ENSEMBLE ARS IBERICA apresenta: “MÚSICA PARA FLAUTA NO TEMPO DE D. MARIA I”
(LISBOA, 1734 – RIO DE JANEIRO, 1816)
THE ENSEMBLE ARS IBERICA presents: "MUSIC FOR FLUTE AT THE TIME OF D. MARIA I"
O ENSEMBLE ARS IBERICA dedica parte do seu repertório ao estudo e interpretação da música ibérica e suas relações com a América do Sul. O Ensemble Ars Iberica faz a ponte histórica entre Espanha, Portugal e Brasil, na transição do séc. XVIII para o Séc. XIX. A investigação musicológica leva-nos à performance histórica de obras de Avondano, Rodil, Jommelli e Pla. Este programa foi apresentado pela primeira vez a quatro de dezembro de 2013 no Auditório de S. Francisco integrado no XVII Festival de Música Antiga de UBEDA e BAEZA, Espanha.
The Ensemble Ars Iberica dedicates part of its repertoire to the study and interpretation of Iberian Music and its relationship to South America. The Ensemble Ars Iberica makes a historical bridge between Spain, Portugal, and Brazil in the transition from the 18th century to the 19th century. The musicological investigation takes them to historically informed performance of works by Avondano, Rodil, Jommellli, and Pla. This programme was presented for the first time on 4 December 2013 at the San Francsico Auditorium as part of the XVII Early Music Festival of UBEDA and BAEZA, Spain.
O ENSEMBLE ARS IBERICA é formado por Olavo Tengner Barros, Alexandre Alberto Andrade e por Sofia Nereida Pinto.
The Ensemble Ars Iberica is constituted by members Olavo Tengner Barros, Alexandre Alberto Andrade and Sofia Nereida Pinto.
Lisbon Menuets - PA. Avondano
Sonata Jommelli
OLAVO TENGNER BARROS Diplomou-se em flauta transversal (diploma de solista – U.M.), em 1992, na Academia Superior de Artes Constantijn Huygens, em Zwolle (Holanda), na classe do professor Jorge Caryevschi. Como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, estudou com Abbie de Quant e Marten Root (traverso) no Conservatório de Utrecht. Foi aluno do Conservatório de Música do Porto, onde se diplomou, com distinção, em 1985, na classe do professor Eduardo Lucena. Participou em masterclasses com Pierre-Yves Artaud, David Reichenberg, Philippe Suzanne, Wilbert Hazelzet , Marc Hantai e Enrico Onofri. Obteve, em 1988, o 1º prémio - nível superior do Concurso da Juventude Musical Portuguesa. Em 1984, obteve o 1º prémio do Concurso de Música de Braga, assim como o Prémio Engº António Almeida, no Porto. Atuou como solista com a Orquestra Gulbenkian, Orquestra RDP Porto e Filarmonia das Beiras. Foi flautista principal da Orquestra do Norte. É membro dos grupos "Música Nova", "Músicos do Tejo" e "Flores de Música" É membro fundador dos grupos: "Contraverso", D'Amore" e "Portogalante". Dirigiu masterclasses em várias escolas do país. Atualmente, leciona flauta transversal no Conservatório de Música do Porto e na Escola Superior de Música de Lisboa. É professor de traverso no Curso de Música Antiga da ESMAE.
ALEXANDRE ALBERTO ANDRADE é professor auxiliar do I.S.E.I.T-Viseu, Instituto Piaget (Portugal), e professor Convidado da Universidade Federal de Alagoas e Universidade Federal da Bahia (Brasil). É Licenciado em Ensino de Flauta Transversal (Universidade de Aveiro) em 1995, na casse de Pedro Couto Soares, realizou o Mestrado em Performance na Irlanda (Waterford Institute of Technology) em 1997, tendo estudado música antiga com Rachel Brown. Doutorou-se em Música (Universidade de Aveiro) em 2005, dedicando a sua tese A PRESENÇA DA FLAUTA TRAVERSA EM PORTUGAL DE 1750 A 1850, seu repertório e performance do traverso na 2ª metade do séc. XVIII e 1ª metade do séc. XIX. É professor de flauta no Conservatório de Música da JOBRA (Albergaria). É investigador membro da Sociedade Portuguesa de Investigação em Música e interprete de traverso. Desde 2007, é instrumentista e diretor musical da Orquestra de Câmara Piaget Viseu. Atualmente, está a realizar o seu projeto de Pós-Doutoramento "Música Portuguesa para flauta na transição do séc. XVIII/XIX" na Universidade de Aveiro. Em novembro de 2013, no âmbito do programa Erasmus realizou uma master classe e seminário no Real Conservatório Superior de Música de Madrid para as classes de Traverso e Flauta Moderna.
SOFIA NEREIDA PINTO Tem o grau de licenciatura em Música Antiga – Cravo, pela Escola Superior de Música e das Artes do Espetáculo (ESMAE), Porto, e frequenta o mestrado em Ensino da Música na Escola superior de Música de Lisboa (ESML). Leciona no Conservatório de Música do Porto e na Academia de Música da Póvoa de Varzim, tendo também já lecionado na ESMAE, na Escola Profissional de Viana do Castelo, na Academia de Música de Viana do Castelo e na Academia de Música Guilhermina Suggia/Fundação dos Amigos das Crianças no Porto. A convite do Serviço Educativo da Casa da Música, no Porto, concebeu e dirigiu os espetáculos "O Que é a Música Antiga?" e "Viva, Vivaldi" que apresentou em Fevereiro e Novembro de 2012, e em Fevereiro de 2013 respetivamente na referida Casa. Em 2009/2010 fez o V Curso de Formação de Animadores Musicais na Casa da Música, com Tim Steiner, Sam Mason, Paul Griffiths e Oren Marshall, entre outros. Em 2010 fundou o grupo de fusão de Música Antiga e Tradicional Ela uma Vez e em 2005 fundou, juntamente com Tiago Simas Freire e Hugo Sanches, o agrupamento Officina da Música com quem se apresentou em Portugal (Festival da Primavera de Viseu, Festival de Música Antiga de Loulé, etc) e na Holanda (Fringe Festival de Música Antiga de Utrecht). Em 2009, apresentou-se com a violoncelista galega Isabel Figueiroa no Teatro Helena Sá e Costa. Em 2008, tocou a solo com os cravistas Ana Mafalda Castro e Lawrence Cummings e a Orquestra Barroca Casa da Música. Em 2007, apresentou-se em concerto na Fundação Calouste Gulbenkian, na XXVIII edição do Festival Internacional de Música da Póvoa de Varzim, nos Concertos Promenade do Coliseu do Porto. Tocou nas Folles Journées 2006 de Lisboa no CCB com a Orquestra de Música Antiga da ESMAE, nas atividades da inauguração da Casa da Música em 2005, e em concertos na Casa Bonjóia (Porto), Culturgest (Lisboa), Museu Nacional da Ajuda (Lisboa), Palácio Nacional de Queluz, entre outros. Em 2004, apresentou-se em concerto com o oboísta Isaac Duarte e com o fagotista Matthias Rázc, solistas da Orquestra de Zurique. Desde 2000 até ao presente ano, frequentou masterclasses com Gustav Leonhardt, Ketil Haugsand, Siebe Henstra, Miklos Spanyié e Lawrence Cummings. Em 2003, fez um período de estudos em Amesterdão onde foi aluna do cravista Richard Egarr. Foi também aluna de Viola da Gamba do professor Miguel Ivo Cruz. Paralelamente à atividade musical, é licenciada em História Moderna e Contemporânea, na variante Gestão e Animação de Bens Culturais, pelo ISCTE, Lisboa (1999-2003), tendo estudado em Portugal e na Holanda (ao abrigo do Programa Erasmus).
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PROGRAMA DE CONCERTO
PRIMEIRA PARTE
Nicolo Jommelli (1714-1774)
Sonata à tré con due flauto traverse e basso – nº 7 (1751)
Non Presto; Adagio; Allegro
António Rodil (c.1720-1787)
Duetto II per due flauti traversi (1774)
Allegro; Vivo
Juan Bautista Pla (c.1720-1773)
Sonata nº 2 en Ré Menor para dos flautas (o violines o oboe) y bajo (c.1770)
Allegro; Andante Largo; Allegro
SEGUNDA PARTE
Pedro António Avondano (1714-1788)
Trio nº 1 en Ré Maior (c.1766)
Allegro; Andante; Allegro
António Rodil (c.1720-1787)
Sonate nº 3 a solo per flauto traversiero e basso (c.1774)
Andante; Rondo Allegro
Carl Philipp Emanuel Bach (1714-1788)
12 Kline Stuke (1758)
Minuet I; Minuet II; Polonoise; Presto; Allegro; Allegro; Presto; Allegro; Allegretto; Allegro assai; Andantino; Andantino
NOTAS DE PROGRAMA
Programme Notes
O mote para este concerto é a música para flauta no tempo de D. Maria I (Lisboa, 1734 – Rio de Janeiro, 1816), em particular as últimas décadas de setecentos. Com a deslocação da família real para o Brasil, em 1808, o gosto e o requinte musical vivido na época também acompanhou a corte de D. João VI. Parte deste espólio musical praticado dentro da corte desde as últimas décadas de setecentos, foi vivenciado no Brasil na corte joanina, nas casas da alta aristocracia e ricos comerciantes. A comprovar esta prática musical temos as obras de Jommelli (1714-1774) e D. Perez (1711-1778) localizadas nos arquivos brasileiros.
The motto for this concert is the music for flute in the time of D. Maria I (Lisbon, 1734−Rio de Janeiro, 1816), in particular, during the last decades of the 1800's. With the displacement of the Royal Family to Brazil in 1808, the taste and the musical refinement that was lived in the epoch also accompanied the court of King John VI. Part of this musical archive practiced within the Court from the last decades of the 18th century was evidenced in Brazil in the Joanine Court, in the houses of high aristocracy and rich trades' people. To prove this musical practice, we have the works of Jommelli (1714-1774) and D. Perez (1711-1778) found in Brazilian archives.
Dedicando a sua escrita à flauta, Avondano filho do violinista genovês Pietro Giorgio Avondano estabelecido, em Lisboa, ao serviço da corte de D. João V, e Jommelli são duas referências desta influência italiana exercida no meio erudito da música portuguesa da segunda metade do séc. XVIII, agora aqui retratadas neste concerto, e complementado com as obras dos espanhóis António Pedro Rodil (c.1720-1788) e os irmãos Pla.
Dedicating his writing to the flute, Avondano, son of the Genoese violinist Peitro Giorgio Avondano, established in Lisbon, at the service of the court of D. John V, and Jommelli, are two references of this Italian influence exercised in the erudite environment of Portuguese music of the second half of the 18th century, now retraced here in this concert, and complemented with works by the of the Spanish Antonio Pedro Rodil (c.1720-1788) and the Pla brothers.
NICOLO JOMMELLI (1714-1774) - Compositor italiano, apesar de destacar-se na sua produção operática, deu sempre grande importância aos sopros na sua escrita. Assim, publicando em 1751, um conjunto de 7 sonatas para duas flautas e baixo continuo. D. José I, rei de Portugal, terá tentado convencer Jommelli a vir para Portugal, porém, apenas terá conseguido um acordo assinado em 1769, entre a coroa portuguesa e este compositor, visando a sua produção musical e as atividades da Real Orquestra de Câmara de Lisboa. Num estilo galant estas sonatas organizam-se em três andamentos. No caso caso da Sonata à tré con due flauto traverse e basso – nº 7 (1751) temos Non Presto, Agagio e Allegro.
NICOLO JOMMELLI (1714-1774) – Italian composer, in spite of being renowned for his operatic production, he always gave great importance to the winds in his compositions, thus, publishing in 1751, a series of 7 sonatas for 2 flutes and figured bass. D. José I, King of Portugal, will have tried to convince Jommelli to come to Portugal and this composer, seeking his musical production and activities at the Royal Chamber Orchestra of Lisbon. In gallant style, these sonatas are organized in three movements. In the case of Sonata à tré con due flauto traverse e basso – nº 7 (1751), we have "Non Presto", "Adagio", and "Allegro."
ANTÓNIO RODIL (C.1720-1787) – As fontes localizadas que abordam o percurso musical de Rodil, são referentes à sua atividade musical na Real Orquestra de Câmara de Lisboa, de D. José I, rei de Portugal, o qual ingressou em 1765. De origem espanhola é reconhecido como virtuoso flautist e oboista, a partir dos seus concertos em Londres, em 1774. Depois de concluir a sua digressão por Inglaterra viria a fixar-se em definitico em Lisboa como 1º flauta da orquestra da casa real. Para além das suas Sei Sonata per Flauto Traversiero e Basso, Rodil compos Sei duetto per due flauti traverse, estas obras terão sido idealizadas para sue proprio uso, nos concertos que realizava e participava, como convidado de Avondano nos saraus musicais na Assembleia das Nações Estrangeiras, em Lisboa. Para este concerto propomos a Sonata nº 3 e Duetto nº 2 que se definem num estilo galant típico da época.
ANTÓNIO RODIL (C.1720-1787) – The sources found, which address the musical course of Rodil, are referring to his musical activity at the Royal Chamber Orchestra of Lisbon, of D. José I, King of Portugal, who began his reign in 1765. Of Spanish origin, he is recognized as a flute and oboe virtuoso, from his concertos in London in 1774. After concluding his tour in England, he would establish himself definitely in Lisbon as the 1st flutist of the Royal orchestra. Beyond his Sei Sonata per Flauto Traversiero e Basso, Rodil composed Sei duetto per due flauti traverse. These works will have been idealized for his own use in the concerts he realized and participated in as the invited of Avondano in the musical evenings of the Assembly of Foreign Nations in Lisbon. For this concert, we propose the Sonata no. 3 and Duetto no. 2, which are defined in the Galant style typical of the epoch.
JUAN BAUTISTA PLA (C.1720-1773) – De origem espanhola, Juan Bautista Pla é irmão de José Pla (1728-1762) famosos oboistas, foram importantes instrumentistas e compositores de música instrumental. Começaram as suas viagens ao estrangeiro desde a década de 1740, tendo passado pela primeira vez em Portugal, em 1747, em finais de 1751, Juan e José já se encontravam em Paris, e em 1753, em Londres onde actuaram em vários concertos organizados pelo violinista Passerini. Entre 1754-55 Juan esteve ao service da Orquestra do Duque de Wurttemberg a qual tinha como director musical Joemmlli. Devido à trajectoria conjunta deste dois instrumentistas, muitas das obras editadas foram mencionadas como dos irmãos Pla, não fazendo uma distinção entre qual dos dois será efectivamente o autor destas composições. Porém, no caso desta obra Sonata nº 2 en Ré Menor para dos flautas, publicada em 177o, tudo indica que será de Juan, uma vez queue José já teria falecido. O estilo e qualidade da obra dos Pla é algo irregular, a maioria das peças localizadas são para trios com baixo continuo; 2 oboés, 2 flautas (os Pla para além de bons oboistas também tocavam flauta, como era comum na época), 2 violinos, 2 pares de violas, oboe e violin, ou flauta e violino. Em finais de 1760, Juan regressa em definitivo a Lisboa e integra a Orquestra Real, talvez até sob recomendação de Jommelli, onde ficaria o resta da sua vida. Porém, a partir de 1773 o seu percurso é algo misterioso, e não existe informação documental.
JUAN BAUTISTA PLA (C.1720-1773) – Of Spanish origin, Juan Buatista Pla is the brother of José Pla (1728-1762), famous oboists who were very important instrumentalists and composers of instrumental music. They began their foreign travels from the decade of the 1740's, having passed for the first time in Portugal in 1747. At the end of 1751, Juan and José already were found in Paris, and in London in 1753, where they performed in various concertos organized by the violinist Passerini. Between 1754-1755, Juan was in service of the orchestra of the Duke of Wurttemberg, who had as musical director Jommelli. Given the trajectory together of these two instrumentalists, many of the works published were mentioned as by the Pla brothers, a distinction not being made between which of the two is actually the author of these compositions. However, in the case of this work, Sonata no. 2 in D Minor for two flutes, published in 1770, everything indicates that it is Juan, since that José had already died. The style and quality of the work of the Pla brother is something irregular. The majority of the pieces found are for trios with figured bass: 2 oboes, 2 flutes (the Pla brothers besides being good oboists also played flute, as was common at the time), 2 violins, 2 pairs of violas, oboe and violin or flute and violin. At the end of 1760, Juan returns definitively to Lisbon and enters the Royal orchestra, perhaps even at the recommendation of Jommelli, where he would stay the rest of his life. However, from 1773, his path is something mysterious and no documental information exists.
PEDRO ANTÓNIO AVONDANO (1714-1788) – trio nº 1 publicado por volta 1766, é uma obra escrita originalmente para dois violinos e baixo continuo (aqui proposta numa interpretação por flautas traversas) por Avondano, destacado violinista e compositor ao serviço da Real Orquestra de Câmara de Lisboa. Avondano foi um dos mais célebres compositores de música instrumental na segunda metade de setecentos, em Portugal. Em paralelo com a sua atividade artística, também era o principal responsável por dinamizar as noites em que reuniam os membros da colónia britânica na Assembleia das Nações Estrangeiras. Neste sentido, é provável que os Minuetos de Lisboa tenham sido escritos originalmente para este género de eventos, os quais se mantiveram em actividade regular até ao final do século. O flautista espanhol António Rodil (c.1730-1787), 1º flauta da Orquestra Real e colega de Avondano, a convite deste, participava com regularidade nestes saraus musicais. Em linhas gerais, este trio caracteriza-se por movimentos melódicos elegantes, frases simples, mas cativantes e de fácil percepção para o ouvinte.
Com a obra de C. P. E. BACH (1714-1788), uma vez que 2014 é celebrado a Ano Jubileu deste destacado compositor, pretende-se com a presença desta peça realizar uma mostra da sua valiosa obra para sopros.
PEDRO ANTÓNIO AVONDANO (1714-1788) – Trio no. 1, published around 1766, is a work written originally for two violins and figured bass (here proposed in an interpretation by transverse flutes) by Avondano, renowned violinist and composer in service of the Royal Chamber Orchestra of Lisbon. Avondano was one of the most celebrated composers of instrumental music in the second half of the 18th century in Portugal. Parallel to his artistic activity, he was also the main person responsible for organizing the evening events where the members of the British colony met at the Assembly of Foreign Nations. In this sense, it is probable that the "Lisbon Minuets" were written originally for this kind of event, of which there remained regular activity until the end of the century. The Spanish flutist, Antonio Rodil (c. 1730-1787), 1st flutist of the Royal orchestra and colleague of Avondano, at his invitation, regularly participated in these musical evenings. In general terms, this Trio is characterized by elegant melodic movements and simple phrases, yet captivating and easy for the listener to perceive.
With the work by C. P.E. BACH (1714-1788), since 2014 is celebrating a Jubilee year of this composer, it is intended by the presence of this piece to realize a sample of his valuable works for winds.