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Maestro Titular da Orquestra Clássica do Sul, Rui Pinheiro fala-nos do seu trabalho neste novo contexto e de outras experiências que tem tido ao longo da sua carreira. Fica evidente que a sua passagem por Inglaterra deixou marcas profundas devido a uma imensidão de experiências aí vivenciadas ao lado de nomes como Peter Stark, Robin O'Neill, Jorma Panula, Colin Metters, Sir Roger Norrington, Esa-Pekka Salonen, Vladimir Jurowski, John Wilson e Martin Andre. Começou a sua carreira pelo piano sendo licenciado e pós-graduado neste instrumento mas atualmente a direção preenche na totalidade do tempo que dedica à música. Mas não se arrepende. Abraçar a direção a tempo inteiro é algo que o preenche e realiza profissionalmente. Aqui fica a entrevista realizada ao Maestro Rui Pinheiro.
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Baterista independente e autodidata, por volta dos seus quinze anos, sendo mais tarde aluno de Wagner Ribeiro de Carvalho e de Michael Lauren, Rui Rodrigues é membro cofundador dos Big Fat Mamma, dos Red House Blues Band e dos Pyroscaphe. O nosso entrevistado realizou diversos espetáculos em território nacional e também no estrangeiro, tendo marcado presença, não só em eventos musicais variados, mas também em espetáculos teatrais. Em Aveiro, Rui Rodrigues explicou-nos ainda em que medida o ritmo se pode constituir como elemento potenciador de coesão social.
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«“Tocando Portugal” traz ao público um vislumbre sobre Portugal, sobre a sua música, a sua paisagem e a sua gente, assim como o sentimento que caracteriza tão bem o português, a saudade. Tivemos a oportunidade de apresentar o espetáculo às comunidades portuguesas em cinco cidades brasileiras e em Estugarda (Alemanha), e a reação foi extremamente emotiva. A comoção do público face às imagens que recolhemos e à música - com alguns temas populares bem conhecidos e outros que não o são mas mereciam ser descobertos – deixou-nos sem palavras. Em Portugal, a emoção não foi menor, como se as pessoas sentissem saudades de onde estão, como se andássemos cegos no maravilhoso país em que vivemos e nos esquecêssemos de olhar tudo o que há de tão belo mesmo à porta de nossas casas. Quanto à nova digressão por África do Sul e Namíbia dentro de poucos dias, aguardamo-la com grande expectativa».
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A flautista Rute Fernandes aceitou o desafio do XpressingMusic para uma entrevista a mais de 2000 quilómetros de distância. A entrevista percorreu várias fases da sua vida, começando pelos tempos em que frequentou a ARTAVE. Também os tempos passados na Haute Ecole de Musique de Genève, na Musikhochschule Luzern e o lugar que ocupa de Flauta Solo e Flautim na Philharmonia Zürich não podiam escapar nesta “conversa” à distância. Quanto aos compositores que mais admira disse-nos: «Gosto muito de tocar Mahler, Strauss e recentemente comecei a descobrir o mundo da ópera, o qual adoro. Mozart, Puccini e Rossini estão entre os favoritos até agora (risos). Além disso, a música de câmara é uma das minhas prioridades atualmente, por isso todo o bom reportório é entusiasmante».
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O disco “Excuse me” sai a 18 de março e revelará mais um pouco sobre o Salvador Sobral. Leveza, clareza e uma mescla de influências onde está presente o jazz, o pop e a música da América Latina são alguns dos ingredientes que o músico diz estarem presentes neste disco. Com o Salvador, trabalhou «Uma equipa de amigos, em que cada um traz um pouco da sua personalidade para a minha música». É assim que o artista apresenta o Júlio Resende no piano, o André Rosinha no contrabaixo e o Bruno Pedroso na bateria. Relativamente aos próximos concertos foi com entusiasmo que o ouvimos enumerar as próximas datas. «(...) vamos começar já em abril, no dia 12 no Jardim de Inverno do São Luiz. (...) Depois faremos o Belém Art Fest em maio (dia 7), O Agitazz em Lousada no dia 28 de maio e temos também uma digressão já marcada para a Andaluzia no final de julho».
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O XpressingMusic foi ao encontro de Samuel Santos. O nosso entrevistado tem-se dedicado à investigação das influências ideológicas políticas nas sociedades corais orfeónicas no Porto da primeira metade do séc. XX, tema que defendeu para obtenção do Diploma de Estudos Avançados na Universidade de Santiago de Compostela em 2010. Encontra-se atualmente na etapa de tese de Doutoramento nesta Instituição. Licenciado em Educação Musical, é atualmente Diretor artístico dos Orfeões de Espinho e de Valadares e do Coral Vox Cantábile. Colabora a convite da Dr.ª Rosário Pestana da Universidade de Aveiro numa investigação para a FCT. Participa como autor de artigos académicos na área da música e regista várias participações em livros e artigos temáticos. Neste momento abraça um novo projeto. Falamos da Escola de Música Maestro Samuel Santos.
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A entrevista a Samuel Úria assentou numa viagem que partiu do disco atual “Carga de Ombro” e, recuando no tempo, chegou às suas vivências, influências e ao assumido inconformismo presente no seu ato criativo. «Não consigo entender outra predisposição para escrever uma música que não parta do inconformismo. E não falo só de canções de protesto, de sermões cantados, de lamentos musicais ou de estrebuchares ruidosos “contra o sistema”. As próprias canções de celebração ou agradecimento partem do meu inconformismo, nem que seja aquela comichão de me sentir ingrato por não estar a celebrar ou a agradecer o que devo».
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Filha de músico, Sandra Correia, natural de Fornos, Santa Maria da Feira, irá dizer-nos nas próximas linhas como a música entrou na sua vida e, mais especificamente, como elegeu o fado como profissão. Sandra Correia é conhecida por ser portadora de uma presença marcante em palco e de uma voz forte que robustece os sentimentos e emoções que nos canta. Tem cantado em Portugal e no estrangeiro, sendo já muitos os espetáculos que guarda no seu portfolio das recordações.
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Sara Braga Simões tem no seu currículo vários prémios nacionais e internacionais. A seu respeito, a 'Opera Now' disse ser uma soprano de extensão impressionante enquanto a 'Opera Magazine' lhe atribui um desempenho excecional. Sara é o exemplo vivo da qualidade 'made in Portugal' que tantas vezes é esquecida em detrimento de outros valores vindos de fora. Nos próximos instantes tentaremos saber um pouco mais sobre a vida e carreira desta soprano portuguesa.
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Saraswati é licenciada em Música pela University College, Cardiff, obtendo na mesma instituição a Pós-Graduação em Educação. Possui ainda outra licenciatura em piano pela Royal Academy of Music em Londres. Em 1987 mudou-se para Portugal onde trabalha com projetos musicais diferenciados vindo a criar o seu próprio projeto denominado Coral Sinfónico de Portugal. Sobre estes e outros projetos falaremos durante os próximos minutos. Fiquem então com Saraswati.
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A carreira de Sebastião Antunes e da Quadrilha é longa e no novo disco "Proibido Adivinhar" fica clara a maturidade adquirida ao longo dos anos. Não relegam o ponto de partida e incluem o que faziam, no início, na atualidade do que compõem. "Apesar de estarmos muito ligados às tradições, sempre procuramos uma certa contemporaneidade, não só pelo uso das máquinas, mas também nas formas de compor. No meu ponto de vista, a própria tradição está em constante mutação porque acompanhar a tradição é andar ao lado dos tempos, e também eles vão mudando". Muitas das influências vêm da Música Celta oriunda da Galiza, Irlanda, Escócia e Bretanha. No entanto, a Quadrilha deixa que o pop e a tecnologia se intrometam na música que fazem. "É um prazer muito grande receber influências e usá-las para descobrir caminhos novos. A eletrónica é um deles, mas há muitos outros e mesmo a tradição portuguesa é um mundo interminável".
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A voz e a percussão juntam-se para trazer aos nossos dias o património musical no feminino. A frase é simples mas resumirá em parte o trabalho do projeto “Segue-me à Capela”. Um projeto desprovido de elementos de distração e que tem levado bem longe sonoridades ímpares. Mensagem, melodia e ritmo estão lá da forma mais pura e sempre prontos para acolher ou serem acolhidos por mais alguém. Embalados por este ambiente trazemos aos nossos leitores esta entrevista em véspera de dois grandes concertos em Coimbra e em Lisboa. Em Coimbra «Vai ser um concerto dialogado com os Galandum Galundaina, com quem temos afinidades e que, aliás, participaram numa música do nosso último disco». No Misty Fest, em Lisboa, «acontecerá a partir do convite que a Amélia Muge nos fez, e que muito nos orgulhou, para celebrarmos, juntamente com outras 30 mulheres, o canto tradicional de mulheres, o canto a capella».
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O percurso e a obra de Sérgio Azevedo são aqui passados em revista. A entrevista centrou-se em alguns pontos-chave. Neste sentido, tentamos proporcionar aos nossos leitores uma viagem pelo seu percurso formativo, do qual não está certamente dissociada a próxima convivência com Fernando Lopes-Graça. Abordámos ainda a sua passagem pela Escola Superior de Música de Lisboa, a investigação que empreendeu no Instituto da Educação da Universidade do Minho e o significado que atribui aos prémios e aos concursos. No âmbito da sua atividade profissional falámos sobre a vida que as suas obras ganham na interpretação dos diferentes músicos, na sua colaboração com o “The New Grove Dictionary of Music and Musicians”, na sua carreira docente e na sua cooperação com a RDP - Antena 2. Sérgio Azevedo termina esta entrevista falando sobre nos projetos que avançarão em breve.
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Internacionalmente conhecido e aclamado, Sérgio Carolino atua em palcos diversos. Solista e professor em inúmeros festivais de música, conservatórios e universidades um pouco por todo o Mundo, o nosso convidado já mostrou o seu valor em países como Espanha, França, Suíça, Finlândia, Bélgica, Holanda, Luxemburgo, Eslováquia, Alemanha, República Checa, Hungria, Inglaterra, Áustria, Austrália, EUA, Noruega, Tailândia, Brasil, Japão, Peru, Islândia, Singapura, e Turquia. Itália, China e Canadá são as novas apostas deste mestre da tuba que nos irá mostrar nos próximos momentos como é possível conciliar tantos e tão diversificados projetos em simultâneo.
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"Portugal não tem a tradição musical que existe no centro da Europa. Para além disso não existem as infraestruturas que existem nos grandes centros como Berlim, Amesterdão, Paris ou Londres. Apesar dos investimentos de muitas autarquias do país na recuperação de salas de espetáculo, depois há um vazio orçamental para manter essas salas com uma atividade regular. Ora, a falta de regularidade faz com que o público não tenha o hábito de ir a concertos. Esse problema é ainda mais evidente na música erudita já que, como sabemos, não é o tipo de música mais popular em Portugal, pois continua a ser associado a um certo elitismo que afasta também algum público". Sérgio Charrinho
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Natural de Vila Nova de Gaia, Sérgio Garcia responde hoje às questões do XpressingMusic. Este pianista formou-se na ESMAE – Escola Superior de Música e das Artes do Espetáculo do Porto –, onde obteve o Prémio Helena Sá e Costa em 2006, tendo complementado a sua formação em Berlim e em Barcelona. Atualmente desempenha funções de professor de piano e pianista acompanhador na Academia de Música e na Escola Profissional de Música de Espinho.
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Sérgio Godinho movimenta-se pela(s) arte(s) de forma singular. Já transformou livros em espetáculos, assim como já transformou temas compostos para bandas sonoras em músicas autónomas do seu vasto reportório. Igual a si mesmo, aceitou falar com o XpressingMusic dando mais uma vez um significado ímpar ao conceito de partilha que lhe é tão caro. Igualmente caro para Sérgio Godinho é o conceito de "liberdade" que está sempre presente na obra e na vida deste artista e que tem vindo a ser reavivado nos espetáculos que está a apresentar de norte a sul do país no ano que se comemoram os 40 anos do 25 de abril.
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Foi em Lavra – Matosinhos, mais precisamente nos bastidores do 7º Festival de Percussão e Bateira que encontrámos o Sérgio Nascimento com quem tivemos oportunidade de conversar durante alguns minutos. O nosso entrevistado trazia ao festival uma original atuação. A proposta constava na simbiose entre os seus batimentos e a projeção de um pequeno filme de animação. Dos seus batimentos dependia cada frame do filme. Som, originalidade, técnica, qualidade e maturidade musical foram naturalmente confirmadas ao longo da sua performance. O nome de Sérgio Nascimento tem estado ligado a artistas como Sérgio Godinho e David Fonseca, e a projetos como Deolinda, Humanos, entre outros. Não sou um seguidor de bateristas. Eu gosto muito de música e estou muito ligado à escrita de canções. O que eu faço, embora se movimente em áreas díspares, tem tudo a ver mais com o universo pop. Eu ouço música e analiso as soluções que as pessoas criam para aquilo
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Sérgio Neves estudou no Conservatório de Música de Aveiro com o professor Nelson Aguiar e na ESART com o professor Carlos Alves, tendo terminado clarinete com 20 valores. Posteriormente estudou com Joan Enric Lluna na Trinity College of Music, onde finalizou o seu mestrado com a distinção "Excellence in Clarinet Studies".
Foi vencedor de vários concursos de clarinete e música de câmara em Inglaterra, Portugal, Espanha e Noruega e apresentou-se ainda em países como Brasil, França, Holanda, Luxemburgo, Irlanda e U.S.A.
Enquanto solista destaca-se a estreia da peça "Ocaso" para clarinete e orquestra de Nuno Figueiredo com a Orquestra Sinfónica da Póvoa de Varzim, a tourné a Londres que culminou na "Spring Yamaha Young Serie Artists Evening Concerts - London" e as tournées em Los Angeles, Irlanda e Michigan com a obra "Quarteto para o Fim dos Tempos" de Messiaen. Em 2006 foi considerado Figura da Semana pelo jornal Público e distinguido como Figura Jovem do Ano pela Gazeta do Interior com o (Des)Concertante Trio, do qual é membro fundador. Atualmente desempenha regularmente funções de solista A e B com a orquestra Filarmonia das Beiras, é professor na Universidade de Aveiro, Escola profissional e Conservatório de Música e Artes do Dão e Escola de Artes da Bairrada.
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Foram os primeiros a gravar Gospel em Portugal e completam já 20 anos de experiências. Ao longo destes anos gravaram discos, fizeram espetáculos e brindaram o público com a sua energia. Estes motivos já eram mais do que suficientes para que quiséssemos entrevistar os Shout! mas vêm aí novos espetáculos e um novo disco em 2016. Desse novo trabalho discográfico já revelámos o single "Make it right" mas muito mais ainda estará por vir. «Este próximo disco continua a nossa evolução como artista. Tem sido um percurso natural e sentimos necessidade de voltar a gravar originais. As várias influências que temos e a nossa identidade como grupo acabaram por se ir revelando e resultou neste conjunto de músicas que estamos a gravar. É certamente um álbum diferente daquilo a que acostumámos o público e estamos ansiosos pelas reações».