Apresentação do CD: Música nova para instrumentos antigos (I)
No próximo dia 17 de abril, pelas 18:30, será apresentado no Palácio Nacional de Queluz o CD “Música nova para instrumentos antigos (I)”. Entrada livre.
Música nova para instrumentos antigos (I) | Questões e respostas
A primeira questão poderá estar relacionada com os fatores diferenciadores entre os instrumentos históricos e os instrumentos atuais. Outra assentará no facto de nos podermos questionar se o repertório a interpretar em instrumentos históricos se deverá cingir a obras que foram criadas na respetiva época de construção desses mesmos instrumentos, e aos compositores que viveram nessa altura.
Ausência de repertório contemporâneo, de autores portugueses, dedicado a instrumentos como a flauta de bisel ou o pianoforte.
O facto de existir interesse por parte do público por interpretações em instrumentos históricos não invalidade que seja evidente a ausência de repertório contemporâneo, nomeadamente de autores portugueses, em programas de concertos e gravações que envolvam instrumentos como a flauta de bisel ou o pianoforte. Estes instrumentos conheceram o seu apogeu nos séculos XVIII e XIX, respetivamente.
«O projeto “Música nova para instrumentos antigos” aborda esta lacuna, demonstrando como podemos desconstruir e reinventar noções comuns acerca das limitações históricas e organológicas de alguns instrumentos».
Uma iniciativa com o apoio da Direcção-Geral das Artes
Da distinção e seleção desta ideia, a Direcção-Geral das Artes apoiou uma digressão de concertos comentados pelos próprios intérpretes, o Borealis Ensemble (António Carrilho em flautas de bisel, e Helena Marinho em pianoforte), e a gravação de dois CD’s, que contam também com o apoio da Universidade de Aveiro.
Uma edição MPMP, Movimento Patrimonial pela Música Portuguesa com apoio da Universidade de Aveiro
O primeiro CD «propõe um diálogo entre repertórios aparentemente díspares e de épocas distintas, e inclui obras dedicadas ao Borealis Ensemble, compostas por António Chagas Rosa, Pedro Junqueira Maia, Sara Carvalho e Vasco Negreiros».
Apresentação pública com entrada livre
“Música nova para instrumentos antigos (I)” será apresentado no Palácio Nacional de Queluz no próximo dia 17 de abril, pelas 18:30. Serão utilizados o piano moderno e o pianoforte histórico que pertence à coleção do palácio.
Neste dia celebrar-se-á também a união entre a Universidade de Aveiro e o MPMP, Movimento Patrimonial pela Música Portuguesa, da qual nasceu uma coleção discográfica em aberto para difundir e incentivar o trabalho criativo e de investigação de docentes e alunos em torno de compositores portugueses do passado e do presente.
PROGRAMA
Carl Czerny (1791-1857)
Prelúdio Op. 300, nº 110
Pedro Junqueira Maia (1971-)
DUPLUM my sweet old etcetera... [excerto]
Vasco Negreiros (1965-)
Suíte para flauta de bisel e cordas
Intrada
Siciliano
Gavotte
Sara Carvalho (1970-)
Prelude in Fugue
J. S. Bach (1685-1750)
“Sarabande” da Partita em lá menor, BWV 1013
António Chagas Rosa (1960-)
Paysages
Calmo
Maestoso
Lontano
Agitato
Recitando
Moderato
Borealis Ensemble
António Carrilho, flautas de bisel
Helena Marinho, pianoforte