O XpressingMusic foi ao encontro de João Vila.
João Vila nasce a 29 de outubro de 1978 e dá início aos seus estudos musicais com 5 anos na escola de Música “O Maestro” na Mealhada, aprendendo instrumentos de tecla. Atualmente tem sido uma figura marcante na defesa da importância da educação musical como disciplina imprescindível no currículo do ensino básico. Têm sido várias as aparições públicas em programas de televisão, umas vezes enquanto docente e outras enquanto performer como foi no caso do último passatempo televisivo “Ás do Cavaquinho” no programa Portugal no Coração da RTP 1, onde alcançou o primeiro prémio. Os mais pequenos apelidaram-no carinhosamente de “Jota” e hoje já é assim que muitas pessoas o conhecem. Vamos então entrar nesta viagem entre o espectáculo e a performance…
XpressingMusic (XM) – João, queremos desde já agradecer a tua presença no XpressingMusic. Gostávamos de começar esta entrevista por te pedir uma breve descrição relativamente aos teus primeiros passos na música. Embora tenhas iniciado a tua aprendizagem pelos teclados, o cavaquinho foi estando sempre presente… Fala-nos um pouco destes tempos…
João Vila (J.V.) – Na altura, tal como agora, eu vivia em Santa Luzia, freguesias de Barcouço, Souselas e Casal Comba, entre Mealhada e Coimbra. Venho de uma família de músicos. Todos os meus tios tocavam: eram cerca de 11 irmãos e chegaram a ter um conjunto musical chamado “Irmãos Caria” e a minha mãe era uma excelente acordeonista, muito ligada a grupos folclóricos da Bairrada. Tocou acordeon em praticamente todos os grupos desde Souselas, Barcouço, Sargento Mor, Mala, Pisão mas ficou mais tempo no Grupo Regional da Pampilhosa do Botão em que, com este, fez uma serie de viagens pela Europa toda.
Sempre tive vontade de aprender música, sobretudo piano. A minha mãe queria acordeon mas eu nunca gostei muito daquilo. Como não havia piano comecei da maneira mais rudimentar, que era tocar teclado eletrónico que na altura se designava por órgão.
Embora vivesse rodeado de músicos como a minha mãe e os meus tios, estes não conseguiam ensinar-me pois tocavam de ouvido. Foi o meu pai que me inscreveu numa escola de música na Mealhada, com o Sr. Carlos Carvalhal. O ensino nessa escola não era o melhor, mas era o que havia, já que a outra alternativa seria estudar na banda Filarmónica de Barcouço mas aqueles instrumentos de sopro não me diziam nada.
Como a minha mãe tocava em grupos folclóricos, para a acompanhar nesses mesmos grupos eu comecei a tocar cavaquinho, pois segundo o que diziam seria o mais fácil. Mas o cavaquinho é bem mais difícil do que se pensa.
Comecei a ter aulas com um senhor de Souselas, o Sr. José Calisto, que tocava muito bem viola e cantava muito bem fados de Coimbra, etc. Embora a afinação não fosse a melhor, que era o Sol Sol Si Ré, era o que se usava. Praticamente ao mesmo tempo toquei no grupo de Cavaquinhos de Barcouço. Era um grupo muito bom mas infelizmente foi-se desmembrando ao longo do tempo.
Quando os meus pais me ofereceram uma aparelhagem, comprei uma serie de álbuns em Vinil do Júlio Pereira, o Cádoi, o Cavaquinho e o Braguesa ainda nos anos 80, e reparava que a técnica dele não tinha nada a ver com a minha. Tentei modestamente aprender a técnica dele, mas sempre com muita dificuldade. Mudei a técnica da mão direita várias vezes, mas sobretudo a afinação que eu usava na altura é que me criava obstáculos para poder evoluir. Assim que mudei radicalmente a afinação, melhorei a técnica do rasgueado, ponteado e varejo, as técnicas fundamentais do cavaquinho.
Percorri com a minha mãe o país todo, só não fui ao Algarve (aliás nem nunca lá fui ainda) e toquei no festival de Odorn na Holanda, que adorei. Na altura já era um festival do tipo “Músicas do Mundo” e estamos a falar de 1989.
XM – Mais tarde, estudas Piano e aparecem na tua vida nomes como Fernanda Casais, César Nogueira e Rui Paulo. Consideras-te muito influenciado naquilo que hoje produzes por estes três professores?
J.V. – Embora tenha estudado com estes três professores, sempre toquei piano muito à minha maneira: ouvia discos e tentava tirar as músicas. Nunca tive uma abordagem muito clássica do piano apesar de ser conotado como tendo uma técnica e execução muito clássica.
Estudava piano, mas dedicava muito tempo aos Sintetizadores. Ainda hoje tenho a mania da música eletrónica, já que até tenho um Moog original que era do conjunto dos meus tios. Gosto muito de teclados analógicos e ter um Moog é ter um Vintage. Mas não gosto muito de Sintetizadores Virtuais.
Também toquei piano no Restaurante do meu pai durante 4 anos que já encerrou há algum tempo: o http://juliavilas.blogspot.pt/. Fazia música ambiente e ainda hoje o faço em muitos hotéis quando sou solicitado. Enfim, gosto muito de tocar piano muito mais pelo prazer do que pela técnica e uso muito o teclado nas minhas aulas de música, tanto nas AEC´s como nas IPSS´s.
XM – O fascínio pela Guitarra Portuguesa fica evidente quando entras para o Conservatório de Música de Coimbra. Quais as classes pelas quais passaste?
J.V. – No Conservatório passei pelas classes todas, pois fiz todas as disciplinas. Tenho o Diploma do Conservatório de Música de Coimbra.
Eu gostava de ouvir guitarra portuguesa, sobretudo o Carlos Paredes. Mas a minha mãe conhecia grandes nomes da Guitarra de Coimbra como António Portugal, António Brojo, Fernando Monteiro, Francisco Filipe Martins, António Ralha e Jorge Gomes e os Violas Aurélio dos Reis, Luís Filipe Roxo e Manuel Dourado. Embora fosse muito miúdo assisti a grandes momentos de convívio com estes instrumentistas em que a minha mãe pegava sempre no acordeon e tocava. Achava um instrumento difícil, mas com um som muito fascinante.
Mais tarde abriu o curso de Guitarra Portuguesa e Bandolim no Conservatório de Música de Coimbra com o Professor Paulo Soares, mais conhecido por Jójó. O Conservatório de Música de Coimbra foi o primeiro Conservatório do país a ter estes dois cursos. Também foi o meu pai que me avisou dessa abertura. Na altura eu tocava muito bem bandolim (mais uma vez coisas do Júlio Pereira), tinha uma guitarra de Coimbra mas não sabia tocar nada. No entanto concorri aos dois instrumentos e incrivelmente entrei no Curso de Guitarra Portuguesa a tocar a Dança Palaciana de Carlos Paredes no Bandolim. Este episódio ainda hoje é comentado no conservatório pelas pessoas que estavam no júri e, tendo isto em conta, fiz todo o curso com muito sacrifício. Consegui terminar, pois o curso são 8 anos com Formação Musical, Guitarra portuguesa, Classe Conjunto, Análise e Técnicas de composição, História da Música e Acústica, o que não é nada fácil, é uma prova de resistência e persistência quando, sobretudo, temos que conciliar com outras coisas. É preciso gostar muito.
Também quero deixar uma palavra de apreço ao professor José Paulo com que quem trabalhei guitarra portuguesa no Conservatório de Música de Coimbra.
XM – Depois do João Vila performer aparece o docente. O que te levou a optar pela Escola Superior de Educação de Coimbra e pelo curso de Professores de Educação Musical do Ensino Básico?
J.V. – Era uma Escola de Coimbra, o que me permitia estar perto de casa junto dos meus e do meu instrumento: a Guitarra de Coimbra. O curso era considerado um dos melhores, com professores muito competentes e com disciplinas como História da Música, Didática, Prática Pedagógica e Música e Necessidades Educativas Especiais, entre outras que ainda hoje me são muito úteis. Também os 4 anos de estágio são muito importantes pois temos, logo de início, um contacto muito direto com o mundo do trabalho.
E também entre 2000 e 2004 dou aulas de música no Jardim de Infância Dra. Odete Isabel em Barcouço a convite do Sr. José Calhoa. Embora andasse no Conservatório, ainda não era licenciado ou profissionalizado e a ESEC correspondia por inteiro às minhas pretensões.
Para além de estar neste momento a concluir Mestrado na mesma instituição tenho muito orgulho na Escola Superior de Educação de Coimbra.
XM – Sabemos que já fizeste parte da Secção de Fado da Associação Académica de Coimbra e do Gefac. Como foram estas experiências?
J.V. – Considero muito enriquecedor pois aqui o ensino é não formal, é ensinado por ouvido, pela troca de experiências, fazem-se muitos amigos, sentimentos muito importantes que levamos para a vida toda, mesmo que, por razões académicas ou profissionais, as pessoas se separem “....segredos desta cidade, levo-as comigo pra vida.”
O Gefac faz há mais de 50 anos um trabalho muito digno na preservação da música e cultura tradicional portuguesa e a Secção de Fado da Associação Académica de Coimbra há mais de 30 anos que é uma referência na Guitarra de Coimbra, logo era incontornável eu passar por lá.
XM – Amadeu Magalhães e Jorge Gomes são outros dois nomes que passaram pela tua vida. Em que contexto apareceram?
J.V. – O Amadeu Magalhães porque é sem dúvida o melhor executante de instrumentos tradicionais portugueses, ajudou-me muito no cavaquinho, na gaita-de-foles e também na concertina. É um excelente multi-instrumentista.
O Jorge Gomes porque eu queria muito aprender o repertório de Artur Paredes, já que sabia muito repertório de Carlos Paredes, sentia a necessidade de tocar as variações do Artur Paredes que ainda hoje as acho fantásticas. Artur Paredes é claramente um marco na Guitarra de Coimbra, e o Jorge Gomes sabe todas as peças dele na perfeição.
XM – O facto de dominares instrumentos como Piano, Bateria, Gaita-de-foles, Bandolim, Guitarra de Coimbra, Braguesa, Cavaquinho, Flautas, viola baixo, Acordeon, concertina, harmónium, entre outros, faz com que sejas encarado como o homem dos 7 instrumentos ao quadrado? Isto faz com que sejas muito versátil… Encaras tudo isto como uma vantagem?
J.V. – Sim é uma vantagem pois permite-me fazer música ao vivo com os alunos nas minhas aulas, tanto nas AEC´s como nas IPSS, e não necessito de recorrer a playbacks instrumentais. As aulas são dinâmicas e variadas e não importa o estilo ou género musical, é sempre uma mais-valia, o que permite uma aproximação aos alunos seja qual for a idade deles.
O facto de tocares um instrumento ao vivo, nem que seja na sala de aula, provoca sempre um efeito de encantamento nos alunos, é muito importante para mim e para os alunos e até mesmo para a comunidade escolar e fora desta mesma comunidade.
XM – Como surgiu a figura do professor Jota em 2006?
J.V. – Quando estava a fazer estágio de Prática pedagógica na ESEC no 1.º Ciclo, simultaneamente tinha uma turma na EB1 da Vacariça no contexto das AEC´s da Mealhada. Então decido usar essa turma como aula tipo para me preparar para a aula de Estágio de Prática Pedagógica da ESEC. As aulas estavam a correr muito bem e há um aluno chamado Diogo que disse: “ó professor as suas aulas são muita fixes, mas temos de mudar o seu nome, podemos chamar-lhe professor Jota??”, e eu disse sim. A turma imediatamente começou a gritar “Professor Jota”. Bom, isto rapidamente espalha-se para a escola do Luso, desta para a Pampilhosa, Mealhada, enfim, os miúdos começaram todos a tratar-me por Jota, os pais, os avós, sei lá quem mais.
Na altura criou alguma estranheza junto dos professores, mas não me importei nada pois as aulas corriam muito bem e funcionavam. Os alunos pareciam fascinados com a figura e comecei mesmo a adotar esse nome, ao ponto de cinco anos mais tarde, a 21 de Junho de 2012, contar este mesmo episódio na RTP2, no programa “Sociedade Civil” com a apresentadora Fernanda Freitas.
Hoje, como ensino música em Pré-escolar em IPSS´s, noto que as crianças reagem muito bem ao nome Professor Jota, é mais fácil de dizer e ao longo do tempo tenho explorado uma abordagem muito mais pessoal em termos de didática musical, mesmo que no início muito inspirado em pedagogos de referência ao longo destes anos. Tenho sido mais original, as letras são minhas, as músicas são minhas, é tudo muito mais pessoal e pretendo melhorar ainda mais pois neste momento é indissociável a figura do “Professor Jota”.
XM – A 20 de Dezembro de 2012 vences o passatempo “Ás do Cavaquinho” da RTP do programa Portugal no Coração. Consideras que foi o merecido reconhecimento de uma carreira na qual te tens vindo a empenhar com todas as tuas forças?
J.V. – Sempre tentei ligar o facto de tocar cavaquinho ao facto de ser professor de educação musical. O verdadeiro reconhecimento é sentir que as pessoas se emocionaram com o meu percurso no passatempo, se mobilizaram em torno de mim e acham mesmo que a minha vitória é também a delas e não só minha, pois a vitória dependia da votação.
Mas este percurso no passatempo “Ás do Cavaquinho” do programa Portugal no Coração, tal como tinha sido no programa “Sociedade Civil” da RTP2, dá-me uma enorme responsabilidade perante o meu trabalho e a sociedade, mas sobretudo a consciência que ainda tenho muito mais para trabalhar daqui para a frente.
XM – Atualmente trabalhas na CM da Mealhada e em algumas Instituições Particulares de Solidariedade Social. A tua atividade docente tem uma abrangência dos 8 aos 80?
J.V. – Como pode ser comprovado vai desde o Pré-escolar até à“4.ª Idade”… sim, tem essa abrangência, já que no Centro Social Nossa Senhora do Ó em Aguim e na Santa Casa da Misericórdia de Anadia trabalho também com idosos, e basta tocar acordeon, concertina, cavaquinho ou gaita-de-foles, as aulas ou os ensaios correm muito melhor.
XM – Como vês o estado da Educação Musical em Portugal atualmente?
J.V. – Vejo com alguma preocupação. Apesar de tudo o que digam do ensino da música nas AEC´s estas foram uma democratização da música em Portugal no Ensino Básico. Até então não existia nada. Espero bem que não tenha sido mais uma oportunidade perdida, pois as aulas são vistas como disciplinas menores, o que interessa é entreter os meninos, com professores muito mal pagos e sem condições (os instrumentos que eu uso são meus). Eu assumo que o professor Jota é um produto das AEC´s e penso que assim é que a música deveria ser ensinada: de forma lúdica mas aprendendo e que não seja só os alunos estarem lá por estar. Só lamento profundamente que, apesar de todo o sucesso mediático, quer como docente, quer como músico, o professor Jota não seja ouvido e seguido por quem de direito que continua a desvalorizar o que eu faço. Mas seja como for eu vou continuar a trabalhar.
Também é muito importante que as IPSS´s sejam muito mais apoiadas, pois muitas delas suportam a música de forma gratuita para os pais e, dado o seu cariz e pela situação social que o país atravessa, deparam-se com muitas dificuldades.
Felizmente as três IPSS´s em que trabalho: Misericórdia de Anadia, Misericórdia da Mealhada e Centro Social Nossa Senhora do Ó em Aguim apoiam muito as atividades culturais o que, sei perfeitamente, não é fácil para estas.
E ainda era muito mais importante o ensino da Música no 3.º Ciclo do Ensino Básico pois há anos que as escolas do 3.º Ciclo continuam com as mesmas disciplinas de sempre.
Quando vemos um João Ramalheiro, licenciado pela ESEC, ser considerado o Melhor Professor de Música do Mundo, sabemos que temos pessoas muito competentes a sair das nossas Instituições do Ensino Superior Público.
Já para não falar de uma maior dignificação dos Conservatórios de Música e do seu cariz de Escola Pública, mas também a abertura aos instrumentos ditos tradicionais ou não convencionais pois têm uma riqueza ligada ao nosso país e à nossa tradição.
No contexto atual da estrutura curricular que foi concretizado no ensino básico português pelo ME, através do decreto-lei nº 139/2012 de 5 de Julho, desapareceu a disciplina de música no 9.º ano de escolaridade, para além da redução significativa do tempo que lhe era anteriormente atribuído no 7.º e no 8.º ano. Como pode ser visto, o Ensino Artístico para todos os estudantes do ensino básico que era semelhante a mais de 7 ou 8 países europeus, com esta medida foi desviada deliberadamente a valorização da “arte dos sons”.
XM – De todas as experiências que tens vivenciado enquanto músico e docente, quais os maiores ensinamentos que retiraste? Podes partilhar com os nossos leitores alguns conselhos, algumas pistas para o sucesso no campo da educação musical?
J.V. – Como docentes sejam irreverentes, arrisquem. O que aprendi é que as coisas feitas por nós são sempre as melhores, deixei de comprar tudo feito e nas aulas o material é sobretudo criado por mim. Também é importante uma boa relação com a comunidade escolar e regional, sinto que sou muito acarinhado onde quer que vá e isso é o melhor prémio que posso ter, superior a qualquer salário que me possam dar, este é o espirito do Professor Jota.
Como músico ainda tenho muito que aprender e mostrar, estou a experimentar muito. Mas penso que, mais do que tocar ou ser virtuoso, o importante é mostrar que o que fazemos é sentido e apaixonado e deve ser genuíno, e isso é o mais difícil. Devemos ser tratados com respeito e acabar com preconceitos ridículos, pois hoje um músico é um técnico altamente especializado. Também precisamos do público, pois este é o nosso “alimento” e deve ter acesso a todo o tipo de música. Por isso é que eu digo que quanto melhor músico for, melhor professor de música serei.
XM – João, muito obrigado por teres aceitado o nosso convite. Terminamos esta entrevista perguntando-te se tens alguns planos para os tempos mais próximos… há novos projetos na “calha”?
J.V. – Neste momento a prioridade é terminar o Mestrado na Escola Superior de Educação de Coimbra, orientado pela Dra. Maria do Amparo Carvas Monteiro.
Existem muitos mais que para já posso adiantar que passam pela internet, que é uma ferramenta importante. Estou a reunir esforços para ter um site e ligações permanentes às redes sociais para difundir o meu trabalho, quer como docente, quer como músico e também estou a preparar um novo concerto no Teatro Messias na Mealhada.
Sobretudo quero fazer o que gosto e ser feliz como qualquer outra pessoa. Estar junto de quem me apoia e nunca me abandonou que, felizmente foram poucos, muito poucos e perpetuar o legado que me foi dado por via hereditária para todo o sempre.
Obrigado eu do fundo do coração pela oportunidade concedida e continuação de um excelente trabalho do Xpressingmusic em torno da divulgação da música portuguesa e do seu ensino.
JV
http://www.facebook.com/jota.joaovila.musica
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