Joaquim Simões da Hora | 20 anos passaram desde o prematuro falecimento

Simões da Hora morreu a 1 de abril de 1996. No dia 2 de maio de 2016 faria 75 anos. Durante o último quartel do século XX destacou-se como o maior intérprete português de Música Antiga ibérica para órgão.

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Simões da Hora o maior intérprete português de Música Antiga ibérica para órgão

Tiago Manuel da Hora, musicólogo e investigador da Universidade Nova de Lisboa, apresentou no dia 10 de abril de 2015 a obra “Joaquim Simões da Hora: Intérprete, Pedagogo e Divulgador”. A publicação tem o selo do Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical da Universidade Nova de Lisboa e das Edições Colibri e resulta de um estudo de caráter historiográfico. Na apresentação da mesma estiveram presentes os musicólogos David Cranmer e Rui Vieira Nery. A obra que traça o perfil de uma das personalidades mais marcantes da vida musical portuguesa da segunda metade do século XX é pertinente e constitui-se como um documento relevante numa altura que se completam 20 anos da morte de Joaquim Simões da Hora.

Joaquim Simões da Hora (1941-1996) e o protagonismo alcançado essencialmente nos finais do Século XX

Distinto intérprete da Música Antiga ibérica para órgão, Simões da Hora foi um pedagogo singular e um grande entusiasta da divulgação e produção discográfica de música erudita em Portugal.

Passaram 20 anos após o falecimento prematuro deste músico que a 2 de maio completaria 75 anos.

Ganhou maior protagonismo nos finais do século XX como o maior intérprete português de Música Antiga ibérica para órgão. Ainda neste contexto levou os seus predicados de exímio intérprete pela Europa e até aos Estados Unidos da América.

Joaquim Simões da Hora fez parte da linha que defendia na segunda metade do século XX a “nova” Música Antiga, integrando uma geração de intérpretes que apoiam as suas interpretações em técnicas e instrumentos históricos, tais como Jordi Savall, Ton Koopman ou José Luís Uriol. As suas interpretações estão gravadas em quatro discos.

Simões da Hora: pedagogia e divulgação. Uma missão.

Protagonizou uma reformulação da classe de órgão do Conservatório Nacional onde foi lecionou entre 1977 e 1995. Também desenvolveu ao longo da sua carreira um minucioso e reconhecido trabalho na divulgação do património musical nacional, sobretudo organístico. A tudo isto junta-se ainda o trabalho desenvolvido na produção e supervisão musical de grande parte das edições de música erudita realizadas em Portugal nos últimos 30 anos do século XX.

Condecorado com o título de “Comendador da Ordem do Infante D. Henrique”

No 10 de junho de 1995, Mário Soares, então presidente da república, condecorou Simões da Hora atribuindo-lhe o título de “Comendador da Ordem do Infante D. Henrique”. Este foi um dos reconhecimentos, visíveis, pelo mérito dos serviços prestados ao país e pela “art de bien fáire”.

Em abril de 1996 morreu deixando um lugar insubstituível entre os grandes organistas da história mais recente. Ficou um legado evidenciado no impulso que deu ao aparecimento de novos intérpretes de Música Antiga para órgão, nas suas gravações fonográficos e numa nova dinamização da vida musical organística em Portugal desde meados da década de 90, através da criação sistemática de festivais de música para órgão.

BATALHAS & MEIOS REGISTOS | CD | Joaquim Simões da Hora

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