Mosteiro de Grijó acolhe Homenagem a Joaquim Simões da Hora

Organista, professor e produtor do século XX, Joaquim Simões da Hora, será homenageado num concerto promovido pela Câmara Municipal de Gaia. O concerto será protagonizado pelos organistas João Vaz e Rui Paiva. A apresentação será de Rui Vieira Nery.

joaquim simoes da hora grijo

O município de Gaia presta homenagem a um dos seus mais ilustres conterrâneos

O Mosteiro de Grijó recebe no dia 18 de junho, pelas 15:30, o concerto de homenagem a Joaquim Simões da Hora. Protagonizarão este concerto os organistas João Vaz e Rui Paiva. A apresentação será da responsabilidade de Rui Vieira Nery. A entrada é livre.

Joaquim Simões da Hora

Joaquim Simões da Hora (1941-1996) destacou-se durante o último quartel do século XX como o maior intérprete português de Música Antiga ibérica para órgão. Neste domínio estendeu também as suas qualidades de grande intérprete em diversos países europeus e até nos Estados Unidos da América. Inserido na corrente da “nova” Música Antiga que surgiu na segunda metade do século XX, faz parte de uma geração de intérpretes que assentam as suas interpretações em técnicas e instrumentos históricos, tais como Jordi Savall, Ton Koopman ou José Luís Uriol. As suas interpretações encontram-se registadas em quatro álbuns que demonstram as suas grandes capacidades como intérprete.

A atividade profissional de Joaquim Simões da Hora estendeu-se também ao domínio da pedagogia, onde constituiu uma reformulação da classe de órgão do Conservatório Nacional, no qual foi professor entre 1977 e 1995.

Para além das atividades de intérprete e pedagogo, desenvolveu ao longo de toda a sua carreira um profundo trabalho na divulgação do património musical nacional, sobretudo organístico, bem como na produção e supervisão musical de grande parte das edições de música erudita feitas em Portugal nas três últimas décadas do século XX.

Em 1995, a 10 de junho, nas comemorações do “Dia de Portugal”, condecorado pelo Presidente da República Mário Soares com o título de “Comendador da Ordem do Infante Dão Henrique” como exaltação de mérito pelos serviços prestados ao país e pela “art de bien fáire”.

Simões da Hora deixou o mundo dos mortais em Abril de 1996. No entanto, permanece como um dos grandes organistas da nossa história recente. O seu legado repercute-se no impulso que deu ao despoletar de novos intérpretes de Música Antiga para órgão, nos seus registos fonográficos e numa nova dinamização de vida musical organística em Portugal desde meados da década de 90, através da criação sistemática de festivais de música para órgão.

Tiago Hora

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