Britten: standards e raridades | Música coral a cappella de Benjamin Britten no CCB
O coro Voces Caelestes, sob a direção do maestro Sérgio Fontão, apresenta-se no Sábado, 3 de Maio, às 18h00, e no Domingo, 4 de Maio, às 15h00, no Centro Cultural de Belém, para interpretar música coral a cappella de Benjamin Britten
O coro Voces Caelestes, sob a direção do maestro Sérgio Fontão, apresenta-se no Sábado, 3 de Maio, às 18h00, e no Domingo, 4 de Maio, às 15h00, no Centro Cultural de Belém, para interpretar música coral a cappella de Benjamin Britten, um dos compositores mais marcantes do século XX.
Estes concertos estão integrados nos Dias da Música em Belém, que decorrem no CCB entre 2 e 4 de Maio.
Benjamin Britten (1913-1976) é uma das figuras mais importantes da música do século XX. Pianista, maestro e, sobretudo, compositor versátil, Britten encontrou na voz humana uma fonte de inspiração privilegiada, o que resultou num notável corpus de obras vocais, que inclui óperas, ciclos de canções e música coral. No âmbito das comemorações do centenário do nascimento do compositor, o coro Voces Caelestes apresenta um programa constituído exclusivamente por música coral a cappella de Britten, que inclui alguns dos trabalhos mais conhecidos do compositor inglês neste domínio, a par de obras mais raramente interpretadas, algumas das quais em estreia no nosso país.
As Voces Caelestes estrearam-se, com grande êxito, em 1997, na produção da ópera Platée, de Rameau, que assinalou a reinauguração do Jardim Botânico da Ajuda, em Lisboa. Dirigido desde o início por Sérgio Fontão, o grupo, que se tem distinguido pela grande qualidade das suas prestações, tem sido chamado a colaborar com maestros como Harry Christophers e Peter Schreier, entre outros.
Como diretor ou membro de diversos agrupamentos vocais e instrumentais, Sérgio Fontão tem desenvolvido uma intensa atividade, que se estende da música medieval à criação musical contemporânea. Este intenso labor tem-no levado a inúmeros pontos do País, mas também a Espanha, França, Bélgica, Holanda, Reino Unido, Áustria, Itália, Malta, Brasil, Argentina, Uruguai, EUA, Canadá, Turquia, Índia, Japão e China.


Sábado, 3 de Maio, às 18h00
Lisboa, Centro Cultural de Belém [Sala Luís de Freitas Branco]
Domingo, 4 de Maio, às 15h00
Lisboa, Centro Cultural de Belém [Pequeno Auditório]
Britten: standards e raridades
Música coral a cappella de Benjamin Britten
Benjamin Britten (1913-1976)
We are the darkness in the heat of the day
Choral Dances from "Gloriana"
1. Time
2. Concord
3. Time and Concord
4. Country Girls
5. Rustics and Fishermen
6. Final Dance of Homage
Five Flower Songs
1. To Daffodils
2. The Succession of the Four Sweet Months
3. Marsh Flowers
4. The Evening Primrose
5. Ballad of Green Broom
A Hymn to the Virgin
Hymn to Saint Cecilia
Chorale after an Old French Carol
A Shepherd's Carol
Voces Caelestes
Sérgio Fontão, direcção
Voces Caelestes
Voces Caelestes é um grupo vocal de constituição variável, de acordo com as exigências das obras a interpretar. Esta característica, aliada à vasta experiência dos cantores que o integram – que se estende da música medieval à criação musical contemporânea –, permite às Voces Caelestes abordar um extenso repertório.
Assim, desde a sua estreia, em Setembro de 1997, o grupo tem interpretado obras de Machaut, Ciconia, Lantins, Dufay, Josquin, Lasso, Victoria, Gesualdo, Monteverdi, Allegri, Buxtehude, Bach, Händel, Vivaldi, Scarlatti, Haydn, Schubert, Brahms, Debussy, Ravel, Franck, Grieg, Stanford, Lloyd Webber e Lopes-Graça, entre outros. Paralelamente, tem feito incursões esporádicas nos domínios da ópera e de outros espectáculos multidisciplinares, tendo participado nas produções de Platée (Rameau), Cenas do Fausto de Goethe (Schumann), A Flauta Mágica, As Bodas de Fígaro (Mozart), A Filha do Regimento (Donizetti), Sonho de uma Noite de Verão (Mendelssohn), Peter Pan (Bernstein) e Rigoletto (Verdi) encenadas por Tito Celestino da Costa e nos espectáculos Deus. Pátria. Revolução (Luís Bragança Gil/Luísa Costa Gomes), Crioulo - uma ópera cabo-verdiana (António Tavares/Vasco Martins) e Le Carnaval et la Folie (Destouches). A par do seu empenhamento na divulgação da música antiga portuguesa – traduzido, até agora, na apresentação de obras de Duarte Lobo, Filipe de Magalhães, Frei Manuel Cardoso, Estêvão Lopes Morago, Diogo Dias Melgaz, Francisco Martins, António Teixeira, Carlos Seixas, Francisco António de Almeida, João Rodrigues Esteves e Pedro António Avondano –, as Voces Caelestes têm dedicado especial atenção à música contemporânea. Neste âmbito, estrearam em Portugal as Street Songs, de Steve Martland, e apresentaram em estreia mundial obras de Alain Bioteau (Vat 69), Pedro Amaral (Os Jogadores de Xadrez) e Pedro Carneiro (... ni mots, ni signes...).
Este vasto repertório tem sido apresentado em diversos auditórios de Lisboa (Centro Cultural de Belém, Culturgest, Fundação Calouste Gulbenkian, Teatro Municipal de S. Luiz, Jardim Botânico e Palácio Nacional da Ajuda, Sé Patriarcal, Basílica dos Mártires, Igreja de S. Nicolau, Igreja de S. Roque, Igreja de S. Vicente de Fora e Convento do Beato), bem como noutras localidades (Cascais, Castelo Branco, Caxias, Coimbra, Évora, Fátima, Mértola, Óbidos, Portimão, Porto, Santarém, Santiago do Cacém, Setúbal, Sintra, Tavira), no âmbito de algumas das mais prestigiadas manifestações musicais (Terras sem Sombra - Festival de Música Sacra do Baixo Alentejo, Festival Internacional de Música de Coimbra, Primavera Musical - Festival Internacional de Música de Castelo Branco, Guimarães 2012 – Capital Europeia da Cultura, Jornadas Internacionais "Escola de Música da Sé de Évora", Comemorações dos 250 Anos do Nascimento da Cantora Luísa Todi, Música em S. Roque, Festival Internacional de Órgão de Lisboa, Festival Rota dos Monumentos, Festival das Artes). Em Agosto de 2006, as Voces Caelestes fizeram a sua estreia internacional, participando, com grande sucesso, no prestigiado Festival Internacional de Música Antiga de Daroca (Espanha). O grupo participou na gravação do CD de música sacra Alleluia, da soprano Teresa Cardoso de Menezes, e gravou para a RTP excertos do Te Deum de Frei José Marques e Silva.
As Voces Caelestes têm-se apresentado a cappella e em colaboração com instrumentistas como a cravista Ana Mafalda Castro, a harpista Stéphanie Manzo, a pianista Ana Telles, a contrabaixista Marta Vicente, os organistas António Duarte, António Esteireiro, David Paccetti, Isabel Albergaria, João Vaz, Margarida Oliveira, Rui Paiva e Sérgio Silva, os violoncelistas Paulo Gaio Lima e Miguel Ivo Cruz e os percussionistas Abel Cardoso, Pedro Carneiro e Jean-François Lézé, e agrupamentos como Camerata Academica Salzburg, Divino Sospiro, Orquestra de Câmara Portuguesa, Orquestra Metropolitana de Lisboa, orquestra barroca Capela Real, Orquestra Aldrabófona, Os Músicos do Tejo, Quarteto ArtZen, Segréis de Lisboa e Sete Lágrimas, sob a direcção dos maestros Pedro Amaral, Stephen Barlow, Martyn Brabbins, Luís Bragança Gil, Pedro Carneiro, Harry Christophers, Laurence Cummings, Christian Curnyn, Osvaldo Ferreira, Sérgio Fontão, Alexander Frey, Manuel Ivo Cruz, Marcos Magalhães, Massimo Mazzeo, Manuel Morais, Pedro Neves, Elio Orciuolo, Jean-Bernard Pommier, João Paulo Santos, Peter Schreier e Michael Zilm.
Sérgio Fontão
Sérgio Fontão iniciou os estudos musicais aos cinco anos de idade, sob a orientação de seu pai. Posteriormente, frequentou a Escola de Música Nossa Senhora do Cabo (Linda-a-Velha) e a Escola de Música do Conservatório Nacional (Lisboa), onde concluiu o curso de Canto, após estudos de Piano, Harpa e Percussão. Paralelamente, concluiu a licenciatura em Comunicação Social na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e o curso de Gestão das Artes no Centro de Formação do Centro Cultural de Belém. Actualmente, é mestrando em Direcção Coral na Escola Superior de Música de Lisboa.
Frequentou cursos de aperfeiçoamento em Canto com Jill Feldman, Marius van Altena, Max von Egmond, Peter Harvey e Tom Krause; em Música Antiga com Richard Gwilt, Ketil Haugsand, Peter Holtslag, Jonathan Manson, Owen Rees e Rainer Zipperling; em Direcção Coral com Luc Guilloré, Tõnu Kaljuste, David Lawrence, Julian Wilkins, Simon Halsey, André Thomas, Frieder Bernius, Georg Grün, Peter Broadbent, Colin Durrant e Jo McNally; e em Direcção de Orquestra com Robert Houlihan.
Como membro ou director de diversas formações vocais e instrumentais, realizou concertos em Portugal, Espanha, França, Bélgica, Holanda, Reino Unido, Áustria, Itália, Malta, Brasil, Argentina, Uruguai, México, EUA, Canadá, Turquia, Índia, Japão e China. Participou, também, em espectáculos de ópera e teatro e efectuou gravações para cinema, rádio, televisão e em disco, para as etiquetas Aria Music, Dinemec Classics, EMI Classics, Fnac Music, Milan, Movieplay Classics, Numérica, PentaTone, Philips, PortugalSom, Sole mio, Toccata Classics, Virgin Classics e Virgin Veritas.
Entre os diversos agrupamentos com os quais tem colaborado, contam-se o Coro Gulbenkian, Coro de Câmara de Lisboa, Vozes Alfonsinas e Coro do Teatro Nacional de São Carlos. Actualmente, além do grupo vocal Voces Caelestes, dirige, entre outros, o Coral Vértice (grupo vocal masculino fundado em 1974 por membros do Coro Gulbenkian). Lecciona as disciplinas de Técnicas de Direcção Coral e Instrumental e Educação Vocal, no âmbito da licenciatura em Música na Comunidade (Escola Superior de Educação de Lisboa/Escola Superior de Música de Lisboa).
Paralelamente ao seu trabalho como intérprete, tem desenvolvido actividade nas áreas do jornalismo, da comunicação institucional, da edição de música impressa e da gestão de projectos e instituições culturais. Entre outras actividades, foi colaborador do jornal A Capital, na área da música clássica; foi Assistente do Editor na Musicoteca – Edições de Música; desempenhou as funções de Coordenador Artístico-Organizativo da Orquestra Sinfónica Portuguesa e do Coro do Teatro Nacional de São Carlos; ocupou o cargo de Vice-Presidente do Conselho de Administração da Federação Internacional das Juventudes Musicais; foi membro do Comité do World Youth Choir (uma organização conjunta da Europa Cantat, da Federação Internacional para a Música Coral e da Federação Internacional das Juventudes Musicais); e ocupou o cargo de Secretário-Geral da Juventude Musical Portuguesa. Em 2007 foi membro da comissão de apreciação das candidaturas aos apoios financeiros a projectos pontuais atribuídos pela Direcção-Geral das Artes/Ministério da Cultura. Em 2008 e 2010 integrou o júri do Concurso Nacional de Música promovido pela Fundação INATEL. Foi o director artístico do ciclo Concertos à Conversa | Viagens no Tempo | Música Coral, que decorreu no Centro Cultural de Belém, em Janeiro e Fevereiro de 2011.
Para mais informações:
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http://vocescaelestes.blogspot.pt/