Depois de um 2014 muito positivo nos seus projectos musicais, Ana Bacalhau e Júlio Resende iniciam 2015 num novo bairro. "O Bairro" é então o projeto que estas duas personagens da música portuguesa apresentarão no próximo dia 10 de janeiro, pelas 22:00h, no novo espaço do OndaJazz, que reabriu na Fábrica Braço de Prata em Lisboa.
«Os americanos chamam-lhe o Hood. Portugal viu nascer o Fado no coração dos bairros mais típicos da capital. E foi aos bairros de Alfama e Harlem que Ana Bacalhau e Júlio Resende foram beber do Fado e do Jazz, e daí construíram a música onde hoje habitam. Decidiram cantá-la à mesa e partilhá-la com o público num concerto único no Onda Jazz Residente, este sábado». Valentim de Carvalho

«Júlio Resende é um dos pianistas nacionais mais prestigiados. O seu último disco - Amália por Júlio Resende - recebeu CHOC DISC 5 Estrelas pela prestigiada revista francesa CLASSICA, que classifica os melhores músicos e instrumentistas do Mundo.
Começou a tocar aos 4 anos e o seu talento desde logo foi notado. Nunca gostou de tocar peças onde não pudesse improvisar e ainda que ligado à improvisação e composição, nunca esqueceu as suas raízes. Basta ouvir por exemplo "Filhos da Revolução" do seu primeiro disco ou "Silêncio - for the Fado". Decidiu fazer um disco a solo "a partir do solo que piso, o disco mais pessoal possível", diz Resende.
Sob o mote Fado & Further, Júlio Resende fará a abertura da Temporada de Músicas do Mundo 2014/2015 da Fundação Calouste Gulbenkian em Lisboa.
Depois de Amália por Júlio Resende, também aclamado internacionalmente pela MONOCLE britânica, o músico inaugura um novo projecto que para além da performance a solo ("uma solidão imensa", diz Resende) integrará também algumas vozes brilhantes de Portugal e de "nuestros hermanos" de Espanha. Para este concerto contará com a participação especial de duas poderosas forças ibéricas - Gisela João e Sílvia Pérez Cruz.
Nas palavras de Júlio Resende, "a Península Ibérica não se pode queixar das suas construções musicais, pois possui dois dos patrimónios imateriais mas belos e viscerais da música, o fado e o flamenco. O mundo render-se-á ao amor com que estas figuras femininas cantam, como já o fez pela nossa Amália». Valentim de Carvalho