estou até hoje.
XM – Phil Markowitz, Ed Neumeister, Arnie Lawrence, Wiliam Parker, Peter Erskine, Maria Schneider são nomes importantes para si? Sente que absorveu influências destes e que as transporta para as suas criações e interpretações?
M.C. – Phil Markowitz, Ed Neumeister e Arnie Lawrence foram os professores de um belo workshop de 1997 que durou uma semana se não estou em erro, no festival Jazz em Agosto. Foi o primeiro contacto com o método de ensino norte-americano e a dizer a verdade devo ter assimilado uns 30% do que eles disseram, mas naquela altura foi ainda mais claro para mim que era urgente adquirir uma sólida formação académica. Foi uma óptima ocasião para conhecer outros músicos portugueses e vê-los tocar e participar com entusiasmo neste belo evento. Com William Parker frequentei uma masterclass sempre numa edição do Jazz em Agosto, quando ainda havia preocupações de caráter didático para com os jovens músicos. Com esta masterclass comecei a aprofundar uns estilos de jazz que eram para mim quase desconhecidos como o avant-garde e o free-jazz. A partir desta altura comecei a ouvir mais e melhor alguns dos mestres do género, tais como Ornette Coleman, Cecil Taylor, Milford Graves, Bill Dixon, Sunny Murray, Frank Lowe, Rashid Ali, Donald Ayler, Don Cherry, Jimmy Lyons entre outros. Peter Erskine é um dos bateristas que mais admiro, frequentei um seu workshop na ESMAE e até toquei um blues com ele... não foi a masterclass que mais me marcou, porque em uma ou duas horas só podem ser abordadas questões genéricas, mas é inegável que como baterista ele é uma grande influência, por ter tocado em grupos históricos quais os Weather Report, Steps Ahed etc. Maria Schneider é um caso à parte, sempre na ESMAE como estudante tive o privilegio de tocar com a big band da escola sob a sua direção, depois de uma semana de ensaios com uma pessoa que eu reputo como uma das mais criativas e influentes maestrinas da história do jazz. A sua música é pura emoção e é o espelho da sua grande personalidade. Com ela aprendi que é preciso fazer escolhas, por vezes não fáceis para alcançar os nossos objetivos.
XM – Participou em várias homenagens, tributos, festivais… Há alguns desses momentos da sua carreira que o tenham marcado e queira partilhar com os nossos leitores?
M.C. – Todos os concertos são extremamente importantes e eu encaro todos os projetos com seriedade e profissionalismo, mas há vários momentos que lembro com muito carinho, que são ligados a projetos com os quais colaborei no curso da minha carreira, como uns belos concertos com o amigo Laurent Filipe entre os quais destaco a gravação do Cd “Laurent Filipe Presents Jacinta: A Tribute to Bessie Smith” edito pela Emi/Blue Note e os concertos que tivemos com a mesma formação, a longa colaboração com o grupo Ficções, com o trio do António Palma com o qual tive o prazer de tocar com a cantora canadiana Melissa Walker, com o Joel Xavier que me levou a tocar em lugares lindos quais o Festival Jazz aux Oudayas em Marrocos ou com o violinista francês Didier Lockwood no mosteiro de Mafra. Os belos concertos com o pianista francês Jean Pierre Como, com o saxofonista Eric Séva, concertos de uma intensidade única. Com o quarteto do Alexandre Diniz e, mesmo poucos dias atrás tive a possibilidade de tocar com o pianista italiano Antonio Faraò em trio com o amigo Alexandre Frazão na bateria e foi também uma experiência marcante. Isto no jazz, mas também tenho uma faceta mais pop/rock ou world; tive o prazer de tocar com o grupo Ala dos Namorados em Portugal e no estrangeiro por cerca de 5 ou 6 anos, com a Susana Félix, com o projeto Lado a Lado com a Mafalda Veiga e o João Pedro Pais, com o projeto Rua da Saudade, com a Amélia Muge e com o Fernando Tordo. Com todos eles tive experiências incríveis e toquei em lugares lindos. Finalmente a gravação do meu Cd “Varandas do Chiado” foi um outro passo marcante, com uns belos concertos, rumo ao futuro.
XM – Os artistas e projetos com quem participou ou ainda participa tais como Laurent Filipe, Quinteto de Ruben Alves, Jacinta, Amélia Muge, Joel Xavier, Fernando Tordo, Ala dos Namorados, Orquestra Chinesa de Macau, Jean Pierre Como, Mafalda Veiga, João Pedro Pais, Susana Félix, Projeto Rua da Saudade e Alexandre Diniz são como que um cartão-de-visita que dizem bem quanto à sua qualidade enquanto músico… Concorda?
Não sabemos se nos esquecemos de mencionar algum artista ou projeto… As suas participações resumem-se às gravações dos discos ou também deu ou dá continuidade a estes trabalhos participando nos concertos?
M.C. – Bem querem dizer que já estou no meio há muitos anos... Brincadeiras à parte, acho que estas colaborações são a demonstração de que sou uma pessoa com interesses musicais bastante amplos. Sobretudo com muitos destes artistas criei laços de amizade. Gravei com muitos deles e fiz muitos concertos, em outros casos, como com a Amélia Muge, o Joel Xavier, o Ruben Alves, o Jean Pierre Como ou o Eric Séva nunca cheguei a gravar, mas fiz uns belos concertos. A orquestra chinesa de Macau, acompanhou um concerto único do Grupo Ala dos Namorados. Ensaiámos uns 5 dias e depois veio o concerto, muito bonito. Mas normalmente depois da gravação do disco segue-se uma série de concertos e, na maioria das vezes, toco nestas atuações. Em outros países da Europa existe muito mais uma divisão entre músicos de estúdio e “live”. Aqui em Portugal isto não acontece sendo que o trabalho de um profissional da música divide-se entre estúdio e concertos. Gosto muito de gravar e tocar ao vivo, seja contrabaixo ou baixo elétrico.
XM – Paralelamente aos espetáculos e às gravações, acumula ainda a carreira docente pois leciona em vários estabelecimentos de ensino. Onde se encontra neste momento a lecionar? Quais as áreas que leciona?
M.C. – Atualmente ensino contrabaixo jazz na Universidade Lusíada de Lisboa, baixo eléctrico, contrabaixo, harmonia e treino auditivo na Escola de Jazz do Barreiro e baixo elétrico, contrabaixo e jazz combo na Escola de Jazz Luiz Villas-Boas em Lisboa. Continuo também a dar aulas particulares personalizadas em minha casa de baixo elétrico, contrabaixo, ear training, teoria musical e improvisação.
XM – Pode falar-nos um pouco do seu trabalho “Varandas do Chiado” editado pela Note Sonanti?
M.C. – “Varandas do Chiado” é o primeiro Cd em meu nome… São todas músicas originais minhas que foram compostas ao longo de vários anos, mas sempre pensando no momento no qual teria a possibilidade de gravar com os músicos que tinha na cabeça para este meu projeto. Esta possibilidade tornou-se realidade depois de ter falado com um amigo de longa data, o saxofonista, clarinetista e compositor Francesco Bearzatti. Francesco mora em Paris e é um dos mais requisitados músicos de jazz a nível europeu embora em Portugal seja pouco conhecido. É autor de projetos muito arrojados e de grande qualidade. Ele disponibilizou-se a gravar comigo e assim, depois ter pensado um pouco, falei com o João Paulo Esteves da Silva e com o Joel Silva, que eram os músicos que já tinha na cabeça por este projeto. Escrevi mais músicas novas e fomos gravar em Serpa em Setembro de 2011 na Musibéria, então dirigida pelo Laurent Filipe. Foram dois dias de gravação muito inspirados, com o Luís Delgado como engenheiro de som. O resultado foi exatamente o que eu estava a espera, aliás ficou até melhor, foi mágico e aconteceu naturalmente. Basicamente são canções, melodias que têm a ver com as minhas raízes, com Portugal e com todas as influências que mais me marcaram sob o ponto de vista musical. Encontrar uma editora não foi assim tão simples, mas depois muitos contactos, a Note Sonanti, uma jovem editora italiana com um pequeno mas seleto catálogo, publicou o Cd em Dezembro de 2012. O disco é distribuído só na Itália. Em Portugal está à venda na Trem Azul e no Ondajazz Restaurante Bar… Ainda não consegui colocá-lo nas Fnac mas os interessados podem enviar um e-mail para mim e posso enviar à cobrança ou é possível descarregar o Cd pelo itunes. O lançamento em Portugal foi na 11ª Festa do Jazz do Teatro São Luiz no dia 7 de Abril 2013, fiquei muito contente pela reação do público, foi uma sensação fantástica. Saíram algumas óptimas críticas, especialmente na Itália, onde porém sou praticamente desconhecido, pois quase todo o meu percurso profissional foi em Portugal. A ideia agora é fazer concertos na Europa, sei que não é fácil face à crise atual mas estou a trabalhar arduamente neste sentido.
XM – Com grande pena nossa a entrevista já está a terminar mas não poderíamos deixá-lo sem agradecer mais uma vez a amabilidade e sem lhe deixar dois desafios. O primeiro prende-se com um conselho ou alguns conselhos que queira deixar aos nossos jovens que agora iniciam o estudo do contrabaixo… Por fim gostaríamos que nos falasse dos seus projetos para o futuro.
M.C. – Sou eu que agradeço a possibilidade de deixar aqui o meu testemunho e quem sabe, talvez poder ter sido útil a jovens músicos que queiram vir a ser profissionais. O conselho que posso dar é ser persistentes e acreditar que podem chegar longe, obviamente é preciso trabalhar muito, com muita humildade e vontade de aprender. Isto pode ser aplicado a todos os jovens estudantes de música. Aos contrabaixistas e baixistas elétricos posso dizer que é sempre bom ter umas aulas para ter umas noções técnicas, tipo uso do arco para o contrabaixo ou posições da mão esquerda e direita, dedilhações básicas, harmonia básica etc. seja para contrabaixo ou para o baixo elétrico. Depois é preciso ouvir muita música e copiar nota a nota os mestres do instrumento, tendo em conta a história do instrumento. Para mim não faz sentido começar a tocar bebop sem ter estudado o swing, por exemplo, ou tocar a música do Jaco Pastorius sem ter passado pelo James Jamerson, Jerry Jemmott e Rocco Prestia. Para poder escrever o futuro é preciso conhecer o passado. Hoje temos acesso a tudo e na internet é possível encontrar vídeos históricos com os maiores mestres do passado e do presente grátis, coisa impensável nos meus tempos. Eventualmente hoje a dificuldade está em focar os tópicos realmente importantes e é por isso que existem os professores, para tentar guiar o estudante tentando perceber as necessidades individuais de cada um.
Os meus projetos futuros passam para fazer concertos de promoção do meu Cd “Varandas do Chiado” e talvez para o ano gravar a sequela do projeto; continuar a colaborar com o Laurent Filipe com o qual gosto muito de tocar e desde já quero lembrar que teremos dois concertos no Ondajazz Restaurante Bar nos dias 27 e 28 de Setembro. Depois gostaria de gravar um outro meu projeto que se chama “Cinema e Dintorni” que é baseado em arranjos meus de músicas escritas para o cinema por Nino Rota e Ennio Morricone entre outros, para o qual conto com a colaboração do Ricardo Pinheiro na guitarra e o Jorge Moníz na bateria. Fazer concertos com o “Pocket Trio”, um trio que toca temas originais e arranjos de “standards” do cancioneiro norte-americano, com o António Pinto na guitarra e o Alexandre Alves na bateria. Espero gravar o segundo Cd do promissor e virtuoso guitarrista João Luzio, que é num estilo mais rock. Gravei um Cd com um projeto muito interessante que se chama “Latitude Quatro” e é um belo trabalho de “world music” com violino, acordeão, guitarra acústica e contrabaixo. É um grupo internacional e vive desta bela mistura de culturas, espero seja editado em breve. Estou também a ter contactos para um novo projeto a nível internacional, mas como está ainda em fase inicial não posso desvendar muito mais que isso. Finalmente continuar com a minha atividade de “freelancer”, seja em estúdio ou ao vivo, sem descurar o doutoramento que ocupa uma boa parte do meu dia-a-dia e as aulas.
Espero ver-vos em breve num dos meus concertos para falar um pouco mais sobre música.
Discografia Selecionada: 2012: Massimo Cavalli, Varandas do Chiado, Note Sonanti. |
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